Capítulo 31 A raposa ataca

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   Aspen franziu o cenho.

   - Você está..? - Aspen achou não ter escutado direito.

   - Grávida. - repeti sorrindo.

   Ele abriu um sorriso largo.

   - Grávida? Isso é verdade ou...

   - Sim, eu estou grávida. - repeti mais alegre por ele estar sorrindo também.

   - Grávida tipo tem um bebê aqui? - ele colocou a mão na minha barriga.

   - Aham! - balancei a cabeça sorrindo, acho que ele estava em um estado de choque, nem os anos de estudos dele o impediu de quebrar alguns protocolos agora.

   Ele arregalou os olhos caindo a ficha.

   - Eu te amo! - ele se levantou me pegando no colo e me rodopiando em seus braços - Eu amo vocês! Minha família!

   - Eu também amo vocês! - falei com ele já me colocando no chão.

   - Eu consigo sentir ele? - colocou novamente a mão no meu ventre.

   - Não Aspen, ele só tem algumas semanas! - me surpreendi com ele ficando de joelhos e abraçando minha barriga.

   - E eu já amo ele muito. Vou ensinar muitas coisas a ele! Ele vai subir em todas as árvores daqui, vai correr, gritar, brincar e colocar esse palácio de cabeça para baixo!

   - Ainda bem que estou aqui... - falei já me preocupando com o tipo de pai que Aspen vai ser.

   - Quando descobriu? - seu sorriso continuava iluminando o rosto enquanto se levantava do chão.

   - Ontem a tarde antes do torneio.

   - Porque não me falou ontem? - indagou curioso, ele não entendeu.

   - Eu sei, acho que devia ter dado essa notícia antes da notícia sobre Robert...

   E então ele entendeu.

   - Foi a minha culpa, me perdoe... Eu só piorei as coisas.

   - Não foi você. Eu devia ter dado essa notícia primeiro, porque como posso ver é uma notícia muito boa para você e eu só venho trazendo más notícias ultimamente.

   - Claro que é minha culpa. Meu filho está sendo gerado pela mulher que amo, que é a minha vida. E não é culpa sua por eu ter ficado nervoso, e sim minha culpa, mas de qualquer forma não acho que as coisas acontecem por acaso, porque agora sei bem que preciso ser mais paciênte e não posso descontar minha raiva em você e em ninguém, não é justo. Isso não pode acontecer nunca mais.

   - Tudo bem. - afaguei suas costas.

   - Espera, você achava que não seria uma boa notícia para me dar? Porque? - indagou analisando cada movimento e palavra que eu soltava.

   - É óbvio Aspen. - dei alguns passos em qualquer outra direção para conseguir o analisar melhor - Quando as pessoas descobrirem sobre ele, ele vai ser um novo alvo do ataque. Eles podem matá-lo.

   - Então vamos pegar o culpado antes do nascimento. Até onde sabemos o criminoso não quer te matar, então ele não vai encostar em você. Até lá também não quero que fique sozinha.

   - E não contar sobre o bebê para mais ninguém, pelo menos até a barriga crescer e não tiver como esconder.

   - Alguém já sabe?

   - Sua mãe...

   - Já imaginava, uma das maiores qualidades dela é ser bem observadora. - ele riu.

Vida Real (concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora