FINAL

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*OITAVO MÊS*

-Como você acha que elas serão? - Tom perguntou enquanto assistíamos um filme em casa

-Não sei - falei - As vezes eu tento imaginar, mas, é sempre de uma forma diferente.

-Quero realmente que elas sejam como você - ele disse sorrindo e então encostou a mão na minha barriga. - Oi minhas meninas, o papai ta aqui! 

Assim que ele falou com elas a festa na minha barriga começou, meninas espertas, sabiam reconhecer o pai.

-Deixa eu dizer uma coisa pra vocês - ele disse pra minha barriga - Toda noite eu sonho com vocês duas, sério! Saiam igual a mamãe,não vou ficar chateado se não forem igual o papai. 

A minha barriga dançava com a agitação delas e claro, eu sentia dor, mas estava feliz.

-Ei, meninas, não chutem tanto a mãe de vocês - ele disse - Calma, calminhas! - e elas foram ficando mais tranquilas, mas ainda dançavam dentro de mim, igual meu coração - Deixa eu contar pra vocês, sabiam que as duas vieram de um grande amor? O maior que eu e a sua mãe ja vivemos! Não vemos a hora de ter vocês nos nossos braços, a gente acredita que vai ser o momento mais lindo que viveremos, somos tão alegres por vocês duas!

-Somos mesmo! - falei - Vocês são muito preciosas!

Ele sorriu me olhando

-Já decidiu quem serão os padrinhos das meninas? - ele perguntou me olhando

-Eu queria que fossem os meninos, sabe? - falei o olhando

-E teria pessoas melhor? -ele perguntou sorrindo

*NONO MÊS*

A minha bolsa e a das meninas já estavam prontas, eu só esperava pelo dia, é claro que eu estava com medo, mas, tudo o que entra precisa sair. Cada vez que eu pensava no parto ficava ansiosa e Tom também. Estávamos em casa e eu via como o  meu pé parecia mais uma bola de futebol americano.

-Quer pedir o que para comer? - Tom perguntou me olhando

-Eu não tenho preferência - falei o olhando

Foi então que eu comecei a sentir uma pressão na barriga e dor na lombar

-Eu to com dor  -falei o olhando

-Dor? Dor quanto? - ele perguntou alarmado

-Como assim dor quanto? - perguntei

-De zero a dez quanto você está com dor? - ele disse mais branco que um papel

-Quatro - falei

-Tá, vou ligar pra minha mãe - ele disse pegando o celular

Poucos minutos depois minha sogra estava entrando em nossa casa.

-Eu não quero mais - falei assim que ela chegou 

-Oh, minha querida! - a mulher sorriu - Você vai conseguir. Está de quanto em quanto? - essa pergunta ela fez para o filho

-15 em 15 - ele disse nervoso

-Eu quero ir ao hospital - pedi 

-Só pode ir ao hospital de 10 em 10 ou menos, querida! Fica tranquila, tudo vai dar certo - a mulher disse.

-Eu to com muita dor, me ajuda! - falei para a mulher

-Eu sei - a mulher disse prendendo meu cabelo que estava solto em rabo de cavalo - Se ajoelha um pouquinho, igual a gente faz na igreja, ajuda a aliviar.

Sem falar nada assim eu fiz

Então comecei a sentir aquela onda de dor começar a chegar

-Tá vindo, tá vindo - gritei - A dor vai chegar!

A mulher do Computador - Imagine com Tom HollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora