Capítulo 5 - You Remember?

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— Eu não esperaria nada diferente dele. — Foi minha vez de cobrir Nori. — Eu não falei antes por estar na frente das crianças, mas ele acha que dar tudo de mão beijada para as crianças é o suficiente. Isso as tornam mimadas, elas precisam de carinho, precisam disso como o céu precisa das estrelas para o deixar mais bonito. 

— Sabe, Sina, Noah era alegre, divertido, fazia todos a sua volta rirem. — murmurou. — E então, esse maldito acidente acabou com tudo. Com todos os sentimentos que ele tinha dentro si. Se tornou um homem deprimido, tosco, sem sentimento... 

— Eu sei que ele ainda tem uma faísca de humanidade dentro dele, e as crianças vão o ajudar a encontrar e a ele voltar a ser o que sempre foi. — Sorri junto a Nori. — Vamos, ou acordaremos os anjinhos. 

Selei meus lábios em um beijo estalado na testa de Enzo e então, quando parti para beijar Zoey, recebi um abraço apertado da mesma. 

— Sina, obrigado por hoje... — Encarei seus olhinhos castanhos, entorpecidos. 

— Aquela bruxa feia merecia. — rimos. 

— Na verdade, ela merecia bem mais. — Gargalhei. — Ei, tudo bem seu te der um beijo? 

— Ahn... Sem tanta melosidade, tudo bem? — Assenti fazendo um gesto de jurinha. 

E então, mais uma vez beijei a sua testa. 

— Durma bem, Zoe. — Sussurrei. — Durma com os anjinhos. 

— Obrigada Sina... Tenha uma boa noite também! — sorriu. 

Dirigi­-me em direção a porta, quando a voz doce de Zoe me chama novamente. 

— Sina, conta uma história? — Sorri e me aproximei da sua cama, colocando sua cabeça contra meu peito. 

[...]

— Bom dia crianças. — Senhor Urrea sentou­-se na mesa, na cadeira de sempre, e sem olhar para as crianças, começou a folhear seu jornal. 

— Papai, papai, vamos ao parque depois do café da manhã? — Enzo disse animado. Apenas observei de longe a cena. 

— Enzo, papai tem algumas coisas a resolver agora pela manhã, que tal sairmos pela tarde? — Sugeriu.

Um sorriso brotou nos lábios das crianças, e em mim, que fiquei feliz e esperançosa com a sugestão. 

— Jura, papai? — Zoe perguntou. 

— Claro, querida. — Virou a página de seu jornal. — Eu tenho que ir, mas eu tentarei voltar o mais cedo o possível — Colocou o jornal no canto que o encontrou e passou as mãos rapidamente pela cabeça das crianças. — Bom dia, srta. Deinert. — Passou por mim, e eu dei de ombros. 

— Bom dia, senhor. — Murmurei.

— Sina, o papai sairá conosco hoje a tarde! — Zoe disse animada e abraçando pela cintura. 

— Oh, como fico feliz por isso meus anjinhos! — sorri. — Temos que escolher uma roupa adequada para isso, o que acham? 

Ambos começaram a pular e gritar frenéticamente. Gargalhei ao ver a reação de ambos e de como estavam animados.

As horas se passaram rápido, as crianças já estavam prontas e aguardando a chegada do senhor Urrea. Minutos e mais minutos se passavam, nada de Noah Urrea. E então, já estava escurecendo. Fitei as crianças que já estavam cochilando no sofá. Zoey estava olhando para o nada, até que eu me aproximei. 

— Ei, está tudo bem? 

— O papai esqueceu de nós, Sina. 

— Oh, não, claro que não, querida. — ri falsa. — Ele só deve ter tido alguns compromissos de ultima hora, nada de mais... 

— Mas ele nos prometeu... — Uma lágrima escorreu pelos seus olhinhos. — Ele não gosta da gente. 

— Não diga besteiras, Zoe, ele gosta mas é que você sabe, alguns compromissos não podem ser adiados. Deve ter sido isso... 

— Sabe o que eu queria agora? — Neguei com a cabeça. — Eu queria tanto a minha mãe, Sina. Ela nunca esqueceria da gente.

— Seu pai não esqueceu de você, pequena. E... Sua mãe, ela estará sempre com você. — Num gesto rápido, Zoey me abraçou. — As pessoas que amamos, nunca nos deixam, querida. 

— Eu gosto de você, Sina. Gosto muito. — Sorri, sentindo lágrimas quentes descerem pela minha face. 

— Acredite, eu amo muito você e Enzo, meu amor. — Enxuguei minhas lágrimas. — Eu sempre estarei aqui, tudo bem? — Ela assentiu e eu a beijei no rosto. 

~*~ 

Após colocar as crianças para dormir, desci as escadas lentamente, ouvindo vozes de pessoas conversando. Ao chegar na sala, dou de cara com Senhor Urrea e a tal de Khadijha. Logo que me viram, ambos me fitaram intensamente.

— O que faz ainda acordada, senhorita Deinert? — Perguntou Urrea. 

— Estava colocando as crianças para dormirem, senhor, espero que não se importe. — indaguei, fitando a loira oxigenada a minha frente. 

— Acho que pode ir para seus aposentos agora. — Me fitou mais uma vez. 

— É o que vou fazer, senhor. — caminhei em direção ao corredor que me levava até meu quarto, entretanto voltei e me pronunciei mais uma vez: — Senhor Urrea, eu realmente espero que tenha uma boa desculpa para dar a seus filhos amanhã quando o virem. — sorri cínica. — Talvez, dizer que tinha um compromisso importante ajude. 

Ele me encarou confuso até se dar por si. 

— Por Deus! — Encarou Khadijha. — Eu esqueci que tinha marcado de sair com as crianças.

nossa adorável babá | noartWo Geschichten leben. Entdecke jetzt