e se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

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S O O B I N

A hidromassagem virou a porra da sensação do Éden.

Eu mencionei que muitas pessoas estavam brotando dos quatro cantos da Coreia para se hospedarem na pousada, certo? Bem, a maioria eram jovens afim de um lugar maneiro para passar o recesso — que ainda nem está perto de começar — e alguma coisa para aquecê-los. Todos eles encontraram o Éden em sites distintos de hotelaria, com certeza leram sobre a nova hidro e não pensaram duas vezes antes de correr para se hospedarem. Em pleno outono, quase inverno.

Isso quer dizer que tem muito mais gente do que o esperado para essa época do ano, também quer dizer que mais da metade dos funcionários, que geralmente tiram férias nessa época, foram chamados de volta para ajudarem com os novos hóspedes, ou seja, eu também vou ter trabalho para fazer.

Meu tio me resignou para ficar no balcão com outras duas mulheres, ele me explicou o básico do básico e elas que me ensinaram o resto, e até que nem era tão difícil assim, chegava a ser divertido, o que foi foda pra mim foi falar com estranhos, mas consegui engolir meu nervosismo e levar numa boa. Temos que ser profissionais. O tio decidiu que eu passaria a manhã inteira lá e a tarde eu pegaria alguns bicos que ele me passaria caso fosse necessário. Sei lá, ou ele não me acha útil ou está tentando ser legal me deixando ter tempo para curtir com os meus amigos.

Gosto de pensar que é a segunda opção.

Ah, devem querer saber o que aconteceu depois daquele vexame la no meu quarto. Bem... Nada, infelizmente ou felizmente.

Yeonjun ficou tão, mas tão envergonhado, que só deitou de costas pra mim e ficou assim até pegar no sono. Quanto a mim? Bem, eu fui resolver meu probleminha no banheiro. Sozinho.

É muito triste você ter que se aliviar sozinho quando poderia estar de sacanagem com alguém na cama, sério mesmo, mas eu não ia obrigar o cara a continuar. Não se deve forçar as pessoas a fazerem coisas que elas não querem, abram o olho.

Enfim, depois de bater uma na solidão do meu banheiro tudo o que me restou — depois de lavar a mão — foi voltar pro quarto e ficar agarradinho com o Yeonjun, pelo menos isso eu poderia fazer. Não é tão legal ser a conchinha de fora, mas é gostosinho poder abraçá-lo enquanto ele está encolhido feito um filhote de gato, ele parece mil vezes menor.

Preciso admitir que eu até agradeço que nada tenha acontecido, não estava pronto para transar ainda, não estava nos meus planos.

Tem só um dia que isso aconteceu e Yeonjun ainda não superou.

Ele não está me ignorando, caso alguém pense isso e queira sair linchando o coitado, mas podem ter certeza que ele nem consegue olhar na cara do meu tio. Sempre que o homem passa, Yeonjun vira a cara ou inventa uma desculpa para sair de cena. Diz ele que ainda é muito vergonhoso olhar pro meu tio e lembrar que ele nos pegou em momento meio íntimo.

Com isso concluímos que ele não é adepto ao exibicionismo.

Meu tio até me zoou não manhã seguinte, alguma coisa sobre eu não conseguir manter meu pau dentro da cueca, sendo o bicho nem pra fora tava, mas eu nem tava tão envergonhado assim, então foi fácil ouvir os comentários de tiozão dele.

Sabe quem tanto tirou sarro da minha cara até não poder mais? Beomgyu, mas isso não é novidade para ninguém. Eu não posso me afastar com Yeonjun que o filhote de cruz credo já solta um "vê se tranca a porta".

Hot tub, nice buttWhere stories live. Discover now