Capítulo quarenta e um: A visita

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Nota da Autora:

Estou de volta com a meta de 1 capítulo por mês que não vou prometer se cumpro ou não. Não quero desanimar ninguém, mas por favor, confiem que a história tem fim. Só está sendo um período conturbado com muitas mudanças e desafios. Mas, eu amo a Cacau e suas aventuras e atrapalhadas e quero mostrar como ela muda de vida e muda seu jeito conforme vai vivenciando coisas novas. 

Nos próximos capítulos haverá temas mais fortes como violência doméstica e suicídio, aviso principalmente 

Não estamos mais no Setembro Amarelo, mas a vida é nosso maior bem.

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No mais, desejo um ótimo final de semana para todos. 


Ótima leitura!

Opa, esse capítulo é narrado pelo Leon, estavam com saudade dele por aqui?

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(LEON)

"Você quebrou o copo de cristal que eu ganhei da minha mãe?"

Eu mandei a mensagem mais para me fazer de vítima do que porque realmente estava irritado com a Carolina. Sinceramente, eu estava morrendo de saudades dela. Tudo o que eu mais queria nesse momento era estar na cama ao lado dela depois de fazê-la gemer e tremer sob o meu corpo. O gosto, o sabor, cheiro, o riso, a pele, absolutamente tudo em Carolina me atraía e me inebriava. Estava cada vez mais complicado ir e vir da Bahia para São Paulo e vice-versa. Não que a distância fosse grande, sinceramente havia locais que eram mais longe do que a capital baiana. Mesmo assim, eu estava sentindo muita a falta dela, todos os dias.

A decisão de ser aqui havia sido proposital, afinal a mãe de Carolina, Selma, era baiana. Então, quando pesquisamos e percebemos que havia uma oportunidade interessante na Bahia, o desejo se uniu aos negócios e Fagundes concordou sem pestanejar.

"Desculpe, eu não sabia..." Dei risada ao ler isso, era difícil imaginar Carolina pedindo desculpas. Ela não se ofereceu para pagar e isso eu já esperava. Até porque ela sabia que eu não aceitaria. Não haveria como pagar. Minha mãe havia trazido aquele copo da França. Era uma edição de colecionador. Nem me atrevi a contar isso para Carolina.

"Tudo bem." Respondi tentando demonstrar que não havia nenhum problema. Sinceramente, eu não fazia nenhuma noção de como dizer isso. Só pedi para que ela não pedisse desculpas novamente. Ela disse que estava com saudades e eu respondi que também. Uma parte de mim havia ficado sensibilizado por perder um item que custava um grande valor de mercado e que havia sido dado com muita estima e zelo, porém preferi fingir que não era importante de forma alguma. Rezei para que minha mãe não descobrisse. Entretanto, conhecendo-a como eu conhecia, era uma questão de tempo até que ela soubesse e usasse até a quebra do copo como uma arma para falar que eu deveria desistir de Carolina de uma vez por todas.

Como se estivesse lendo minha mente, apareceu uma mensagem de dela em meu celular.

"Bonjour."

Eu a respondi quase adivinhando o que ela falaria. Foi certeiro!

Segundos após o envio da minha mensagem, ela começou o seu discurso que vinha desde o noivado.

"Você pensou no que falei? Meu filho, meu menino...Este noivado não vai levar a lugar algum. Eu sou sua mãe, eu sei o que falo. Você sabe o quanto sofremos na mão do seu pai...! Por que se juntar definitivamente a essa família novamente? Só devemos ter o que nos é de direito, meu menino. Apenas isso. Por favor, pense no que te falei. Essa ideia de noivado não vai levar a lugar nenhum, S'il vous plaît (por favor)."

A Herdeira - Quebrando as regrasOnde histórias criam vida. Descubra agora