Capítulo 14

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Quando os lábios de Edward se afastaram dos meus, mas nossos rostos continuavam a centímetros de distância, e tudo que eu via eram as duas esmeraldas brilhantes em minha frente, me fitando de forma intensa, como se conseguissem ver além do azul dos meus olhos.

- Talvez eu deva partir... – Sua voz rouca começou a dizer em um tom baixo, quase não saindo.

- Fique, por favor, Edward – Supliquei no mesmo tom, levando minhas duas mãos sobre suas bochechas, e pressionando meus lábios mais uma vez nos seus.

Era a primeira vez que beijava um homem, em toda minha existência, e era também a primeira vez que sentia meu corpo corresponder daquela forma à alguém. Eu desejava Edward como se dependesse daquilo para continuar vivo.

Seus olhos me olhavam brilhantes, com o negro dentro deles crescendo, tornando o verde que os contornava ainda mais vívido. Suas mãos seguraram meus pulsos e um sorriso surgiu nos lábios do rapaz.

- Já esteve com um cavalheiro antes, William? – Questionou de modo doce, e apenas neguei com a cabeça, sentindo o bater de asas das borboletas aumentarem em meu ventre.

Edward suspirou e abriu um sorriso mais extenso, em seguida deslizou seus lábios sobre os meus novamente, enquanto suas mãos desciam pelas minhas costas até meus quadris, colando nossos corpos um no outro.

Meus dedos entrelaçaram seus cachos, fazendo com que o laço se desfizesse e seus fios longos finalmente se soltassem em liberdade. Enquanto a boca de Edward deixava a minha, e passava pela minha pele, chegando em meu pescoço, onde ele depositava beijos molhados e e repletos de desejo, fazendo com que a ideia de abrir meus olhos parecesse impossível naquele momento.

Senti suas mãos desabotoando minha camisola de seda em minhas costas, e lentamente abrindo o tecido, para deixa-lo cair de modo leve no chão composto de madeira, revelando minha nudez ao homem. Eu, de fato, não possuia experiência alguma, mas sabia o quanto queria sentir o corpo de Edward junto ao meu, o quanto queria explorar cada centímetro de sua pele clara e suave. Levei minhas mãos até o casaco aveludado em cor azul royal e o retirei de seus braços largos, e em segundos desabotoava sua camisa branca, revelando o peitoral nú do rapaz que mantinha seus lábios acariciando minha pele.

As mãos dele se firmaram com certa força em minha cintura, enquanto nossas bocas voltavama a se encontrar, agora de maneira mais intensa. Ele deu passos até meu leito e eu os acompanhei, sem que permitisse a distância entre nossas bocas e corpos, e então deitei-me sobre os lençóis brancos, observando o homem ainda em pé, com seu peito exposto e os cabelos soltos, de modo emaranhado, caindo sobre seu rosto iluminado pela luz azulada da noite que adentrava pela janela.

Ele se despiu em minha frente, enquanto meus olhos observavam atentamente cada centímetro de seu corpo, o qual parecia esculpido à mão, e em seguida se inclinou, deitandos-se nú sobre mim, e apoiando as mãos no colchão ao lado de meus ombros, permitindo que ficássemos pele contra pele.

Apenas nós.

- O que devo fazer agora? – Indaguei, com minha voz falha, enquanto os olhos de Edward me fitavam brilhantes.

- Apenas relaxe querido – Ele disse em um tom baixo, aproximando de meu ouvido.

Em seguida, as mãos grandes de Edward deslizavam por cada local do meu corpo de maneira gentil, enquanto seus lábios exploravam minha boca e, em seguida, meu pescoço mais uma vez. Minhas mãos acariciavam suas costas largas e nuas e eu sentia os fios de seus cabelos longos em minha pele, tornando cada toque ainda mais sensível.

Os lábios dele começaram a deslizar cada vez mais abaixo de meu corpo, indo para meu peito, seguindo para meu abdômen e chegando ao fim do meu ventre, tornando a sensação no local tomar conta de mim por inteiro. Fitei-o em baixo, e seu olhar verde me encarava de modo sensual, enquanto meu peito subia e descia em um ritmo rápido.

Our Past - Larry StylinsonWhere stories live. Discover now