capítulo quinze.

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Eu comi mesmo o lanche que já estava desejando ao ponto da boca salivar, e, depois ainda pedi um açaí mediano bem recheadinho e com bastante leite em pó. Xamã e eu caminhamos até o seu carro e nos apoiamos do lado de fora, para comermos o açaí e ainda ficar conversando. Comecei a sentir alguns pinguinhos de chuvisco mas achei que fosse apenas impressão minha, terminei o meu açaí e o Jason estava conversando com uma menina que deveria ser uns dois a três anos mais velha do que eu, eu dei a volta no carro e fiquei escorada na porta do carona, os pingos começaram a aumentar e iria mesmo chover, Jason se despediu da menina e desalarmou o carro, eu entrei e e ele entriu logo em seguida. A chuva aumentou em segundos e eu me encolhi no banco.

— Caralho...

— Eu tentei te avisar que já estava começando mas não quis te atrapalhar com aquela loirinha. — sorri sem mostrar os dentes e ele me encarou segurando uma risadinha. — Que foi?

— Você ficou incomodada porque eu estava falando com ela, Melinda?

— Que-quem? Tá ficando maluco ou o beck já detonou teus neurônios? — gaguejei e eu gesticulava demais o que fez com que ele gargalhasse muito, muito alto. — Ai, garoto!

— Eu moro aqui perto, vamos pra lá e depois que parar a chuva eu te deixo em casa, jaé?

— Tá, pode ser. — sorri e ele concordou dando finalmente a partida com o carro. Não demorou nem dez minutos para que chegassemos onde ele mora, ele estacionou o carro e pegamos um pouco de chuva dessa de sair do carro e correr para dentro da casa. — Merda, me molhei quase toda. — resmunguei passando as mãos por meus braços na tentativa de amenizar a água que escorria.

— Vem cá, vou te dar uma toalha. — me segurou pela mão e só deu tempo para que eu chutasse a rasteirinha em qualquer canto para não melar o chão todo. Entramos em um corredor e logo ele abriu uma porta, me puxou para dentro e vi que estavamos em um banheiro. Ele puxou a uma toalha de dentro do armário que tinha ali e me ofereceu para que eu me secasse. — Quer alguma blusa emprestada?

— Não precisa, molhou mais meu corpo do que a minha roupa. — ri e sequei meu rosto e o olhei enquanto segurava a toalha em meu queixo. — E daqui a pouco eu monto um guarda-roupas seu lá em casa, já tem aquele moletom.

— Eu tenho bastante coisa pra te dar ainda, relaxa. — ele disse e eu me arrepiei pois de alguma forma a minha mente me manipulou fazendo com que eu entendesse aquela frase em duplo sentindo. Acabei sorrindo e neguei.

Ele é mestre em fazer esses tipos de trocadilhos, até nas nossas conversas por wpp ele sempre lançava uma dessas. Ele me deu as costas quando ouviu o telefone tocar e eu fechei a porta do banheiro, lavei meu rosto e ajeitei, pois tinha borrado tudo com a água da chuva. Sequei um pouco o meu  cabelo e pendurei a toalha por ali, voltei para a sala de onde eu estava antes, me joguei no sofá mesmo e encarei a tela do meu telefone que marcava um pouquinho á mais das dez da noite. Suspirei me sentindo um pouco entediada, mas logo me destrai com o Jason aparecendo por ali vestindo outra bermuda, estava descalço e sem camisa. Engoli em seco e me ajeitei no sofá, me sentando de lado, com os joelhos dobrados e apoiei meu rosto nos meus braços que estavam debruçados nas costas do sofá, dei um sorrisinho quando ele se sentou do meu lado. Ele me encarou por alguns segundos e passeou a língua pelo lábio enquanto parecia pensar em algo que tomava até mesmo sua expressão facial e logo fez um meio sorriso começar a surgir no cantinho direito de sua boca.

— Qual a possibilidade de que a chuva aumente e eu seja obrigado a dormir com uma morena dessas do meu lado?

— Bom, eu não sei... mas caso aumente, eu não iria durmir com você. — ele riu e negou. — Que foi? Não tem quarto de hospedes aqui? Ou até o da doméstica?

— Pra você só tem o meu quarto. — engoli em seco e pensei em retrucar mais ele foi mais rápido e fechou a minha boca quando me selou algumas vezes. — Você com certeza não aguentaria dormir nesse sofá. — sua voz estava muito rouca e eu estava sentindo até os pelinhos de minha nuca, se arrepiarem.

— Você não me deixaria dormir nesse sofá. — sussurei sentindo sua boca selar um trilha gostosa em meu pescoço e ele negou suavemente contra a minha pele. Com uma das mãos ele afastou ainda mais meus fios de cabelo e começou a subir os beijos até a minha orelha, onde parou e desceu outra vez só que por ora estava á arrastar a língua quente contra mim e por outra me dava sugadas pequenas e fortes, eu arfei bem baixinho e sua boca ia cada vez mais para baixo.

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parece que eu vou torturar um pouquinho vocês  hihihihihi

Você Não Ama Ninguém 》XAMÃWhere stories live. Discover now