Nada substitui você

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Era manhã de segunda feira, quando acordei, ainda cansada da viagem, mas, pronta para ir trabalhar. Me arrumei, peguei meu carro e fui, não vi o carro do Tom no estacionamento, bom, logo ele chegaria. Assim que entrei, pedi meu café e fui para a minha mesa.

-Bom dia - Sarah disse sorrindo ao me ver

-Hm - falei enquanto me sentei

-Como foi sua viagem? - ela insistiu

-Cala a boca um pouco, eu to querendo me concentrar no trabalho - falei ligando meu computador

A moça não falou nada, abri minha gaveta onde ficava a minha agenda e ela não estava lá.

-Isso só pode ser brincadeira - falei procurando no meio de tudo que tinha na mesa.

-Oi, aconteceu alguma coisa? - Darryl perguntou preocupado assim que chegou

-A minha agenda sumiu - falei ainda procurando entre os papéis

-Você não levou? - ele disse me ajudando a procurar

-Tenho certeza de que não, ela sumiu! - falei quase em Pânico

-Calma, a gente vai achar! - ele disse colocando a mão no meu ombro. - Você tá chorando?

-Eu estou, mas é que meu emocional está um caco, desculpa! - falei secando as lágrimas.

-Não se preocupe, tá tudo bem! - ele disse cuidadoso, fazendo um carinho no meu cabelo.

-Desculpe, eu vou me recompor ali fora! - falei saindo.

-Vou procurar sua agenda - ele falou calmo.

Saí, fui até a porta do set, olhando o estacionamento, respirei fundo para me acalmar, meu emocional realmente estava um caco, eu estava chateada, brava, e com saudades da minha família e para piorar, eu havia brigado com Tom. As lágrimas se recusavam a parar de descer, o que estava me deixando mais brava ainda. Eu vi o conversível entrar, respirei fundo, abanei o rosto e me obriguei a parar de chorar. Pouco tempo depois Tom já estava se aproximando, com uma cara terrível, devo acrescentar.

-Oi - ele disse meio sem graça.

-Oi - falei rezando para que eu estivesse super bem visualmente.

-Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou preocupado se aproximando

-O que? Comigo? Não! A alergia me pegou hoje - menti

Ele ficou me estudando com aqueles olhos tristes.

-Você chorou? - ele perguntou sério.

-Você bebeu? - perguntei

-Como sabe?

-O cheiro do álcool te delata - falei

-Quem sou eu para dizer que ele está mentindo? - ele falou se afastando um pouco.

Ficamos em um silêncio constrangedor, me senti desconfortável.

-Vai me contar o motivo dessa sua alergia? - ele perguntou paciente.

Senti vontade de chorar de novo.

-Minha agenda sumiu - não era mentira, mas também não era toda a verdade. Senti as lágrimas virem nos meus olhos.

-É por isso? - ele quis rir

-É que... -engoli o choro - Eu adoro aquela agenda!

-Eu guardei para você, está na minha casa, esqueci de trazer - ele disse.

-Muito Obrigada - falei, parcialmente aliviada.

-Vem vamos entrar, precisamos trabalhar! - ele disse me pegando gentilmente pelo antebraço.

A mulher do Computador - Imagine com Tom HollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora