-Não duvidava que seria diferente. Conheço Anthoni desde que me entendo por gente, e ele sempre foi assim, atencioso e gentil com todos. Eu o considero como um segundo pai. A amizade entre nossas famílias é de longa data, ele foi padrinho no casamento dos meu pais e também do meu. -ela disse.

-Mas, me diga mais sobre você. Você fala tão pouco, tem que tirar essa timidez de si, você está em casa conosco. Sinta-se a vontade. -Giovana falou.

-Obrigada, pela hospitalidade. Sua família é muito simpática. -eu disse.

-Ah, querida não precisa agradecer. Na verdade nós é quem devemos agradece-la, por se dispor a acompanhar Miguel para que fosse possível ele estar aqui. -ela continuou. -Mamãe estava com a saúde bem debilitada, por causa dos problemas do coração, que achamos melhor chamar os meninos para vê-la caso o pior viesse a acontecer.

-Eu compreendo. A senhora está certa, se eu pudesse, também gostaria de ser avisada caso fosse um parente meu. -concordei.

-Você mora com seu pais? -ela perguntou e eu me retesei na mesma hora

-Não. Moro sozinha, meus pais... já faleceram a algum tempo. -respondi.

-Sinto muito querida. Não quis ser indelicada. -disse constrangida.

-Não, tudo bem. -eu disse.

-Acho que acabei. -eu disse ao enxaguar minhas mãos.

-Obrigada querida, você é muito atenciosa. -ela disse ao me entregar um pano para secar as mãos e me deu um abraço.

Essa família e a estranha mania de ficar me abraçando, eu hein. Saí da cozinha e fui para o quarto. Com a porta totalmente aberta, encontrei Fernanda e Isadora deitadas na cama.

-Aí está você. -disse Isadora. -Escolha suas roupas e um traje de banho, porque hoje vamos à praia! -deu um gritinho eufórico.

-Não precisa ficar com essa cara assustada não. Dessa vez, não é mais uma das maluquices da Isa. Costumamos sempre que estamos aqui, ir a praia com uns amigos aos domingos. Se arrume logo, se não daqui à pouco Miguel vai desistir de nos levar. -Fernanda disse e se levantou da cama em um pulo.

Elas já iam saindo do meu quarto, quando chamei Fernanda. Eu não queria ir, na verdade eu até queria só que havia um detalhe, eu não tinha um biquíni.

-Eu não tenho biquíni. -eu disse.

-Não tem problema, eu comprei alguns ontem e tenho certeza de que algum de te servir. Vamos lá no meu quarto para que você possa experimenta-los. -Fernanda disse e eu a segui.

Chegando em seu quarto, me surpreendi. Não era um quarto normal, parecia mais um pseudo-hospital do que um quarto feminino. Tudo decorado com símbolos de medicina, como estetoscópio esculpido na cabeceira da cama branca, o lençol também branco com um estampa de várias injeções, um puff em formato de uma bolsa de sangue, entre outras coisas. Essa realmente gostava do que fazia, ou assistia muito Grey's Anatomy.

Depois de jogar vários modelos de biquínis sobre a cama, escolhi um azul royal com umas correntinhas douradas. Experimentei, e não é que me serviu direitinho? Saí do banheiro e mostrei para Fernanda que gostou do resultado.

-Agora vai logo pegar suas coisas, que já estamos quase prontos para ir. Ah, e não se esqueça, não voltaremos para o almoço, vamos almoçar por lá mesmo. -ela disse quando eu já estava no corredor.

De volta ao quarto, vesti o biquíni novamente, por cima coloquei um short jeans e uma regata branca. Nos pés calcei uma rasteirinha que havia comprado ontem, peguei minha bolsa e coloquei escova e pasta de dentes, gloss, celular, e carteira. Com tudo pronto desci para sala e encontrei com Fernanda, Isadora e Miguel a minha espera.

Entramos no carro e Miguel assumiu a direção do mesmo nos levando em direção a praia. Assim que Miguel estacionou, Isadora saltou do veículo e correu em direção a um grupo de pessoas que estava reunido a alguns metros na areia, e ao se aproximar do grupo se jogou sobre eles. Fernanda foi logo atrás, mas sem correr é claro.

Desci do veículo e fiquei ali, parada no mesmo lugar segurando a porta aberta do veículo e olhando para o nada. Levei um susto ao sentir alguém balançar meu cotovelo.

-Algum problema? -perguntou Miguel.

-Eu não sei se quero ir lá. -apontei com a cabeça para o grupo. -Não conheço ninguém, vou ficar sem graça no meio dos amigos de vocês. Sinto como se estivesse invadindo a privacidade de outra pessoa, entende? -perguntei.

-Na verdade não. Você não quer passar a tarde toda no carro né? Então deixa de timidez e vamos logo. Não se preocupe pequena, vou estar com você. -disse ao passar o braço pelo meu pescoço me puxando para mais perto.

-Olha só, vou te falar o que é realmente pequeno, tá?! Eu sou tamanho médio, não tenho culpa se você é um gigante. -eu disse ao socar de leve sua costela e me desprender de seu braço.

O babaca soltou uma gargalhada, tentei manter a fachada de durona, mas não aguentei por muito tempo e comecei a rir também. Ele passou mais uma vez o braço por meu pescoço e com a mão livre bagunçou meu cabelo. Dei um tapa em seu abdome e afastei-me dele.

-Está bem, vamos lá. -eu disse e tirei a regata.

Quando fui tirar o short o ouvi pigarrear, olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas.

-Como seu amigo, sugiro que não faça isso. -ele disse.

-Desde quando nós somos amigos? Estou tentando pensar em que dia, em um universo paralelo, criamos uma espécie de amizade. Estamos mais para arqui-inimigos. -eu disse zombando.

-Partiu meu pobre coração, senhora sinceridade. -ele disse fingido estar ofendido.

-Que pena...eu não me importo. -eu disse ao tirar o short. -Quando você for eu vou. -falei apontando para a praia.

-Sabe, acho melhor não irmos. Podemos voltar para casa, se você quiser. -ele disse fazendo uma careta.

Rolei os olhos entediada. Agora que eu queria ir mesmo, só para irritá-lo.

-Quer saber, estou indo, com ou sem você. -antes que eu desse o primeiro passo, senti meu braço ser puxado.

***

Hi, people! Saudações terráqueos, tudo bem por aí? Então tá bem. Não esqueça de deixar sua estrelinha e seu comentário, tá bem? Então é isso. Que a força esteja com você ;)

Beijos borrocados de batom 😘😘 

Concorrentes -Os Bertottis #1 [Completo]Where stories live. Discover now