12 - 2.

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"capítulo curtinho
saindo do forno kkkkkkk

- perguntinha aleatória: qual o maior medo de vocês?

meta:
estrelinha: 25 estrelinhas
comentários: 160"

Piranha 👺

- Câmbio! Hinaki na escuta. - a voz fina saiu do aparelho, tomei a liberdade de enfiar na cintura, de modo prático pra pegar caso haja uma emergência, e arranquei o do Rb pondo perto da boca.

- Câmbio! - dei aquela observada marota no lugar, vendo dois homens e uma mulher conversando. - Área tá limpa, pô. Tem só dois cara e uma morena de frente pra barraquinha.

- Ok, ok - ficou em silêncio. - sim, são eles. Podem seguir, mas com cautela.

- Ai, serião, né por nada não, mas cê tem certeza que ninguém ficou sabendo disso e deu com a língua nos dente? - Rb se meteu, segurando o fuzil num braço só, contando as munições que tem ali.

- Óbvio que sim. - fez uns barulhos, parecendo estar arrastando a cadeira. - Poucas pessoas sabem disso, e são selecionadas, no máximo nove contando com vocês, então é impossível que tenha algum X-9. - tosse. - E, bem, ela está presa, que eu saiba não é a mãe Diná pra prever as coisas. Foquem no objetivo, nada vai da errado, porque a probabilidade dela fazer algo contra vocês é zero. - parou por um tempo, voltando a falar. -
Ah... não é querendo me gabar meninos, porém sou bem mais esperta.

Ciranda, Roberto e Coelho me olharam esperando por uma confirmação.

- Vamos vê no que dá.

Fiz sinal chamando os mano, fomos na beirada em fila indiana, todos armados até o
dente, pente lotado e colete no ponto certo.

Paramos em volta dos fardados. Fardados não né, corruptos.

Eles podem estar ajudando a firma do pai, mas meu nojo continua intacto, tá ligado? É uma história inteira, vidas que poderiam tá aproveitando de boassa aí, pais que deixaram os filhos no mundão, ou os que sentem medo de não voltar pra goma porque viram a porra da violência fudida com preto. Pega a visão, isso tudo nós não esquece de um dia pro outro, nós não perdoa, nós guarda mágoa.

Na moral, quando pousaram os zói na AK-47 só faltaram colocar a comida pra fora, irmão, coisa de louco.
A senhorinha que tava lá dando os salgados pra eles ficou paralisada, mané, tipo estátua. Mermo eu abaixando a mão tentando tranquilizar, ela fechou a portinha na nossa cara, mal educada da porra.

- Ô, doida, é esses maluco mermo? - Rb puxou o bagulhete da minha mão com mó agressividade, o sangue ferveu fi, só não fui pra cima porque tô de saco cheio de brigas.

- Doida é sua mãe, babaca. - deu um gritinho de raiva.

- Ih, doida é tipo amor, se liga mandada. - debochou.

- É a gente. - a moreninha baixinha tomou a frente, antes de deixar a Hinaki falar. - Vamos logo acabar com isso, por favor? - afirmei.

- Venham por aqui. - caminhou pro lado esquerdo, seguimos deixando os outros dois pra trás. - as presas costumam dormir nesse horário. Algumas, poucas, ficam acordadas mas dentro de suas respectivas celas. - passou a digital naquela maquininha de identificação. -

Menos a Olinda. Não sei como, mas ela ganhou permissão do diretor pra tomar banho individual, separada das outras, num horário diferente. E é agora. - abriu uma portinha enferrujada. - andem até o final ali, é só virar e pronto. - apontou, abaixando a manga da blusa. Tô ligado que pra nós não vê a tatuagem no ante-braço. - Estão no destino de vocês. Estarei lá fora pra o que precisar.

- Valeu aí. - fiz legalzinho, prosseguindo pra onde ela apontou, vi sinceridade no papo dela não, fui com a cabeça pesada de paranóia, todo cabreiro.

Sei lá, um aperto no coração.

"antes que eu me esqueça, sigam-me no instagram! tem alguns spoilers brabos no destaque que ninguém entende, às vezes nem eu mesma.

insta: mazxxluz
até 💖"

POETA CORAÇÃO Where stories live. Discover now