Capítulo Quinze

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— Essa foi por pouco — disse Henrique ofegante enquanto tentava voltar a respirar normalmente

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— Essa foi por pouco — disse Henrique ofegante enquanto tentava voltar a respirar normalmente. A energia do cinema havia voltado a funcionar exatamente um minuto após eles terem conseguido sair do local.

— Me lembra de nunca mais concordar com as suas ideias — respondeu Ayla apoiando-se em uma parede que havia logo ali. Ela observou a rua pouco movimentada em que se encontravam e fixou seu olhar no cinema do outro lado da rua.

— Pelo menos a gente conseguiu encontrar alguma coisa — argumentou Henrique tentando alcançar a garota que havia começado a caminhar para longe.

Ayla piscou os olhos lembrando-se do anel que estava no fundo do bolso de seu casaco e o puxou para fora, procurando ter certeza de que ele era mesmo da gangue de Fox. Não havia dúvidas. Ela poderia reconhecer aquela joia a quilômetros de distância, imagina uma que estava a poucos centímetros de seus olhos.

Henrique ficou em silêncio enquanto observava a garota encarar o anel hipnotizada.

— Então... — soltou um pigarro tentando chamar sua atenção. — Quem roubou o bracelete foi alguém do Tártaro, certo?

Ayla o fitou de imediato guardando o objeto em seu bolso.

— Provavelmente — disse parando em frente a uma pequena praça que havia no meio da rua em que eles estavam e acomodou-se em um banco. — Quer dizer, essa é a única explicação plausível pra gente ter encontrado isso no escritório do senhor Otto.

Henrique meneou a cabeça concordando e sentou-se ao seu lado. 

— Mas e a Fátima? Ela tá descartada da lista de suspeitos?

— Bom, não é como se a gente tivesse descoberto alguma coisa que a incriminasse.

— Mas também não descobrimos nada que comprove a inocência dela — replicou vendo Ayla arquear as sobrancelhas embaraçada. — Qual é, Robozinha? Como essa gangue ia entrar no cinema sem arrombar nenhuma porta? E como eles sabiam o lugar exato onde o bracelete tava?

Ayla semicerrou os olhos e ficou pensativa por alguns segundos.

— É, faz sentido — admitiu. — Se tiver sido mesmo eles, talvez tenham recebido ajuda de alguma pessoa que conhece o cinema muito bem.

Henrique sorriu de lado com a fala da garota. Estava feliz por ter dito algo que fizesse sentido e que contribuísse de alguma forma para a investigação. Admitia que poderia estar com um pouco de marcação para cima de Fátima por causa de seu pai. Mas algo lhe dizia que a gerente do cinema tinha sim algo a ver com aquele roubo.

Negócio FechadoWhere stories live. Discover now