Meu Melhor Amigo é um Bode?!

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Olá galeres, sou a tia Yuki e passei pra avisar que esta história já foi finalizada lá no Nyah! Fanfiction. Porém como já foi concluida não pude postar os capítulos bônus que estarei postando aqui. Boa leitura ;)

Ou James ficou maluco ou aquilo era um sonho. Em um minuto você está tranquila no cinema e no outro, vem uma garota e te espanca? Isso não é normal. James tinha me arrastado pelas ruas como se tivesse correndo em uma maratona, e isso já estava me deixando sem fôlego - o infeliz não parava nem pra respirar enquanto eu tropeçava a cada milésimo de segundo. Demos literalmente à volta na cidade pra chegar à minha casa, onde minha mãe já me esperava de malas prontas. Ela tinha três passagens na mão esquerda e a chave do carro na direita.

– Vamos, garotos. James, na próxima me avise antes. - Disse minha mãe apressada.

– Desculpe, mas Nath parecia que não aguentava correr.

– Espe... - Interrompi tomando fôlego. - Espere ai. Eu sou um ser humano, garoto. Como você aguentou correr tanto?

Ele me olhou com uma cara de desdém e começou a desafivelar a calça. Entendi o que ele iria fazer na mesma hora, então me virei para a parede.

– Você tem problemas mentais? - Perguntei.

– Da pra você olhar pelo menos?

– Claro que não!

– Filha, olhe. - Pediu minha mãe gentilmente.

Essa gente é maluca ou...

– Mas que droga é essa?! - Falei dando um salto pra trás.

Se o cosplay de Frankenstein e Tocha-Humana já tinha sido bizarro, imaginem só aquela visão. Meu melhor amigo tinha pernas de bode, cara!

– Obrigado pela gentileza, mas sou seu sátiro. Especificando que é sátiro e não mordomo.

– Tá, mas...

– Opa, olha só a hora. Anda, Nath. Pega sua mochila e vamos logo pro aeroporto.

– Sim, vossa alteza... - Falei cinicamente. - E levante essa calça!

Ele deu uma piscadinha pra mim e puxou a calça pra cima de novo. Entramos no carro enquanto James mandava minha mãe dar uma de piloto de corrida. Se desespero tem nome, é esse garoto, ou bode, sei lá o que ele era...

Embarcamos no avião quando já eram 23:15 da noite. Pelo visto eu teria que dormir ali mesmo. Minha mãe e James sentavam do meu lado, mas como eu estava ouvindo Smells Like Teen Spirit da banda Nirvana acabei me desligando do mundo em questão de segundos. Noite longa...

Chegamos ao aeroporto de Nova Iorque por volta das 4:34 da manhã. E eu achando que acordar cedo pra ir pra escola era um saco... Minha mãe tinha casa em Nova Iorque e segundo ela, teríamos que morar aqui agora.

Se meu pai estivesse vivo, acho que isso seria bem diferente...

James agora tinha aparecido com um carro (de onde não sei, mas acho que ele tinha roubado) e fez com que eu entrasse nele com uma pressa MUITO bem explicita. Abri a janela para que pudesse dar um tchau pra minha mãe.

– Desculpe por isso filha, mas tudo será explicado.

– Não estou entendendo...

– Isso é por causa do seu pai, mas não se preocupe. Você não pode confiar em ninguém agora, só no James, entendeu?

Fiz que sim com a cabeça e ela me entregou alguma coisa. Era uma corrente com um pingente meio estranho que parecia uma foice.

– Isso era do seu pai. Ele queria que fosse seu.

Coloquei a corrente e olhei para trás enquanto James acelerava pelas ruas de Nova Iorque. Ele estava comendo uma lata? É, sem duvida aquilo era uma lata. Cota de esquisitices no dia tava começando a ficar lotada. Ele notou meu olhar e ergueu uma sobrancelha em duvida.

– O que foi? - Ele perguntou.

– Nada Sr. Bode.

– Vai começar a me colocar apelidinhos? Olha que eu te jogo da ponte, minha cara.

– Ok, revoltado. Pra onde vamos? - Perguntei.

– Um lugar ai.

– "Um lugar ai". Explicou-me muita coisa, Sr. óbvio.

– Calma. Você vai ver, ta bom? Próxima parada Long Island!

Muito bem. Eu não conhecia Nova Iorque, então não fazia ideia de onde isso ficava. Decidi ficar calada olhando fixamente para frente enquanto James cantava feito um guaxinim estrangulado do meu lado. Vejamos o que tem de tão bom em Long Island.

Diário de Uma Filha de HadesWhere stories live. Discover now