"O maior erro de Joe Scott foi se perder em seu próprio jogo."
Marie Evans cresceu tendo tudo ao seu redor sob o seu controle. Até o exato momento em que se viu desafiada por Joe, alguém que para ela era o seu completo oposto: Um garoto tóxico que...
No fundo de uma garrafa Você é o veneno no vinho Eu sei Que não posso te mudar, e Eu não vou mudar Posso me odiar amanhã Mas estou em meu caminho esta noite
Rita Ora feat. Avicii - Lonely Together
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8 meses atrás
A batida da música parecia estar em sincronia perfeita com os movimentos do meu corpo. Lonely Together tocava tão alto que me fazia me sentir em êxtase. Louca, feliz, sem controle algum. Livre.
Livre. Ah, eu amava a liberdade de poder dançar como se não houvesse ninguém ao meu redor. Com os olhos fechados, permitindo que o som guiasse meu corpo da maneira que ele desejasse.
Eu sabia que estava sendo observada e até gostava disso. Senti uma atenção em especial voltada para mim, não precisava abrir os olhos para saber quem era.
Não me lembrava ao certo o nome dele, mas eu já sabia muito bem os traços do seu rosto e o reconheci mesmo com a pouca iluminação do local assim que cheguei. Eu já havia o visto pelo Campus e em algumas festas da faculdade que eu frequentava quando minhas amigas me obrigavam. Ele era bonito. Céus, ele era muito bonito.
Eu costumava ter uma regra — e a seguia com excelência — de não ficar com caras conhecidos. Nem mesmo com amigos de amigos, principalmente babacas da faculdade. Eles só causavam problemas. Mas talvez esse não fosse um daqueles babacas. Talvez ele fosse diferente. Ou não. Foda-se. Seria apenas uma noite. Ás vezes quebrar uma regra não seria de todo mal.
Abri os olhos, assim que a música chegou ao fim, dando início a outra que eu nem me importei em tentar reconhecer. Como um imã, meu olhar foi de encontro ao dele outra vez. Quando ele sorriu de lado, me chamando com o dedo indicador, dando passe livre para que eu me aproximasse, senti um braço envolver meus ombros.
— Joe Scott? Sério?
— O que você quer, hein Tony? — Semicerrei os olhos, girando meu corpo para o meu amigo nada inconveniente, enquanto me desvencilhava do seu toque.
— Só estou surpreso. Tanto cara por aí e você escolhe logo o pior. — Soltou um riso nasal.
— E desde quando te devo satisfação?
— Não deve. Mas é meu papel como seu amigo, te alertar. A não ser que você queira acabar sendo taxada como vagabunda.
— E eu ligaria para rótulos por...? — Franzi o cenho, tentando entender o motivo de Tony estar sendo tão babaca desnecessariamente.
— Por ser Joe Scott. Ele é um filho da puta com toda garota que se envolve e com você não seria diferente. — Olhou para um ponto fixo atrás de mim, abrindo um sorriso mínimo nos lábios. — Porém... isso não será mais problema. Acho que ele não estava tão afim quanto você.
