A Herdeira - Quebrando as regras

Capítulo trinta e nove: As chaves

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------------------------------Boa Leitura (desta vez, eu fui rapidinha, não é?)

Na manhã seguinte, acordei com o cheiro de café invadindo o quarto. Esfreguei os olhos para tentar entender o que se passava. Eu havia dormido muito pouco de ontem para hoje.

- Bom dia, minha noiva! – Leon falou colocando uma bandeja na minha frente. Tinha uma cesta de pães, manteiga, café, um pedaço de bolo e um suco de laranja.

- Nossa! – exclamei pegando um pedaço de pão. – Ganhar café da manhã na cama numa quinta-feira é algo que eu não esperava. Tudo bem que ainda é cinco da manhã. – dei uma mordida no pão e ri.

Ele deu risada e tomou um gole do suco de laranja. – Isso é só o começo. – declarou.

- Não me iluda, Leon. Eu sei que vai voltar hoje para o nordeste.

Ele me olhou com uma cara de cão sem dono e cheio de culpa. Estava sem camisa, usando apenas uma calça moletom e os cabelos loiros estavam bagunçados.

- Tudo bem. – olhei para o meu anel. – Agora estamos unidos, certo?

- Sempre estivemos, Carolina. Agora tome seu café e vamos. Eu vou te deixar na porta da faculdade.

- Sim, senhor! – lembrei de algo importante. – Leon, eu só tenho meu vestido de festa. – comentei e comecei a rir.

- Eu não pensei nisso! – ele fez cara de espanto.

- Se é o que temos... – aceitei a realidade. Duas horas depois eu já estava entrando na sala de aula com o mesmo vestido pérola e todos estavam me olhando.

Avistei Pedro dormindo. Eu fui em direção ao meu lugar. Ele deve ter percebido eu vindo, pois se levantou e olhou.

- Finalmente veio para a aula! – comentou assim que me aproximei.

- Tive uns problemas...

- Eu vi nos jornais... E que olheiras são essas! – Pedro comentou me encarando. – E que roupa é essa? Você está uma verdadeira gata!

– E muito obrigada, gastei boa parte do meu salário nesse vestido. – comentei sentando na minha carteira ao lado dele. - Eu não dormi quase nada essa noite.

- A noite foi boa, então? – perguntou de forma engraçadinha rindo.

Virei os olhos. – Aí, Pedro Herinque...!!

- Pelo jeito foi sim. – Ele concluiu. Nem me limitei a negar. Nesse momento, eu vi Máximo entrando pela porta e vindo em minha direção. Como voltei da viagem só na terça em tempo só de trabalhar e quarta, eu estava tão nervosa com o jantar, nem vim para a aula e ele também não apareceu nos arredores do Hotel.

Confesso que realmente estava tudo estranho esses dias, sem a sua presença.

- Olá, Carolina. – ele me cumprimentou.

- Por onde andou!? – questionei como se eu não soubesse. Leon havia comentado comigo que ele sumir comigo por uns dias havia feito Máximo ficar muito irritado e meu avô havia dado esses dias de folga a pedido de Leon.

- Fui esfriar a cabeça. Mas, agora estou de volta. Vou te esperar lá fora, ok?

- Ok. – concordei sem discutir. Eu já estava acostumando com essa loucura de vida.

No momento que Máximo saiu pela porta, o professor entrou e a aula começou.

Eu fiquei lembrando da noite maravilhosa que tive e também da conversa que tive com Leon no carro antes dele me deixar aqui na aula.