CHAPTER FIFTEEN

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Lar doce lar. Suspirei ao chegar em casa, largando a mala no meio da sala.

— Caramba, eu preciso de um banho. — Corri para o banheiro, me despindo e deixando as roupas pelo caminho.

Abri o chuveiro e me deliciei com a água quente que escorria do meu couro cabeludo até os dedos de meus pés.

Enquanto ensaboava meu corpo, as memórias de Los Angeles invadiam forte minha cabeça, forçando-me a fechar os olhos.

Encostei a cabeça no vidro do box e fechei o chuveiro.

— Mas que merda. — Praguejei ao chutar acidentalmente a lixeira quando sai do meu longo banho.

Quando havia terminado tudo, desci para conferir se tinha algo pra comer.

E, curiosamente, só teias de aranha abarrotavam os armários.

— Ninguém fica nessa casa? Papai deve ter esquecido de fazer compras. — Bati na testa, reprovando a memória esquecida dele.

Calcei o par de tênis que estava ao lado da porta, peguei minha carteira junto com a bolsa e fui comprar algo pra comer.

Durante o caminho, senti uma sensação estranha, como se estivesse sendo perseguida.

Olhei para trás disfarçadamente e percebi que uma moto me acompanhava ao longe, devagar.

Reduzi a velocidade dos passos ao confirmar quem era e girei sobre os calcanhares observando agora a moto parar ao meu lado.

— AHÁ. TE PEGUEI. — Apontei o dedo para o homem.

Ele retirou o capacete e saiu de sua moto, caminhando até mim.

Seu andar era charmoso por si só, o olhar era penetrante demais. Ele tinha o típico jeito de bad boy e aquele piercing microdermal era muito sexy.

— Cuidado para não babar. — Colocou as mãos no quadril, e pousou a mochila que carregava nas costas sobre a moto.
— Não enche. — Gargalhei. — Que foi? Vai me assaltar agora? Tava me seguindo por quê? — Cerrei os olhos.
— Não vou te assaltar. — Sorriu sem mostrar os dentes. — Você nem deve ter dinheiro aí. — Apontou para a bolsa no meu ombro.
— Quem disse? — Ergui uma sobrancelha.
— Então quer dizer que você tem? — Olhou para os dois lados. — Tenho uma ideia melhor do que te assaltar. — Ajeitou a blusa que usava.
— O quê? — Fiquei imaginando o que ele responderia.

Eu estava realmente morrendo de fome e a única coisa que rondava meu pensamento eram rosquinhas com creme de chocolate e granulados coloridos.

— Sequestro. — Puxou meu braço me fazendo gargalhar com o susto. — Tô brincando, mas, quer vir comigo? — Esticou um capacete vermelho.
— Vamos no mercado primeiro? Quero comer algo. — O homem balançou a cabeça positivamente.

Jaebum ficou ao meu lado e fomos caminhando até o mercadinho do outro lado da rua.

— Pensei em te levar naquela trilha hoje. O que acha? — Perguntou, prendendo seu cabelo de maneira frouxa. Ele ficava ainda mais bonito daquele jeito.
— Hm... eu até queria, mas só trouxe essa blusa. — Apontei pra blusa que era muito apertada.
— Eu tenho uma blusa dentro da mochila e posso te emprestar. Você está de shorts e tênis, então está de boa. — Jogou um pacote de salgadinhos na minha direção.
— Tudo bem então, eu acho. — Agarrei no ar a embalagem antes que ela fosse ao chão.

Comprei tudo que precisava e sai de lá satisfeita.

— Você só come essas bobeiras? — Jaebum sondou com o rosto contorcido em uma careta cômica.
— Não, né, Jaebum! — Empurrei seu ombro.

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