Capítulo Vinte e Um

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___ CAPÍTULO VINTE E UM___

Meditação

No meio da escuridão, uma pequena bola dourada começou a brilhar, logo acima de Sophia. Seria o sol?

Não, não podia. O brilho do sol é muito intenso. Seria então o pomo de ouro?

Ela piscou os olhos. Não havia apenas uma, mas duas bolas cor-de-mel. As bolinhas pareciam preocupadas. Que estranho.

Piscou novamente. O rosto um tanto preocupado de Laiana Baleroni, com mechas de cabelos ruivos despenteados e rebeldes tornou-se nítido.

— Sophia!? – Laiana perguntou em uma mescla de alívio e surpresa – Consegue me ouvir?

Ela tentou mover os braços, mas não obteve sucesso. Sentiu que a amiga segurava sua mão. Fixou o olhar nela.

— Não, não se mova! – Laiana a advertiu quando ela tentou movimenta-se. Mas ela se mexeu, e sentiu uma dor excruciante no abdômen e nos braços. 

Ela espraiou o olhar para seu corpo, e percebeu, horrorizada, que estava com boa parte enfaixada e avermelhada, como se estivesse com vários cortes.

— Laiana... Como eu...

— Shh! Descanse! Não foi nada demais, você só sofreu um pequeno estrunchamento, mas vai ficar bem.

— Mas a professora Anahi... Ela...

— Acalme-se, menina! – Uma voz masculina e idosa ressoou. Era o Diretor Hernando López – Ou Madame Roberta vai me expulsar daqui!

Neste momento, Sophia observou os arredores. Não estava em um porão sujo, ou mesmo na floresta amazônica. Estava na ala hospitalar de CasteloBruxo. Ao lado de seu leito, havia alguns doces, flores e cartas.

— Alguns alunos vieram desejar boa sorte e melhoras... – Laiana disse acompanhando o seu olhar.

— Inclusive seu presente é muito bonito, senhorita Baleroni – O diretor disse afagando uma das pétalas brancas das flores postas ao seu lado – A margarida representa pureza e ajuda na cicatrização.

— Você me trouxe isso? – Sophia encontrou os olhos cor-de-mel da Laiana.

— Foi sim! – Em seu rosto fino, agora um tanto avermelhado, se desenhou um sorriso.

— Obrigada!

— Pois bem, agora que está consciente, posso finalmente falar com você. Poderia nos deixar a sós, Laiana? – Hernando disse e a menina assentiu e se retirou, prometendo voltar.

— Há quanto tempo estou aqui, professor?

— Hoje faz dois dias. Faz bem ter recuperado a consciência. O Sr. Reyes Martinez e a Srta. Baleroni ficarão mais despreocupados.

— A professora Anahi...

— Não tem que se preocupar. Ela foi expulsa de CasteloBruxo e o Ministério da Magia está atrás dela. O importante, é que você está bem.

— Como me encontraram?

— O Professor Judas a encontrou. Ele tinha algumas suspeitas sobre a professora, que acabaram se concretizando.

— Então foi o professor Judas...

O diretor sorriu.

— Em nada teria adiantado, contudo, se você, no último momento, não conseguisse escapar. Você é uma bruxa fenomenal, Sophia. Até hoje, nunca havia ouvido falar em um feito desta magnitude, para bruxos da sua idade.

Sophia e o CasteloBruxo - Livro 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora