Tempo

Cobras

* NOTA DA AUTORA: Esse capítulo é uma SongFic (quando a história é inspirada/entrelaçada a uma música). Os trechos em itálico são trechos da música. *

Sasuke

Ela abriu a porta. Entrou. Usava apenas seu roupão de seda. Eu mesmo tinha roubado aquele roupão. Tinha sido a primeira coisa que tinha levado da casa de Itachi. E agora era só isso que ela usava. Isso e a aliança de casada.

Fiquei de pé. Já estava sem a camisa, o que era bom, já que ainda me sentia inseguro quanto à situação.

Puxei o ar. Parei na frente dela. Segurei sua cintura em meus braços. Senti o tecido gostoso contra minha pele. E me apaixonei pela situação. Era sensual. Quente. Diferente.

Mantive os olhos abertos, acesos. Aproximei-me.

Sakura

Coloquei meu dedo sobre sua boca, afastando-o.

- Não precisa me beijar, Sasuke – adverti-o.

Ele não falou nada. Soltou minha cintura, pegou minha mão esquerda e tirou minha aliança de casada com os dentes. Fingi desinteresse, mas a verdade era que estava interessada. Mesmo que distante. Mesmo que lá no fundo. Havia interesse. Eu não podia negar.

Sasuke

Joguei a aliança longe. Ela dançou no chão, empurrando uma vela. A vela se apagou, deixando só duas acesas. Uma de cada lado da cama. Quente, escuro e pessoal. Só nós dois. Sem luz quase nenhuma. Sem obrigações. Sem responsabilidade. Sem horários. Sem roupas... Sem nada.

Sakura soltou minha calça, deixando-a cair no chão. Não me preocupei com isso. Peguei-a no colo e coloquei-a sobre a cama. Ela me olhou com um olhar intenso e tranquilo. Então soube que estava gostando. Tinha de estar.

Sakura

Ele se sentou sobre minhas pernas, deixando-me presa. Como se eu quisesse fugir! Já estava envolvida.

Tire minha blusa, abra meus botões

Sasuke abriu o laço do roupão.

Tire minha saia

Puxou o tecido para um lado, deixando um seio à mostra. Abriu um meio sorriso. Mas logo o fechou.

Me encare pelo espelho

Puxou o outro lado do roupão. Abriu-o por completo. Puxou-me pela coluna para cima, deixando o roupão abaixo de mim. Deixou-me cair, tranquila, sobre a cama.

Me rasgue em pedacinhos, sem sofrimentos

Puxou minhas pernas para cima das dele, fazendo-me envolvê-lo também. Do jeito que ele queria.

Pressão liberada

Ele jogou o corpo um pouco para frente. Ergueu as sobrancelhas sugestivamente, quando percebeu que eu senti. E não tinha como não sentir.

Vou lhe mostrar

Fazer mais que falar, mais que merecido

Segurei um suspiro. E depois outro. Ele fez mais uma jogada com o corpo. E foi mais fundo.

Quando tudo isso acabou, doeu?

Ignorei a vontade de gritar. A vontade de sorrir. E a de chorar. Estava me sentindo tão impura e inocente ao mesmo tempo.

Sasuke se afastou. E voltou, com tanta força que não aguentei e fechei os olhos.

Mas isso serviu de lição, perguntar antes de tomar uma decisão