capítulo onze.

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— Bem criativa a legenda, não acha? — eu me assustei com ele bem próximo mim e encarei seus olhos.

— Sabe o que é... eu me esqueci que você estava por aqui. — ri fazendo deboche ele acabou rindo também.

— Muito engraçadinha a senhora, né?

— Ai, para. Senhora não né? Não sou tua mãe. — mexi no chapéu e ele desceu os olhos para a minha boca, passou por meu corpo e voltou a olhar em meus olhos. Eu fiquei extremamente sem graça com sua secada. — Que foi?

— Eu tava pensando em uma coisa, pô. — ele tinha um sorrisinho canteiro na boca.

— Em o que, posso saber? — cruzei meus braços.

— Acho que eu sentaria no inferno se você fosse a minha mãe e eu estivesse me amarrando...

— Co-co-como é?

— Vou mergulhar, quer vir? — desconversou e eu fiquei encarando a sua capacidade de ser tão cínico, neguei e ele saiu rindo. De costas parece ser ainda melhor, puta merda que homem.

Falei rapidinho com as meninas no grupo, deixei meu telefone de lado e puxei minha cadeira para onde o guarda-sol não iria cobrir e me sentei na mesma para pegar o mínimo de uma corzinha. Eu estava olhando o movimento da praia que não estava muito cheia, fechei meus olhos por baixo do meu óculos e ajeitei o chápeu do Jason que ainda permanecia comigo. Fiquei uns bons minutos ali até o Jason tampar o sol que estava em cima de mim.

— Calma chocolate branco, eu não quero que você derreta!

— Garoto? Saí daqui com essa referência ao meu filme preferido. — o chutei jogando um pouco de areia em seus pés e me ajeitei para olhar para ele que ria. — Palhaço!

— Foi engraçado a tua cara, ficou assustada? — ele havia parado outra vez na minha frente e estava um pouco dificil me concentrar com aquele homem molhado na minha frente. Mordi meu lábio e desfarcei sorrindo.

— Não fiquei, nada. — me levantei da cadeira e quase colei os nossos corpos com esse movimento. — Até que você é bem gatinho, assim de perto né? — debochei e ele deu de ombros.

— Faz parte do pacote.

— Convencimento também vem junto?

— Depende, né. — ele passou a mão por seus cabelos os sacudindo e depois arrumando, olhou para o lado e depois me encarou quando eu falei.

— Depende de o que, Jason?

— Se você vai adquirir o pacote todo pra que te responda o que mais vai junto, pô.

— Tem amostra grátis?

— Que gracinha, brincando com fogo.

— Acho que gosto de me queimar, sabe... — puxei meu chápeu mais para trás e ele me olhava atento. Um de seus braços me puxou mais para ele e se enroscou em meu quadril. — Jason... Jason...

— Tu beija também ou só fica falando? — debochou e eu revirei os olhos, encarei sua boca e acabei sorrindo para ele que entendeu bem o que eu queria que ele fizesse.

Senti quase no mesmo instante seus lábios selarem a minha boca e meu coração soltava fogos de tanto que errava as batidas. Subi minha mão para sua nuca e passei minhas unhas ali o arranhando com leveza e o puxando ainda mais para mim, tomando a iniciativa do nosso beijo. Sua língua me explorava e eu estava agradecendo aos céus por aquilo, ele era ainda melhor usando sua boca para beijar tão bem quanto cantava.

Você Não Ama Ninguém 》XAMÃWhere stories live. Discover now