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Íris 

O mundo desabando e nada resolvido ainda.
Decidi ir hoje falar com o gordo.

Saí do chuveiro com a toalha enrolada no cabelo e outra no corpo.
Vesti uma calcinha, peguei um shorts de pano e um cropped.
Coloquei alguns acessórios, penteei e sequei meu cabelo com o difusor, coloquei um boné na cabeça.

Fui no banheiro e tirei uma foto no espelho.

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(13)

Até pra fazer barraco eu to no close, tá achando o que?

Antes de sair, passei no quarto da minha irmã e a mesma estava dormindo.
Ela passa o tempo todo trancada no quarto e a maior parte do tempo dormindo.

Tem hora que ela da o show de puta dela, dizendo que é cárcere privado e blá blá blá.
Pode até ser né, mas não me importo, ela vai ficar aqui até eu resolver tudo!

Peguei meu celular, as chaves de casa e sai, tranquei tudo e fui pelo vielas até a boca principal.
Cheguei lá e os caras não deixaram eu entrar.

Íris: Preciso falar com o Gordo e urgente! -falei séria olhando pra um dos 4 caras que estava lá

- Agora não da não, volta outra hora. - disse a arrumou o fuzil nas costa

Alá, acha que me intimida.

Íris: Tem que ser agora.- cruzei os braços- Da pra tu entrar lá e falar que eu to aqui pra falar com ele?

- Tá achando que me da alguma ordem, fia? - se aproximou- mete o pé que ele não vai falar com tu hoje não, ele vai falar no dia que ele quiser.

Íris: Pois eu não vou sair daqui até ele falar comigo! -bati o pé

- Então tu vai ficar aí mo tempão em.- outro cara se pronunciou pela primeira vez

Fiquei lá parada olhando para o barraco.

Eu vou falar com esse filha da puta hoje, preciso resolver esse caô.
Como assim eu vou ter que ficar visitando o mano se em um mês a dívida vai estar paga?

Não, não é assim que as coisas funcionam não, sou trouxa mais nem tanto.

Vi o J2 de longe vindo na minha direção.

- Eae, irmão. -sorriu pra ele

J2: Eae, monstro. - fez toque com todos eles - Eae Íris, está fazendo o que aqui?

Íris: To querendo falar com o Gordo, mas teus amigo aí não quer deixar.- bufei

J2: iih, colfoii? A mina não vai entrar porque? - cruzou os braços

- Gordo mandou o papo que não queria ninguém interrompendo ele agora, parceiro.

J2: Sabia que a mina tá no contato direto com o Perigo né? -ele concordou com a cabeça- E tu sabe o que é que ela quer falar? - ele negou- E se for algum bagulho do patrão? Bagulho sério? E tu está aí fazendo cena. Deixa a mina passar logo, caralho! -mandou sérinho

Ele bufou e abriu espaço pra mim passar, entrei no barraco e Gordo estava escutando música e bolando um baseado.

Gordo: Hoje o mundo girou, louvado seja o senhor, que minha vida mudou, me abraçou e me abençoou. E eu me sinto abençoado. - cantou sem perceber que eu estava ali

Ele já estava marolado.

Íris: Gordo? - falei baixo e ele fechou a cara quando me viu

Gordo: Colfoi? Tá aqui porque? Quem deixou tu entrar? Tá de brincadeira com a minha cara? - perguntou rápido 

Íris: Isso não importa...vim aqui porque eu descobri que a ordem do Pergio é receber dez mil e um mês e é o valor da dívida. - falei olhando pra ele e em seguida me sentei na cadeira- vou ficar só um mês Gordo.

Ele terminou de bolar o baseado quieto e em seguida me olhou.

Gordo: Mina, cê ta achando que o bagulho é bagunçado assim? Quem da as ordens aqui sou eu, porra!

Íris: Não é tu, é o Perigo. E pelo que eu sei ele nem sonha desse esquema que você fez. -falei calma - Gordo eu sou imensamente grata, de verdade pelo que você fez pela minha irmã e por mim. Não sei se de alguma forma foi por mim ou porque você realmente estava precisando, mas eu preciso colocar a minha irmã em uma clínica, preciso de dinheiro pra colocar comida na mesa. Então não posso ficar nessa.

Gordo: Fiz nada por tu não, cara. Tenho consideração alguma por você ou pela tua irmã, então o que eu tiver que fazer eu vou, entendeu o papo, garota? - acendeu o baseado e deu um trago

Íris: O que eu entendi é que você quer complicar uma coisa simples. Se tu não resolver, o Perigo resolve pra mm, já que ele queria me ajudar. -me levantei da cadeira

Gordo: Te ajudar? Que papo é esse? - cruzou os braços- Perigo num ajuda ninguém não garota, se liga na tua, pô!

Íris: É o que tu acha. Eu vou falar com ele sobre isso, porque não está certo e eu não vou ficar sendo otária de ninguém. -abri a porta pra sair

Gordo: Peraí, caralho. - olha para trás- Entra aí e fecha a porta. -fiz o que ele pediu

Voltei e me sentei na cadeira.

Gordo: Bagulho eu só to fazendo, porque não quero dar dor de cabeça para o mano la dentro, tendeu? -assenti, me sentindo vitoriosa- Depois que passar um mês tu visitando ele, você vai começar a receber.

Íris: Podemos fazer outro acordo. - falei séria- Eu preciso que a minha irmã vá agora para a clínica, assim de imediato mesmo. Então coloca ela em uma clínica e pronto, não precisa me pagar nenhum centavo.

Ele ficou quieto por alguns segundos.

Gordo: Demorô, garota. - falou olhando fixamente em meus olhos

Íris: Então fechado. - estendi a minha mão

Gordo: Mas o Perigo não pode ficar sabendo desse acordo, fechou? -assenti e ele pegou na minha mão

Íris: Se precisar, tu sabe onde me encontrar. - me levantei e sai da sala

Com o maior sorriso no rosto.

Desempregada, fodida, mas tá tudo indo conforme eu já estava planejando.

Pelo menos ela vai para uma clínica boa e aqui eu me viro.

J2: Conseguiu?-assenti sorrindo

Íris: Valeu perceirinho. -dei um empurrãozinho nele e sai andando

Visita íntimaWhere stories live. Discover now