Capítulo 6

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Entro no ônibus, ele está praticamente lotado.

Até parece aqueles filmes clichê de ensino médio, os alunos estão divididos por popularidade..

As patricinhas, Jogadores, os deslocados, do teatro, os desajustados, os nerds, os alunos de música..

Reconheço o líder dos jogadores, o que tem de bonitos tem de falta de cérebro..

Brutamontes estão agindo como crianças, colocando o pé na frente do garoto mais a frente da fila, fazendo tropeçar e espalhar as suas coisas no chão e os idiotas riram como hienas achando engraçado de sua brincadeira infantil.

Até o garoto da minha sala, é escroto com ele. O empurra.. — Sai da frente mané.

E para compretar o circo, zoam o garoto..

"Bem vindo esquisito, se acostume essas são suas boas vindas.. ao início do terror que te espera. Apenas é o começo, é melhor se acostumar.."

Mas não foram os únicos por que houve um murmúrio de insultos..

Ajudo o garoto a pegar suas coisas espalhadas.. e quando entrego noto ser o Hyun. Ele murmura um obrigado, e suas bochechas coram e sai rápido se sentando bem atrás.

Me sentei quase no fundo perto da janela, coloco meus fones e aumentando o volume da música, não estava com a mínima vontade de ouvir os murmúrios dos alunos da frente..

Demorou uns dez minutos para o ônibus pegar a estrada. E nem demorou muito tempo para a cantiga idiota começar, algumas vozes desafinadas, agudas por sorte os vidros da janela ainda estão intactos, porque é capaz de qualquer hora trincarem.

A vontade era enorme de pular desse ônibus e cair na ponte que estamos atravessando.

Respiro fundo, e murmuro baixinho — essa será uma longa viagem.

Volto meu olhar pela janela, observando as árvores e a mata, que pareciam decorar a mesma paisagem das três horas de viagem que havíamos percorrido até ali.

Fecho meus olhos, não querendo ver a mesma paisagem. Talvez assim o sono me vissitasse.

Uma mão em meu ombro desperta para realidade.

— Ei, ônibus parou pra abastecer, é a única oportunidade de sair. Tudo bem se ficar.. um supervisor me questionou, a verdade eu não me lembro o nome dele.. ele que instruia o caminho do acampamento ao motorista.

Apenas acenti, estava tão inerte que meus atos eram lerdos.

Sinto o sopro do vento gelado bater em meu rosto e espalhar meus cabelos, quando saio.

A parada foi em um posto de gasolina, com uma lanchonete ao lado era a única cidade mais perto e afastada de todo resto.

Entro e vejo praticamente todos os alunos.

Vou no balcão e peço apenas uma xícara de café, o garçom olhou estranho para o meu pedido, talvez eu seja a única pessoa que toma café nessa cidade..

Precisava com urgência despertar da sonolência.

Nem demorou, uma xícara fumegante chega para meu alívio e a pego, levando para única mesa que tem apenas uma pessoa.

— posso? 

Acentiu, apenas moveu a cabeça. E continuou a comer suas batatas fritas calado.. 

E alguém da uma risada escandalosa, e os olhos de Nick fervilha naquela direção. Espiu é aqueles caras que o derrubaram, escuto a voz dele.

— Eu podia ter matado eles, sem nem piscar.

E olho para ele, come discretamente.

Será que falou em voz alta e nem se deu conta.

Um momento o sininho da porta toca sinalizando alguém entrar.

Como todo vento gelado atravessa aquela porta, um calafrio percorre meu corpo.

Entre um homem,mas ninguém sentiu a presença dele. 

Sentou em uma mesa no canto, mas seus olhos estavam cravado em mim. Consigo sentir.

— Ele não para de olhar para cá.. o Hyun fala baixo.

— Hanhann.

— Ele não me parece nada amigável.

Ele murmura baixinho, olhando para mim.

— Ele está vindo.

Chega e senta ao meu lado. Sinto cheiro de bebida forte e algo mais podre.

— Então é você, esperava ser alguém muito mais... — ele riu..

— As aparências enganam, só quero dar um aviso não tem mais como fugir. Não sei como você se mantinha segura, mas percebo que sua sorte acabou.

— O que você está dizendo?..

— Que vamos aonde você for, não tem como escapar. Porque estamos a um passo a frente de você.

Chega o supervisor, coloca a mão no ombro do cara.

— Algum problema amigo?

— Não, estamos apenas conversando sobre nossa pacata cidade.

Vejo que o supervisor não acreditou, ainda bem. Mas o cara se afasta, sem antes de dizer em voz baixa e apenas para mim..

— Isso foi um aviso.

— Tudo bem com você, parece espantada.

O nick da uma resposta qualquer, dizendo que é coisa de garotas. E o supervisor compreende e deixa a gente a sós.

— Obrigada, murmúro.

E ele apenas assente. Olho para o meu café, antes parecia saboroso e agora não passa de uma água fria, o deixo de lado e não conseguiria mesmo toma-lo.

Sol da Meia-NoiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora