Capítulo 18 - Falta de ar excessiva

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— E aí, Grey? —  Alex entrou na sala dos atendentes onde eu estava com Meredith e Teddy. — Quando vai assumir o DeLuca?

Grey quase engasgou com o café que estava tomando e nós rimos. 

— Ele mandou vocês me infernizarem com isso? — Perguntou limpando a blusa com um pano. 

— Claro que não. Os homens não pedem essas coisas, Mer. — Alex pontuou e olhamos para ele. — O quê? É verdade, pô. 

Eu observava a cena sentindo meu corpo quente. Naquele dia quando acordei me senti muito indisposta. Já fazia alguns dias desde a melhora do doutor Webber e estávamos na expectativa dele retornar e me dá uns dias de descanso, junto com a Grey. Sorri um pouco quando Teddy perguntou:

— Sim, mas voltando para a pergunta, o que falta, Grey? — Meredith suspirou. 

— Olha, sinceramente, eu não sei. Eu gosto dele e quero ter um futuro com ele, mas eu me sinto paralisada, sabe? Não sei o motivo. 

Ficamos em silêncio naquela hora. Eu soube do que aconteceu com Derek e, bom, é uma situação altamente difícil de se superar. Meredith precisou ser muito forte para enfrentar tudo aquilo, não podíamos cobrar nada dela, mas também não é certo que ela viva o resto da vida sozinha apenas por medo. 

O nosso momento de reflexão foi interrompido pelo bipe de nossos pages. 

— Trauma, cardiologista e pediatria? — Alex disse nervoso enquanto descíamos para a emergência. 

— Que Deus nos ajude. — Eu disse e entramos no elevador. Senti meus pulmões se apertarem ao passo que eu me apressava para chegar na emergência. 

[...]

— Meu Deus, uma criança de oito anos com o coração desse jeito? — Teddy suspirou. — Acho que nunca tivemos algo nessa complexidade aqui. Vou esperar ela se estabilizar e pedir transferência para o hospital do coração. 

— Espera, não vamos poder tratá-la? — Alex perguntou, retirando a bata amarela que vestimos no trauma. 

— Eu temo que não. — Teddy lamentou. 

Eu sentia meu corpo inteiro mole e uma fraqueza que me fazia tremer. Estava me sentindo mal pela manhã, mas agora piorou. 

— Cam? Você está bem? — Alex perguntou. — Está branca e suando. — Ele me amparou e então eu sentei em uma das cadeiras de espera. 

— Eu estou com dificuldade para respirar. — Disse com a fala cortada e Teddy arregalou os olhos. 

— Um carrinho de emergência agora. — Alex gritou e eu não tinha entendido ainda o desespero deles. 

— Vamos medir a saturação de oxigênio dela. — A doutora Altman já falou colocando o oxímetro no meu dedo e então eu fechei os olhos, sentindo meus pulmões se esforçando para respirar. 

— Está com a saturação baixa. Coloca ela no oxigênio e bipem a Grey. — Alex disse para um grupo de internos que se aglomerou ali. — Vamos! 

Eles colocaram a máscara de oxigênio substituindo a minha máscara de algodão e me puseram em uma cadeira de rodas, me levando para o andar de internações do vírus. Olhei confusa para o Karev. 

— Karev, você acha que eu me infectei? — Perguntei me esforçando para falar com toda aquela parafernalha no rosto. 

— Eu não sei. — Ele me respondeu de forma vaga. — Vamos testar você. 

Na hora que ele falou isso eu lembrei automaticamente de Jackson. Ele precisaria ser testado também, mas no momento que eu falasse isso, todo mundo saberia que estávamos trocando bactérias. Suspirei sabendo que isso não era hora para me preocupar com boatos e então falei: 

A nova chefe do TraumaWhere stories live. Discover now