Chapter 6: Jealouis

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Louis se jogou na cama, pegando a almofada para se matar asfixiado. Se morresse levaria toda sua vergonha embora e esqueceria de sua vida vergonhosa. Ele quase teve um ataque ao precisar explicar para a mãe o motivo de suas mentiras, a mulher não era boba e estava fora de cogitação inventar alguma historinha para disfarçar seus reais motivos, contudo ela estava crente que Louis tinha um namorado e nada podia fazer o adolescente ao se ver obrigado em assumir que estava encontrando alguém. 

Sentiu-se mal ao inventar alguma profissão para Harry, dizendo que o homem era apenas um estudante que trabalhava meio período, sem mencionar o nome da sua real profissão, essa qual iria tirar Louis do sério. Sua mãe compreendeu, mesmo tendo ficado preocupada e aconselhado o filho sobre os cuidados que deveria ter durante o sexo.

Agora deitado em sua cama, olhando para o teto, Louis pensou no quanto poderia ser mais fácil se Harry não fosse tão bom consigo, se desde o início não mostrasse preocupação pela sua situação e não fosse compreensível, tratando Louis com muita atenção e carinho.

Daquele jeito ficava muito difícil  odiá-lo e querer manter distância. 

Harry poderia um pouquinho irritante às vezes, cercando o adolescente quando estavam juntos, deixando clara a sua afeição pelo mesmo, mas ainda que Louis suspirasse irritado quando Harry parecia que grudaria ao seu lado como carrapato, ele também adorava. Adorava a sensação de ter alguém para estar consigo, que independente de sua personalidade peculiar ainda demostrava importar-se, além de que os dois pareciam tão certos que Louis questionava alguma divindade por estar sendo tão cruel, colocando em sua vida o cara certo, mas lhe dando a pior das profissões. 

Louis não suportaria o martírio de ser namorado de um ator pornô, nunca esqueceria do pequeno detalhe que parecia gigantesco em seu ponto de vista. Sua mãe nunca permitiria o relacionamento, provavelmente iria decepciona-la ao apresentar o genro e descobrir que ele trabalhava transando com homens em frente à uma câmera. Até mesmo Louis sentiria vergonha em apresentar o namorado para os amigos/colegas, levando em conta que grande parte deles erão gays e deveriam ter assistido algum pornô de Harry, devido a grande fama do ator, e fizessem piadinhas? Se dessem em cima?

Era muita coisa para Louis conseguir assimilar, sua cabeça iria explodir a qualquer momento, precisava conversar com alguém, esclarecer suas ideias malucas que atormentavam sua cabeça e resolver qual seria sua escolha. 

Por mais que fosse incrível estar com Harry, o sexo era bom e os poucos momentos que partilharam juntos agradáveis o suficiente para deixarem o adolescente suspirando pelos cantos como um bobo. Não foram muitos, mas Louis queria que fossem milhares, tantos que precisaria escrever um diário para não esquecer em sua velhice, queria tudo aquilo e estava quase se matando por querer. 

O plano era não se envolver, aproveitar dos bons momentos e das experiências então dar adeus sem um coração dolorido. Louis estava quase esperneando em desespero, nada estava indo de acordo com o plano, era para ele estar pensando na prova de matemática que teria na segunda ou qualquer coisa banal, não em Harry, não completamente perdido em pensamentos relacionados exclusivamente a um único homem, que lhe tirava o sono e o pensamento auto crítico. 

Harry estava lhe levando a ir contra seus princípios, Louis nunca estaria cogitando a possibilidade de deixar a insegurança de lado e conversar com o mais velho. Revelar seus medos e chegar em uma solução para aquela equação.

Ainda haveria uma festa pela noite, essa qual
Harry havia lhe chamado para ir junto. Louis  precisaria escolher bem e mesmo que pudesse ser doloroso a hora de por um fim em tudo estava chegando, seria menos difícil se terminasse o que não haviam começado antes de um sentimento forte e profundo impedisse Louis de tomar a iniciativa. 

heat  ➳ l.sWhere stories live. Discover now