capítulo vinte e oito.

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— Tudo bem, não precisa me responder. — ela negou. — Toma a porra dessa chave... Sério Jason, você poderia ao menos mudar sua tática de ataque.

Ela fez menção em começar todo um falatório de novo. — Era só isso o que você queria?

— Não... só vou te falar uma última coisa, se você está pensando em descartar aquela menina da forma escrota como fez com as outras, eu sinto muito, mas depois do jeito que ela ficou quando me viu aqui... O descartado vai ser você! — me apontou e eu neguei.

— Você não sabe de porra nenhuma, Lua.

— Mas sei muito bem que ela já está apaixonada por você. — eu engoli a seco e ela deu uma risada e secou o rosto. — Ela te olha com os mesmo olhos de quando eu me apaixonei por você.

— Doida.

— Ótimo, tchau Jason. — ela simplesmente me deu as costas e foi embora, eu respirei fundo e voltei para o quarto, me taquei na cama e pensei em como foram poucos minutos para que eu padecesse no inferno.

Melinda Andrade.

Eu só cheguei em casa e apaguei geral, quando despertei outra vez já se passava do meio dia. Me sentei na cama e senti de novo todo o meu corpo pesar, meus olhos também estavam desse jeito e eu estava me sentindo um pouco quente. Talvez fosse pelo inicio de madrugada que fiquei na piscina junto do Xamã.

Merda!
Já tô pensando nele de novo. Mas é inevitavel, me escorei na cabeceira e encarei o teto. Será que eles dois reataram o namoro? Ou será que isso já tinha rolado e eu fui uma peguete dele? Ele seria capaz?

Se pelo menos ele fosse desses que tudo posta nos storys, era só stalkear e pronto ou então se esse arrombadinho soubesse realemente usar o twitter como todo mundo que conta até o que comeu, seria tudo mais fácil. 

Escutei o meu telefone apitar, indicando novas mensagens e encarei o eclã.

Malvadão 😍
Mel?
Ta tudo bem, amor?
Vc saiu daqui td estranha
Ta de boa?

Melinda Andrade 💎
não, não tá tudo bem seu filho da puta
mensagem apagada

Está sim.

Pronto, seria apenas isso. Ele visualizou e logo deixou de está on-line. Deixei meu telefone de lado, desci e a casa estava vazia. Fiz um lanche rápidinho e voltei para o quarto, liguei a tv e coloquei na netflix, apertei no primeiro romance clichê que apareceu e acabei adormecendo outra vez.

31 de dezembro, São Conrado.

Eu havia me esquecido completemente que era bem nessa praia que sempre viravamos o ano. Meus pais eram cismados com copacabana e acabou que depois de um tempo até eu e as meninas passamos a adorar esse pedacinho do Rio, essa virada seria apenas nosso bondinho pois meus pais haviam ido para o interior do Rio, passar com meus avós.

Todos os anos eu sempre ficava extremamentr  animada, mas ano tava foda, Jason mora próximo daqui e eu me tremo inteirinha só de pensar que posso esbarrar com ele por aqui. Bebi do meu energetico e encarei o copo o balançando devagarinho, falta pouco menos de quinze pra meia noite e minha mente estava em turbilhão de emoções.

— Vai ficar amoadinha até quando por causa dele, Melinda? — escutei a Amanda dizer de repente do meu lado e eu sorri de canto e a olhei.

— Preciso desapaixonar logo, ami! — fiz um bico e ela riu me puxando pra um abraço e beijou meu rosto.

— Vamo caçar uns boys e pronto, pra que chorar por macho minha filha?

Você Não Ama Ninguém 》XAMÃWhere stories live. Discover now