Capítulo 28 Brigas em uma Homenagem

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   No final de todas as partidas, o vitorioso do torneio, ou melhor, a vitoriosa, foi a Celeste! Ninguém esperava por isso, acho que nem ela. Afinal, em qual mundo a Ceu já cavalgou?

   Os mais experientes em cavalgada isso incluindo toda a monarquia disse ser sorte de principiante, mas o rei não poderia estar mais feliz em lhe conceder seu pedido. E foi a cara dela o que pediu.

   - Eu quero uma festa! Uma fez em minha homenagem! - uau, corajosa.

   - Uma festa em sua homenagem? - o rei ponderou e então sorriu - não vejo troféu melhor para lhe conceder! - falou e Celeste pareceu ganhar o dia.

   Minha mãe, Pem, Lotte e Celeste já se agarraram uma na outra para planejarem como seria, já, já, elas me chamaram para fazer o mesmo. Mas no momento tinha algo importante para fazer.

   Peguei meu cavalo, montei com cuidado e fui até Aspen que estava sentado ao seu conversando com o Duque Joseph.

   - Princesa Ana! - cumprimentou Joseph com uma reverência abaixando sua cabeça levemente.

   - Olá! - falei.

   - Que torneio! - comentou Aspen - mas é aquela coisa, azar no jogo e sorte no amor!

    Rimos.

   - Preciso conversar com você. - falei.

   - Claro, podemos cavalgar um pouco ao redor do lago.

   - Perfeito! - falei.

   Pelo menos assim ninguém escutaria Aspen surtando.

   Nos despedimos do Joseph e pude ver um pouco a distância Lotte me mandando um sorriso e aceno leve com a cabeça me incentivando. E eu precisaria, porque afinal, eu ia dar não uma, mas duas notícias a Aspen. E não consigo imaginar sua reação sobre minha gravidez e sobre Robert saber do atentado a coroa real britânica. E nem podia perguntar a ele por qual começar, pela a boa ou pela má notícia, porque no final não sabia se eram boas ou ruins no momento.
   Mas uma hora eu teria que falar. E melhor o quanto antes, já aprendi por experiências do passado que tudo deve ser feito o quanto antes e sem demora.
  
   Um bom sinal é que esse torneio deixou Aspen mais relaxado, conseguia ver isso no caimento de seus ombros e feições tranquilas e até mesmo alegre. Isso era definitivamente bom.

   Onde estávamos era sombreado por árvores nas bordas, a água do lago não era cristalina, era verde como a grama na sombra por causa do lodo ao fundo nas rochas. Esse não era o lago principal dos cisnes mas consegui contar seis deles que se mergulhavam em uma brincadeira entre si.
   Estávamos distantes dos outros, enquanto estávamos mais para o lado dos jardins os outros estavam mais perto do palácio. Ao longe se ouvia a música escocês e os outros se divertindo. Onde estávamos com certeza era mais tranquilo.

   Com o cenho franzido olhei para Aspen, a preocupação no meu rosto era bem perceptível.

   - Você está bem Ana? - indagou me analisando.

   Me concentrei por um momento em respirar porque no momento era o que estava mais difícil. Estava tensa o suficiente para perder o fôlego.

   Assenti com a cabeça.

   - Você está pálida, tem certeza que está bem? Acho melhor te levar a enfermaria.

   - Não. Eu estou bem. É sério. Só... Estou tensa como sempre. Você sabe como as vezes fico ansiosa. Trago novidades. - falei por fim.

   - Ah! - exclamou - então é coisa boa!

   Fiquei mais tensa. Coisa boa? Depende do ponto de vista.

Vida Real (concluído)Where stories live. Discover now