CHAPTER TEN

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Mark estava dirigindo furiosamente. Seu pé devia ter afundado no acelerador.

— Ou! Tá maluco? — Bati no ombro do garoto.
— O que foi? — Desviou a atenção da estrada por um instante.
— O que foi? — Retruquei com ironia. — VOCÊ VAI MATAR A GENTE CORRENDO DESSE JEITO. — Gritei.
— Larga de ser histérica, Cassidy. Eu só preciso chegar lá logo. — Inspirava forte.

Seguimos calados até chegarmos ao tal local.

Mark desceu e bateu a porta do carro na força do ódio.

— Puta que pariu, Cassidy.

Fiz uma cara confusa, indicando para que ele continuasse.

— Aqui não é um simples prédio. — Passou as mãos nos fios e socou a lataria do carro.
— Como assim não é um simples prédio? É um prédio comercial, Tuan. — Apontei.
— É um prédio disfarçado. — Fez aspas com os dedos. — Se a Melanie estiver aí dentro, acho bom ela ter uma ótima explicação. — Guardou as chaves no bolso e saiu andando na frente.
— Eita, porra. — Corri tentando alcançá-lo.

Entramos e fomos recepcionados por uma mulher que não parava de olhar para Mark de forma desejosa.

— Podem ir por ali. — Indicou o corredor à esquerda, batendo a caneta na palma da mão.

Revirei os olhos e logo percebi que ali haviam mais seguranças do que o normal.

Puxei Mark pela blusa.

— Isso tá muito estranho. Que merda tá acontecendo? — Falei, um pouquinho assustada.
— Não está estranho, Cassie. Este é um prédio de prostituição; ou onde as acompanhantes de luxo ficam com os caras, eu acho. Pelo menos foi o que o Tom disse.

Se afastou e eu pude então associar Melanie e Jackson.

ÓBVIO! Se a Melanie estava naquele prédio e foi ao coquetel com o Jackson, ela só pode ser uma acompanhante de luxo. Xeque-mate.

Fomos caminhando para o andar de cima, onde haviam garotas muito bonitas e que pareciam querer avançar no meu amigo.

Mark olha o celular de novo.

— O Tom disse que viu ela no sétimo andar. Vamos lá. — Corremos para o elevador.

Quando chegamos ao sétimo andar, tinham algumas portas abertas e garotas apenas de lingerie.

Olhamos em todos os cantos e nada de Melanie.

Quando viramos o corredor da direita, demos de cara com a garota de mãos dadas com um cara muito mais velho que ela.

Seus olhos arregalaram e ela ameaçou chorar.

Mark olhou para o homem e para Melanie, deu uma risada seca e virou as costas sem nem olhar para trás.

Olhei para eles com decepção nos olhos.

Eu ajudaria meu amigo.

Encontrei ele dentro do carro com a cabeça no volante.

— Traição, Cassie. Traição. — Bateu a cabeça de leve na buzina, me dando um susto. — Eu era um namorado tão bom. Sim, era. Eu não quero mais olhar na cara dela. — Me encarou.

Seus olhos estavam vermelhos e sua voz diferente por conta do choro recente.

— Poxa, meu anjo. Vem cá. — Puxei o mesmo para um abraço caloroso, no qual ele se aconchegou e soltou todas suas mágoas.

Chamei Mark para ir até minha casa assistir um filme e comer besteiras. Ele relutou no começo mas o fiz ceder. O melhor agora era que eu conseguisse distrair meu amigo. Assim que chegamos em casa, peguei várias bobeiras no armário para a gente comer enquanto assistíamos filme.

7 Hearts Where stories live. Discover now