BLACK • Jjk + Pjm

• TWENTY SEVEN

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O banheiro masculino é onde vejo o garoto entrar. Mordo meu lábio inferior, passando a mão sobre os fios negros levemente úmidos pelo momento de energia gasto com as músicas que dancei.

Entro logo atrás. O local estava bem iluminado e a porta abafava a música vindo lá de fora. Não vejo Jungkook, apenas um garoto loiro acabava de lavar as mãos e me olhou como se eu fosse um maluco, parado confuso na porta de entrada. Me apresso a ir até a pia, disfarçando enquanto começo a lavar as mãos.

Suspiro mais aliviado quando o loiro sai, me deixando sozinho lá. Quer dizer...eu sabia que não estava. Isso era um jogo? Com certeza o vi entrar por aqui, sinto o cheiro do seu perfume. Decido então começar a jogar, indo até a última cabine e empurrando a portinha, dando de cara com a cabine vazia.

— Está se escondendo? Eu vi que entrou aqui. — Digo alto o suficiente, indo já para a segunda cabine. Espio debaixo para ver a abertura mas nem seus pés eu vejo. Só se estiver em cima do vaso... — Jungkook? — Chamo frustado quando abro a porta daquela cabine e encontro vazia, novamente. Apenas com um vaso e equipamentos para papel higiênico.

Desistiria e acharia que havia visto coisas e que ele realmente não estava ali, até ouvir a risada baixa e conhecida, me fazendo franzir as sobrancelhas, determinado.

— Onde você está? — Sigo para outra cabine fechada. Dessa vez, abro a porta e entro com tudo. Era a última, ele só podia estar ali.

Para a minha surpresa, estava vazia, novamente. Abaixo os olhos confuso, encarando o vaso e sentindo ainda o calor, estava perdendo a paciência. Mas então, ouço a porta do banheiro ser fechada, trancada. 

Saio da cabine, encontrando o moreno encostado contra a porta de braços cruzados e expressão seria, se aproximando devagar. Odeio quando ele faz isso. Mas certa parte do meu corpo também ama quando me sinto uma presa e ele, o predador.

— Quer me provocar? — Ele diz já na minha frente, suas mãos vão a minha cintura e não tenho muito tempo de reagir quando ele cola nossos corpos. — Vai aguentar fazer isso?

— E se eu quiser? — Digo empurrando devagar seu peitoral, mesmo que não queira mesmo o afastar.

— Não vai conseguir. — Ele diz quando de uma vez vida meu corpo, me pressionando contra a porta. Seus olhos estão firmes em minha direção, e eu entreabro meus lábios. Seu rosto se inclina, seu nariz esbarra no meu e sinto seu hálito tão próximo. Nossos lábios se tocam mas eu não deixo os se encontrarem, desviando o olhar para o lado. Ouço seu suspiro.

— Quem era aquela? — Digo baixo, tentando não entregar meu ciúme desnecessário. Volto a olhar ele pela demora de uma resposta, encontrando sua expressão confusa e pensativa.

— Você está falando do que? — Ele admite, parecendo mesmo confuso.

— Aquela garota que você estava flertando no bar. — Eu digo sério, erguendo uma sobrancelha. Sua expressão parecer se suavizar na hora, junto a uma risada que o escapa nasalmente.

— Ah...entendi. Você entendeu errado e está com ciúmes? — Ele diz como se fosse uma piada, negando devagar com a cabeça. Seus braços agora se apoiam na porta, me fazendo revirar os olhos.

— Entendi errado? — Agora cruzo os braços, mesmo que fique mais mole quando seus lábios se colem em minha bochecha, em seguida perto de meus lábios.

— Eu pedi uma sugestão de bebida. Ela achou que eu estava dando em cima dela. — Ele continua explicando, mesmo que seus lábios dêem atenção a meu maxilar agora, descendo em direção ao pescoço.