Capítulo 11 - Marry?!

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— Zed! — Repreendi-­o.

— Só estou falando a verdade. — levantou as mãos como num gesto de que se rende.
— Éramos tão jovens. —suspirou fundo. — Sabiamos que não dariamos certo. — ri um pouco sem graça.

— Não deu certo porque você não quis, Sina. — enviou­-me uma piscadela. — Mas, tudo bem, agora já somos maduros o suficiente, não acha?

— Se você diz. — Gargalhei.

— Que tal um jantar sábado a noite? — Neguei com a cabeça. — Wow! Porquê?!

— Zed é só que... Eu trabalho, e...

— Sábado a noite, as 8h. — Levantou-­se em direção a porta. — Não adianta dizer que não, Sina. Eu estarei aqui e espero que não se atrase, mocinha...

Bufei irritada e ele sorriu vitorioso.

Droga.                       

— Até mais ver, Zed. — sorri, por fim.                       
Como sempre Zed Evans era muito acintoso.

Aos dezesseis anos comecei um namoro — idiota — com ele. Ele era imaturo e muito galinha. Presumo que isso ainda faça parte da sua vida. Seus pais gostavam de mim, assim como eu deles. Até que no nosso aniversário de primeiro ano de namoro, eu o flagrei beijando outra.                       

E, não, isso não foi o fim da nossa história. Eu o perdoei, visto que, provavelmente ele foi meu primeiro amor. E continuamos mais um ano juntos. Mas, quando ambos completamos a maior idade, decidi que não dariamos certo. Zed era muito diferente de mim e blá blá blá. No entanto, consegui manter uma amizade com ele. — Por mais que ele quisesse outra coisa de mim. — Ele é uma boa pessoa. No fundo. Bem lá no fundo.                      

Deixei meus pensamentos ao a ouvir a batida da porta. Caminhei até a mesma e me deparei com duas carinhas um tanto quanto conhecidas: Enzo e Zoe.                       

— Sina!!! — Pularam em mim, me deixando sem ação.                       

— Esperem, como chegaram até aqui? O Noah, digo o pai de vocês sabe disso? — Minha voz estava penhorada. Eu estava amedrontada e surpresa.                       

— Viemos com a Nori. — Enzo disse, adentrando em meu apartamento. — Ela nos trouxe pois a Zoe berrou muito para isso.                       
Gargalhei.                       

— Vocês são demais! — sorri. — Mas, o que quer de mim, pequena Zoe?                       

— Quero que volte para casa. — Arregalei os olhos. — Vamos, Sina, por favor!

— Querida, esse é meu dia de folga.
— Sina, aquela bruxa da Khadijha vai almoçar conosco hoje e não queremos ficar sem você lá. — sorriu tristonha.

— Tudo bem. — sorri fraco. — Tudo bem, vamos sim.

Eu não podia negar isso a eles. E lá vamos nós...

[...]

— Papai, tia Sina voltou! — Enzo gritou ao ver seu pai. — Ela veio especialmente por nós.
— Não se preocupe, senhorita Deinert, eu pagarei em dobro pelo que está fazendo. — Sua voz era grossa e rígida.

— Não senhor. Não necessita, eu vim porque quero, não preciso que me pague nada por isso. — Disse direta.

— Olá docinhos! — Khadijha disse, nos fazendo encará-­la. — Sentiram saudade da tia Khadijha?

Os meninos bufaram entre si e fecharam a cara.

— Crianças tratem bem a Khadijha, acho que já conversamos sobre isso. — Alternei meu olhar para o dono da voz grossa. Ele havia voltado a ser grosso como sempre.

— Afinal de contas, agora terão que se acostumar com minha presença. — riu maldosa.

Franzi o cenho confusa.

— O que quer dizer com isso, senhora? — As palavras simplesmente saíram de minha boca sem que eu as ordenasse.

— O que quero dizer, empregada?! — Se aproximou de mim, mas depois abraçou Noah.— Que eu e o Noah vamos nos casar.
Senti meu corpo estremecer e as lágrimas se juntarem em meus olhos. Ele iria se casar.
Acabou. Já chega. Não tinha que ser. Mas era pra ser. Oh, droga. Eu preciso ir embora. Afinal de contas, acabou. É, acabou.

nossa adorável babá | noartWhere stories live. Discover now