Epílogo

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ÚLTIMO CAPÍTULO|
E p í l o g o

A garota ruiva sentada na cama encara a pequena foto em suas mãos, onde mostra um garoto de cabelo platinado distraído. Seu rosto é belo, muitos diriam que fora esculpido por anjo, seu cabelo platinado está bagunçado, do jeito que a garota sempre amou.

Na outra pequena foto, aparece o mesmo garoto olhando em direção a câmera, onde flagra a garota tirando fotos dele. Ele está sorrindo, um lindo sorriso, que exibe sua fileira de dentes perfeitos. Seus olhos são negros, muitos diriam que são pretos como carvão, mas a garota gosta de pensar que são negros como a escuridão, ou negros como um céu sem estrelas.

Ela sorri ao pensar nele, as memorias ainda são frescas em sua memória, por mais que tenham se passado anos, as memorias ainda continuam ali, intactas. Ela ainda lembra do seu sorriso, dos traços de seu belo rosto, da sensação boa que era estar com ele.

A sensação de um dia de primavera, quando as flores começam a florescer, quando a neve já está quase derretida e molha a terra, deixando aquele cheiro bom no ar, assim como o perfume das flores.

— Clary, vamos logo antes que nos atrasemos — Simon, seu grande amigo, aparece na porta para avisa-la.

Ela olha para ele, que continua do mesmo jeito que estava a doze anos atrás. Seu roto ainda jovem, aparência de um adolescente. O mundo tem segredos que muitos não sabem, e a juventude dele é uma delas.

— Já estou indo — avisa ela, que dá uma última olhada nas fotos e as guarda na gaveta, onde sempre estarão seguras e intactas.

Hoje é a exposição do seu quadro preferido, o qual ela pintou quando retornou ao mundo. O quadro retrata um anjo negro de cabelos claros e olhos negros. O quadro mostra o anjo injustiçado, que teve a vida roubada antes mesmo de nascer. Um anjo que muitos diziam não ter sentimentos. Mas ele tinha.

Porque ele amou.

E ela sabe disso, porque ela foi amada por ele.

A garota não conseguiu mudar o passado, os erros cometidos e confianças quebradas, mas conseguiu fazer um novo começo. Fez quadros incríveis que mostrava o que olhos comuns não podiam ver, anjos dourados e negros. Um mundo que nem todos podiam ver ou conhecer.

E tudo graças ao seu eterno anjo negro.

FIM

FIM

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Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Where stories live. Discover now