CHAPTER EIGHTEEN - Part 2.

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NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA

O céu já estava um completo breu e a estrada coberta por pinheiros dava um ar sombrio àquele lugar. Pelo menos era o que se passava na cabeça de Jackson, enquanto ele seguia o carro à sua frente.
— Droga! Porque eu tenho que ser tão impulsivo? O que eu tô fazendo aqui, meu Deus? — O homem apertava o volante de couro preto em suas mãos, fazendo a ponta de seus dedos ficarem esbranquiçadas pela força que exercia ali.

No carro mais à frente Mark puxava assunto com Jaebum e acabou por descobrir que ele era o tal motoqueiro misterioso de Cassidy.
— Mas, então, você gosta dela, Jaebum? — Perguntou meio incerto e desviou o olhar da estrada por alguns segundos.
— Olha, Mark, pra falar a verdade, acho que a Cassidy é a pessoa que eu mais me aproximei depois de anos. — O motoqueiro respondeu, apoiando sua mão esquerda em seu joelho.
— Isso é um sim? — Mark insistiu e passou a marcha no carro, acelerando mais um pouco.
Jaebum deu de ombros e olhou o GPS.
— Olha. — Apontou para o aparelho suspenso no vidro do carro. — Estamos chegando.

Após dez minutos dois carros estacionaram em frente ao grande portão de ferro.
Jackson destravou seu cinto e foi o primeiro a sair do carro. Olhando em volta e atrás dos portões. Parecia tudo muito calmo. Seu olhar avaliou todo o local, parando no tesla prata de Daya. Levou a mão até o couro do seu cinto, mexendo desconfortável no acessório. Os sapatos sociais brilhavam sob a luz da lua.

Avistou os dois outros homens descerem do automóvel e cumprimentou ambos com um aceno.
O vento sacolejava forte as folhas que estavam nos muros de concreto. Até que ouviu um barulho estranho:
— Ei, vocês ouviram isso? — Perguntou Jackson alarmado, enquanto enrolava a camisa social preta até os cotovelos, exibindo seu relógio de pulso.
— O que? — Mark e Jaebum sondaram, aproximando-se do modelo.
— Sei lá, foi meio alto. Tem certeza que não ouviram? — Levantou uma sobrancelha e apoiou as mãos no quadril.
— Se tivéssemos ouvido, não estaríamos perguntando. — Jaebum cuspiu, com cara de poucos amigos.
— Calma ai, cowboy. — Jackson zombou do homem que agora bufava ao lado de Mark Tuan, que caminhava até os portões, tentando abri-los.

Mark soltou um suspiro quando finalmente conseguiu abrir aquela tranca enferrujada. Olhou para os rapazes por cima do ombro e balançou a cabeça, indicando que era pra entrarem
Eles caminhavam despreocupados, com os sapatos sobre a grama verde, galhos e até cascalhos. Faziam um pouco de barulho, mas nada comparado aos gritos que vieram da casa.
— Que porra é essa? — Jaebum sussurrou para Mark, que mantinha-se estático, encarando a parede amarela do lado de fora da casinha.
— É a voz dele. O amigo da Cassidy. O Yugyeom. — Falou e olhou para Jackson que estava com uma carranca enorme no rosto.

Em um ato de nervosismo, Jackson levou os dedos até seu queixo, passando a mão na barba por fazer como se pensasse em algo.
— Ei, vocês dois. — Chamou, não muito alto, apontando para os homens. — Vão para perto da porta que eu vou dar uma olhada na janela. Pode ser? — Escondeu as mãos no bolso da calça e respirou fundo, dando a volta para chegar até a janela.

Enquanto caminhava, Jackson ouviu um som que parecia muito com um choro. Espera, um não, dois! Duas pessoas chorando. Fala sério. Ao finalizar sua volta, apoiou o pé no relevo da parede e impulsionou seu tronco para cima, fazendo com que seus músculos contraíssem um pouco. Ao apontar a cabeça na janela, Jackson quase se desequilibrou. O que viu ali tinha o deixado assustado como nunca tinha ficado em toda sua vida. Ele encarava estático uma Cassidy amarrada por cordas, com cabelos bagunçados, uma ferida aberta no canto superior da testa e olhos vermelhos e inchados. Mirou o olhar para o lado esquerdo e viu que Daya também estava amarrada e com a aparência cansada. Ele quase caiu quando o olhar assustado de Cassidy encontrou o seu. Seu coração batia tão forte dentro do peito que poderia explodir a qualquer momento.Cassie o encarava com medo, mas o que Jackson não sabia é que não era medo por ela e, sim, por ele! Um homem tampou Cassidy de sua visão ao ficar de pé.
Acabou por ficar tão assustado naquele momento, pensando no que poderia acontecer, que perdeu a força em suas pernas e escorregou, fazendo um estrondo, podia jurar que tinha quebrado alguns ossos. Felizmente, não foi o caso, visto que o homem levantou e correu até os dois companheiros.

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