Coragem ou Idiotice?

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YOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO NEGADA! DEPOIS DE UM MÊS SEM MEIOS DE ENTRAR NO WTT AQUI ESTOU EU COM ESSE CAPÍTULO QUE VOCÊS TANTO ESPERAVAM! Peço com gentileza que não me mandem para o Tártaro :v

Agarrei minha espada no momento em que Fernando me arrastou pra longe do conflito. Eu tropeçava a cada segundo, tentando buscar apoio em vão. Fer estava realmente empenhado em me levar para longe de Érebo.

- Para, droga, para! - implorei.

Fer havia finalmente parado de me arrastar ao ver que o corte em meu braço estava de fato dolorido e sangrando muito. Ele me encostou em uma rocha, procurando alguma coisa em sua mochila para ajudar a estancar o sangue em meu braço.

- Merda, Nath. - ele havia encontrado bandagens e agora as enrolava em meu braço de forma desajeitada. - Você poderia ter morrido alí.

- Você quer calar a boca, Fernando? Eu sei que poderia ter morrido, não sou idiota. - retruquei.

Trinquei o maxilar quando ele apertou a bandagem com um tanto de força. Aquilo teria que aguentar por algum tempo se eu realmente fosse realizar meu plano suicida.

- Ow, ow, ow, onde você vai? - ele perguntou quando me levantei.

- Preciso acabar com isso. - peguei minha espada com o braço bom.

- E como você vai acabar com isso?

- Fácil, com uma viajem só de ida para o Tártaro.

Fernando arregalou os olhos e me empurrou contra a rocha. Seu rosto era uma máscara de espanto e incredulidade, seu aperto agora era incomodo.

- Me solta. - falei.

- Não, você não vai fazer isso. Não vai mesmo!

- Fernando, você não me da ordens! - trovejei. - É o único...

Sabe, o mundo e as pessoas são estranhos e imprevisíveis. Sempre tem um momento que você terá certeza de que o mundo virou de cabeça pra baixo e esse era a segunda vez para mim. Fer me beijava, como se estivesse sentindo dor com a tentativa de me fazer ficar, mas eu sinceramente não sabia o que sentir. Era estranho, era novo, nunca tinha parado pra pensar nele como alguma coisa além de amigo, mas... Era bom...

- Fer...

- Por favor, não...

- Eu preciso... - o afastei com delicadeza.

- Então eu vou com você.

- Não, você não...

- Você não me da ordens, Kennedy!

Sorri com a bela inversão de papeis e o encarei por um instante. O plano inicial teria que ser modificado...

*****

Diego estava agachado ao meu lado, analisando bem a rota que eu precisaria tomar para chegar até a beira do penhasco que caia até o Tártaro. Era um plano simples, atrair Érebo até a beirada e empurra-lo. O problema era como iríamos atrair o deus primordial das trevas até lá. Quem sabe se provocar o suficiente fizesse algum efeito...

- Ei! Você ta prestando atenção? - Diego sussurrou próximo a mim, parecendo um tanto tenso.

- Ah, sim... Mandar o cachorro até Érebo e provocar de todas as formas possíveis. Fácil...

- Escuta, só vamos ter uma chance. - ele enrolava um chicote bem ameaçador no punho. - Torça pra que dê certo.

Diego se afastou, indo em direção ao deus primordial, estalando o chicote e gritando insultos para o mesmo. Hades recuou quando Érebo foi desequilibrado pelo ferro estígio na ponta do chicote que lhe acertou o rosto, fazendo com que o icor escorresse.

- E então, chifrudo. Não quer revidar? - Diego provocava, parado em posição de combate. Érebo rosnou visivelmente irritado.

- Você vai pagar, semideus!

O deus primordial ergueu sua foice e no momento em que atacou, Diego rolou no chão, se colocando novamente de pé. Isa atirou mais uma flecha, que atingiu o peito de Érebo e o chamou atenção. Diego se virou pra mim e Fer, sinalizando com a cabeça para prosseguirmos com o plano.

Saímos de trás da rocha, ambos com nossas espadas em mãos. Fernando ia na frente abrindo caminho em meio aos inimigos. Continuamos correndo até perto do penhasco, Diego e Isa vinham em nossa direção, James distraía os lacaios de Érebo, enquanto Hades atacava nas melhores chances. O deus primordial já tinha partes de seu corpo que escorriam sangue dourado. Ele estava fraco.

Deixamos que ele levasse a melhor por um tempo, recuando de forma que Érebo foi atraido exatamente para a beira do penhasco que beirava o Tártaro. O lugar perfeito. Fer e os outros atacavam os lacaios, deixando somente eu e Hades dando conta de Érebo.

- Desista, garota! - gritou, preparando-se para me golpear com sua foice.

- A garota aqui está dando conta de você, maldito! - parei o golpe com a espada, girando-a para que o deus recuasse. - Mexeu com a semideusa errada!

Hades o golpeou na perna com a espada, abrindo um ferimento que logo começou a sangrar bastante, fazendo Érebo soltar um urro de dor e hesitar. Girei o corpo, erguendo a perna direita junto. Dei um chute em sua barriga, junto de mais um golpe de Hades em seu peito. Érebo cambaleou para trás, tropeçando em falso e caindo no penhasco, todos os seus "guerrerreiros ninjas" se atirando junto de seu mestre.

Sorri, virando-me para meu pai, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouvi o grito de James. A foice do deus primordial havia puxado-o junto para o penhasco e Isa não esperou um segundo antes de saltar em direção a escuridão.

- Isa! - Fernando e Diego gritaram em coro, correndo até a beira do penhasco. Fer tinha suas mãos na cabeça, e Di respirava de forma pesada, ajoelhado ao chão. Podia ver em seus olhos que ele hesitava quanto a saltar também, mas sabia que não teria volta, muito menos um meio de salvá-la.

Hades segurou meu braço antes que eu pudesse avançar e me virei, fitando os olhos de meu pai, que estavam fixos no penhasco.

- Olhe. - Ele disse, indicando com a cabeça. Diego se levantou no momento em que Isa surgiu planando no ar, suas mãos agarrando a camisa de um James em pânico pela altura. Parou ao nosso lado e deixou James. O sátiro cambaleou, soltando sua magnífica frigideira no chão.

Diário de Uma Filha de HadesWhere stories live. Discover now