nossa adorável babá | noart

Capítulo 19 - Lucky

Sina POV'                               

A chuva que antes que caía em menor quantidade, agora caía ao seu auge. Seu forte barulho era o único som audível dentro do taxi, a qual eu estava.                             

As simples e, ao mesmo tempo, grandiosas palavras de Zoe ecoavam em minha mente,me fazendo abrir um sorriso abobalhado sempre que lembrava­-me. Ela me queria como sua nova mãe. Em meio há tantas turbulências que é a vida nós sabemos que haverá algo ou alguém que nos fará feliz em até apenas uma frase dita. Não importa. O que na verdade, muito importa é: Há pessoas que nos trazem a felicidade sem nem sequer estarem perto de nós para isso.                            
E hoje eu tinha alcançado um grande grau de felicidade: Eu estava esperando um filho do homem que eu amo. Mesmo não estando físicamente perto dele. E, a filha do homem que eu amo, disse que me queria como sua mãe.                             

Cada um de nós, ao acordar, gostamos de fazer planos para o futuro. Mas, saiba, caro amigo, a vida é uma neblina fina que corre pelo ar. Ela para. Ela volta. E fica sempre neste "curso" como um repetente. E em matérias de sentimento eu, sem sombra de dúvidas, estava de recuperação.                               

—Srta? Chegamos ao seu destino. — O homem rechonchudo disse, me fazendo voltar a atenção até o mesmo.                               

O nosso destino pode ser em qualquer lugar, desde que o tornemos ele especial para nós. Havia algo que Zoe tinha me dito ainda quando Noah estava com Enzo nos brinquedos.                             
"Sina, papai se casa em uma semana. Sei que gosta dele. Ele também gosta de você..." —sorriu levemente. — Não o deixe se casar com a bruxa da Khadijha. Fique com isso!                             
E então entregou-­me um belo convite de casamento.                             

— Consegui roubar este das coisas dela. — gargalhou baixinho. — Algo me dizia que você viria sim, me ver. — E então, a abracei.                             
Mesmo sem ter certeza ela confiou em mim. Era apenas disso que eu precisava: A sua confiança. E em meio a meses, eu consegui. Não só a sua como a de Enzo. Eu havia aprendido com eles que as aparências, elas realmente nos enganam. A única coisa que eles precisavam era de alguém que acreditasse e confiasse que eles poderiam ser a melhor criança que existia em si. E eu acreditei nisso. E estava certa.                             

Desci do carro após pagar o necessário ao homem e não me importei com a chuva que

Eu estava disposta a lutar pelo meu amor. E eu não o trocaria por mais nada.
                              
Dias depois...                            

Noah POV'

A correria dava para se ver através da janela do meu quarto. Estavam todos feito loucos correndo em busca de deixar minha casa o ambiente mais bonito para um casamento. Havia chegado o dia que eu tanto... Almejava novamente? — Não era para ser uma pergunta, mas até eu me questionava ainda com isso. A casa de fato não estava como eu queria, afinal de contas tudo havia sido escolhido e planejado por Khadijha. Dos mais banais aos minunciosos detalhes. Estava bem exagerado, diga-­se de passagem, mas eu não podia e nem queria questioná­-las obre.                             

— Noah? — A voz doce e suava de minha irmã Linsey soou pelos meus ouvidos. Abri um sorriso de canto a canto ao virar para ela e abraça-­la gentilmente.                              

— Lins? — murmurei baixinho, sentindo a saliva descer rasgando minha garganta. — Que bom que veio, eu estava sentindo muito a sua falta. — sorri, selando um beijo rápido em sua testa.                            

— Eu não perderia seu casamento, Noah. Tudo que eu mais quero é ver a sua felicidade. —sorriu. — É bom ver que aos poucos está conseguindo seguir sua vida em frente.                             

Revirei os olhos, sorrindo levemente em seguida.                            

— Hã, o que há? — ela franziu o cenho, e me olhou com cautela. — Não está feliz?                            
— Não é isso. É só que... — ri pelo nariz. — Só...                            

— Sempre desconfiei que não amasse realmente a Khadijha. — riu de lado. — Não precisa me esconder o que esta óbvio, Noah! Sou sua irmã...                            

— Ela espera um filho meu, Linsey...                            
— Noah, eu sei que um filho é algo muito importante, mas não renuncie sua felicidade dessa maneira. Você pode cuidar do seu filho sem se casar com ela.                            

— Não é tudo assim tão simples. — murmuro baixinho, apreensivo.                            

— Noah, olhe para baixo. —Esquivou minha cabeça para o jardim da casa. Os convidados já chegava. — É com essa mulher que você quer se casar? É com esse tipo de gente que você quer passar a conviver? São mesquinhos... Te olham dos pés a cabeça e te julgam apenas por aparência.                            

— Mesmo assim, Linsey, já está feito...                            
— Só estará feito se você disser um "sim." — sorriu e então, levemente se direcionou até a porta. — A escolha é sua! — E então se retirou.                              
Será que minha irmã tinha razão?                             
   
Ajeitei a gravata em meu pescoço então me direcionei até a sala para, enfim, receber os convidados.                               

Sina POV'                              

— Quer dirigir esse carro mais rápido, Evans? — Essa era minha irmã brigando com Zed enquanto o mesmo nos direcionava até a mansão dos Urreas.                            

— Talvez se você ficasse calada e não me atrapalhasse eu o faria, garota chata! — retrucou o garoto, me fazendo revirar os olhos.                            
— Vocês dois! — repreendi-­os. — Eu preciso chegar neste casamento a tempo, tudo bem? Agora, por favor, parem de trocar farpas de amor e, Zed, ande mais rápido, ok? — Gritei exasperada e autoritária.                            

— Tudo bem, Sina, já chegaremos na mansão do seu amorzinho. — Disse indiferente.                            
— Sina eu não consigo ficar calada diante de ser lento e burro. Como você disse, temos que chegar a tempo! Antes que o padre os oficializem como "marido e mulher."

— Zed, dobre na próxima rua. — Digo angustiada. — Tudo bem, pode parar ali aonde estão todos aqueles carros. — murmurei apreensiva.

Provavelmente teria muita gente ali.

— Vocês dois: Fiquem no carro e apenas tentem não se matar, tudo bem? — ambos reviraram os olhos, corados. — Ah, gente, no fundo vocês sabem que sentem algo além do ódio um pelo outro. — ri pelo nariz. — Me desejem sorte! — Gritei, correndo em direção a festa.

Eu precisaria. E de muita, pra falar a verdade.