Hot tub, nice butt

só ele faz minha pupila dilatar

S O O B I N

"Amor é simplesmente um vírus no circuito neural humano" vi essa frase num anime uma vez e achei o máximo quando era mais novo, e hoje em dia dá bastante o que se pensar sobre esse tal de "amor".

Devem estar pensando que essa minha reflexão tem a ver com a pergunta que Beomgyu me fez quando eu estava tomando banho, não é mesmo? Pois eu digo que você, pessoa, está certíssima! Já pararam pra pensar quando que a gente começa a amar alguém? Ou quando é a hora certa pra começar a amar alguém? Pois é, eu também nunca tinha parado pra pensar nisso até que meu amigo plantasse a sementinha da discórdia na minha mente.

Beomgyu parecia encafifado com a questão do "amor a primeira vista", mas eu fui um pouco mais além e resolvi questionar sobre o amor em si. Deve ser porque eu sou um desocupado do caralho, sabe? Bem que dizem: mente vazia, oficina do diabo. Não que eu ache que o cara lá de baixo fiquei colocando caraminholas desse tipo na cabeça dos outros, mas com certeza não foi nenhum querubim que me fez ir tão longe a ponto de pensar na definição de amor.

O brother da frase lá de cima é o Ryuunosuke Akasaka — tira Akasaka, bota Akasaka —, do anime Sakura-sou no Pet na Kanojo. Explicando um pouco desse doido filosófico: ele passa o anime quase inteiro trancado no quarto e se comunica com os outros por mensagem, ele é programador e hacker. Em outras palavras: um nerd virjão com problemas sociais. Enfim, onde eu quero chegar com isso? Bem, é que a definição de amor dele é: o amor é um erro, ponto.

Acho que o motivo para eu gostar tanto dessa frase, no passado e um pouco no presente, é que eu meio que concordo com ele, né? Mas a minha definição de amor é completamente diferente da dele. O amor pra mim é chocolate.

Você gosta, você vicia, mas no final ele sempre te faz mal porque você acaba exagerando.

Vai falar que não faz sentido?

Você ama, você se entrega, e aí você toma no cu — não em todos os casos, claro, mas né.

"Mas, Soobin, seu gigante estúpido, o que o cu tem a ver com as calças?" Aí que tá, absolutamente nada mesmo! É só que eu comecei a pensar e percebi que algum dia eu vou chegar pro Yeonjun e falar "eu te amo" e ele vai responder "também te amo" e isso vai ser meio que o selo de qualidade do nosso relacionamento. Porque, assim, quando você ama alguém é sinal de que as coisas tão dando certo, né?

Enfim, eu fiquei pensando tanto nisso depois do banho que eu acabei dormindo com a minha prima, que nem banho tomou a fedorenta, agarrada no meu braço murmurando que queria comer tacos de peixe. Quando acordei de manhã eu tinha um Yeonjun aninhado no meu peito, Yeji abraçando nós dois e o coitado do Kai deitado com a cabeça perto do meu pé e a perna em cima do Yeonjun, a coisa mais complicada e esquisita da vida.

Parecia que alguém tinha dado um nó de marinheiro na gente.

Me levantar foi mais difícil do que jogar o jogo do fogo e da água sozinho — sim, aquele joguinho pra duas pessoas mesmo —, porque eu não queria acordar o povo, mas também não tinha nem como eu mexer o dedinho do meu pé sem acabar acordando pelo menos um fulano. Então, entre acordar um ou acordar todo mundo, eu acabei foi dando um grito e assustando geral.

Resultado final: Kai rolou e caiu totalmente da cama, Yeji sem-caiu da cama, só se salvou porque estava agarrada no meu braço, e Yeonjun me deu uma puta cabeça no nariz que eu tive certeza que ele deslocou e foi parar perto da orelha.