Capítulo 49 Borboleta

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Depois que Matt e seus amigos chegaram, do lado de fora mais soldados nossos apareceram para ajudar, os encurralamos, alguns deles largaram as armas e deitaram no chão, os burros que não se renderam, se renderam por contra vontade e não mais se levantaram espalhando poças em Carmesim.

Agora andávamos para continuar nossa corrida entre vencer o mal que sobrou do Joseph.

Quando saímos para o corredor da enfermaria para encontrar a outra parte do nosso grupo que ajudou a encurralar os terroristas que Matt jurou ter sido pego de surpresa e que não era um plano.

Dei de cara com o Robert, ele estava mesmo bem então, alívio subiu em mim, e então quando vi meu pai, com duas passadas largas o abracei e não o soltei mais.

- Você está bem!! - solucei, mas como não estávamos sozinhos, tive que me segurar e conter o choro, então percebi que meu pai chorava sem se preocupar com quem estivesse por perto.

Então me permitir fazer o mesmo. Permitir ter esse escape de tudo que segurei quando fui pego, torturado, humilhado, quando tudo isso me afligia, permanecia sóbrio, sem lágrimas, sem expressões de tristeza, não daria esse gostinho ao Joseph e isso o incomodava muito.

- Ana, como está a Ana? - indagou ele se afastando e segurando meus olhos.

Não sei.
Não está bem.
Não sei.

Realmente não sabia.
Ela entrou inconsistente por aquela sala de cirurgia e não tive mais notícias, espero que isso seja uma boa notícia...

- Em cirurgia, sofreu hemorragia quando levou um tiro...

- Meu Deus! - falou com uma voz pesada e depois apertou meus ombros - E você meu filho? - me analisou.

- O pior já passou, só é uma tortura ficar de pé... - minha coxas já estavam bem enfaixadas, não sei que tipo de remédio passaram, mas não mancava mais.

- Logo tudo isso vai passar e verá a Ana bem! - sorriu sem mostrar os dentes.

- Torço muito por isso, meu pai. - Vi Matt se aproximar - Matt, a família da Ana, tem alguma notícia?

- Estão bem, Alteza, mandei eles para o castelo de Dover com soldados de minha inteira confiança. - na frente dos outros mantínhamos a postura para que os outros continuassem mantendo o respeito.

Soltei o ar pesado que mal percebi que segurava.

- Qual é o plano agora? - indaguei.

Ele me olhou de cima a baixo.

- Nenhum para você, Alteza. - falou, antes que eu revidasse ele continuou - Aspen - cochichou meu nome - você não está em condições de ir com a gente, sem contar que esse não é seu trabalho, temos que te manter vivo até quando isso acabar. Então fique aqui, vai estar seguro.

Olhei para trás de mim, onde a alguns metros o corpo da Megh jazia no chão.

- Sinto muito. - falou, não só por ela, mas por todos que perdemos durante os ataques desse ano.

Não disse mais nada.

- Não se preocupe - falou Matt - o pior já passou, a segurança estadual cercou o palácio e está entrando. Quem atirar neles morre e quem não dizer borboleta - um novo código - morre.

Concordei com a cabeça.

- Vamos pai, temos que entrar.

- O quê? - ele não queria entrar também.

- Não adianta ser príncipe ou rei nesse momento, ninguém nos escuta mais. - falei passando o braço pelos ombros de meu pai o levando para dentro. Então olhei por cima do ombro - Matt, tenha cuidado.

Vida Real (concluído)Where stories live. Discover now