Estaca Zero

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DEMOREI UMA VIDA PARA ESCREVER PORQUE ESTOU PARA PUBLICAR UM LIVRO E ESTAVA RESOLVENDO ALGUNS DETALHES SOBRE ISSO, PEÇO DESCULPAS PELA DEMORA, SEGUE ALI EM CIMA A MÚSICA QUE EU ESTAVA OUVINDO ENQUANTO ESCREVIA O CAPÍTULO! 

BEIJOS NO CORAÇÃO, BOA LEITURA!! 



Já fazia uma semana que havíamos voltado da viagem maldita, sim, agora é assim que eu chamo aquela viagem, estragou tudo, ou talvez, e tenha estragado ou então ele... Não sei, já não sei o que pensar, continuei a tomar meu café encarando meu computador, o clima estava tenso entre eu e Tom, na verdade, não estava tenso ele não ficava no mesmo ambiente que eu em nenhum momento. Ri sozinha pensando nisso, os meninos ainda não haviam chegado, sim, eu não consegui dormir e cheguei no trabalho vedo demais, estava apenas eu, os irmãos Russo ,alguns faxineiros e copeiros. Bebi mais um gole da minha bebida e voltei meu olhar para um livro que eu havia trazido comigo para me ajudar a passar as horas.

-A megera domada? Porque será essa escolha? - Ouvi alguém perguntar, levantei meus olhos e vi Darryl me encarando com um copo de café na mão.

-Gosto de Shakespeare - falei voltando meu olhar para o livro.

-Será que hoje eu posso sentar na minha cadeira? - Ele perguntou.

-Tanto faz! - Falei sem tirar os olhos do livro. 

Senti que ele se sentou ao meu lado, senti um nó na minha garganta, eu havia brigado com todo mundo, eu quis chorar, mas não chorei, eu estava encarando as páginas do meu livro eu não lia, só passava os olhos nas palavras, não conseguia me concentrar, eu ri, que estúpida, como isso estava acontecendo comigo? 

-Não está cedo demais para você estar aqui? - Darryl insistiu na conversa.

-Eu poderia retornar essa pergunta para você. - falei fechando o livro e olhando para ele.

-É que eu ouvi a minha vizinha sair no meio da noite e resolvi garantir que ela não ia por aí se matar por causa de um amor. - ele falou me escrutinando.

-Ta falando de mim? Você está brincando né! - forcei um riso - Nada me abala! É por isso que me dei tão bem na vida. 

-Nada te abala? Então porque você anda tão desanimada ultimamente? Seu cabelo está em um coque muito mal feito (S/N), olha sua roupa, com certeza esse moletom é de dormir e nem maquiagem você passou, essa não é você! 

-Não sei porque se importa, não estamos nos falando, lembra? 

-(S/N) para com isso! - Ele falou sério, quase que irritado;.

Eu não o olhei, fiquei para olhando o descanso de tela do meu computador, eu não estava mais brava com ele, nem deveria ter ficado brava na realidade, e ele era meu amigo, gosto de pensar que ele é meu primeiro amigo, com calma, virei meus olhos em direção a ele e ele estava com o semblante sério me olhando, seus olhos castanhos intensos me encaravam como que se quisessem estudar a minha alma.

-Desculpe! - falei e segurei a mão dele que estava sobre a mesa.

Aquilo o surpreendeu, seu semblante tomado pela surpresa me encarou, a boca aberta em um "o" queria dizer algo porém não conseguia encontrar palavras.

-Não precisa dizer nada! - falei.

Ele sorriu e tocou meu rosto com um carinho, após alguns segundos de silêncio ele se pronunciou.

-Eu nunca fiquei bravo, só te dei um tempo, mas eu sempre estive aqui (S/N).

Aquilo me emocionou, tudo bem que eu estava carente e triste, mas me emocionou e vi quão valiosa que era aquela relação. Não consegui falar nada, apenas sorri e rezei aos céus para que ele entendesse o recado, e acredito que entendeu, porque ele beijou minha mão , sorriu e depois ligou o computador. Não pude evitar sorrir, sorriso de verdade e não aqueles sorrisos sociais. Pelo menos alguma coisa parecia estar no lugar certo. voltei meu olhar para o livro e ele via algo em seu computador, ficamos ali, aproveitando a companhia um do outro em silêncio.

A mulher do Computador - Imagine com Tom HollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora