Capítulo 19- Calmaria I

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— Então...

— Eu derrubei 156 deles, querida! — Yara revelava com superioridade à Arya.

— E eu detive um pouco menos, contudo, aniquilei o guardião! — refutou ao lado de Aurora, a qual flutuava entre as duas, ouvindo a discussão sem sentido. — Além de ter contido o Shai-Hulud.

— Com muita da nossa ajuda...

— Porque é isso que equipe faz...

— Precisamos de mais opiniões — concluíram em uníssono e em voz alta. A espectro revirou os olhos instantaneamente, prevendo, com certeza, que “mais opiniões” se referia a ela. — Aurora!

— Quê?

— Quem você acha que ganhou? — A capitã questionou, seu cabelo colorido amarrado num rabo de cavalo que alcançava sua cintura.

— Ganhou o quê? — Sabia o que debatiam, mas não lhe parecia ser algo tão sério, até aquele instante.

— Quem venceu a disputa, oras! — A egípcia pronunciou o que lhe parecia óbvio.

— Não acredito que duas adultas maduras estão discutindo isso? — Seu rosto reluzente e oscilante demonstrava o mais puro julgamento.

— Ah, deixa para lá! — A guardiã aquática apressou o passo, assim como sua “rival” de cabelos pretos. — Safira!

— Oi, o que foi? — inquiriu olhando para trás em sincronia com o poderoso de cabelo lúrido, tendo-as à suas costas.

— Quem você acha que acabou com mais múmias? — perguntaram ao mesmo tempo.

— Espera um pouco, vocês contaram?! — indagou desacreditada.

— Você não? — Yara devolveu com indiferença.

— Seria melhor considerarmos um empate — sugeriu Arya, parecendo mais animado por já conseguir ver melhor a civilização não tão longe dali.

— Concordo, é melhor assim. — A capitã assentiu com a cabeça e dispararam na frente dos outros, andando e conversando sobre o épico embate subterrâneo.

— Você não participou disso, não é? — A garota, que possuía a pele escura refletindo o sol, interrogou para Aurora, esperando-a enquanto ela se aproximava, pois cursava um pouco atrás.

— Discutir como crianças imaturas? Lógico que não — retrucou com um sorriso de superioridade e passou por ela. — Até por que eu derrubei 198 e não quero humilhar ninguém.

Depois de revirar os olhos verdes, Safira apressou a marcha e acompanhou as outras junto de Pierre. Dirigiram-se até uma pousada daquela cidadezinha que vivia do comércio. As três poderosas humanas trocaram suas vestes para que não chamassem tanta atenção e o geocinético continuou com seu traje místico, já que esse se misturava perfeitamente na cultura daquele lugar.

O homem em um quarto exclusivo e as mulheres num único cômodo para todas, pois não esbanjavam tanto dinheiro assim para a estadia de um local que exagerava nos preços por causa dos estrangeiros. Ali descansaram da batalha e da viagem pelo deserto, usufruindo o tempo para se conhecerem melhor.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora