Capítulo 4 Ligação inesperada

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Aspen

   Estávamos passando uma lua de mel maravilhosa, já uma semana em Seychelles com um sol escaldante, areia fina e brilhante, mar azul turquesa de tirar o fôlego. Sentiria saudades daqui, apesar de essa praia ser uma de minhas favoritas, 5 foi o que contei de minhas viagens para cá, mas em nenhuma de minhas viagens foram tão boas como essa, Ana era o motivo de tudo aqui ser como um verdadeiro paraíso, não era o mar ou a paisagem, era ela.

   E lá estava ela de frente a lareira lendo nosso livro favorito o livro que levou ela a mim, "Lua do amanhecer" o livro que trouxe minha salvação, livro que trouxe minha vida, minha Ana.

   Fui até ela sem que me percebesse por trás e dei uma fungada em seu pescoço fazendo se arrepiar.

   - Aspen - Sussurrou de um jeito que me deixava louco.

   Ela me puxou para um apaixonante beijo, me enterrei a ela, queria me enterrar em sua alma. O beijo se tornou mais caloroso, ela passou a mão em meu peitoral por debaixo da blusa me fazendo estremecer de prazer, passei minha blusa por cima da cabeça e a atirei para longe, beijava seu pescoço enquanto ela arfava e eu desabotoava seu vestido. Ah! Minha Ana.

   O meu celular começou a tocar - maldito seja - Ana sorriu pela a interrupção indesejada na pior hora possível.

   - Quem é? - atendi meio nervoso.

   - Sou eu Alteza, Mat.

   - Por favor, espero que seja algo muito urgente, Mat! - Ana beijou minha barriga perto do zíper da calça me fazendo afinar a voz.

   - Alteza está tudo bem aí? - perguntou ele vendo a estranheza de minha voz.

   - Mat prossiga logo!

   - Sim. Alteza... o rei não está muito bem.

   - O que houve com meu pai? - perguntei mudando meu tom de raiva para preocupado, Ana ficou em alerta.

   - Ele está em um hospital... em um estado bem debilitado.

   - Mas o que houve com ele?

   - Não sabemos ainda, os médicos ainda estão em um processo de diagnóstico. Colocaram seu pai em observação. Por não sabermos o tempo que ele ficará internado, precisamos de sua Alteza no palácio para governar.

   - E minha mãe?

   - Bom... foi a rainha quem me pediu para te ligar, ela não quer deixar seu pai sozinho, ela está muito preocupada.

   Suspirei, Ana não ficará muito contente em ter nossa lua de mel interrompida.

   - Está bem. Mande o jatinho vir, estou a caminho do aeroporto - desliguei. Fechei meus olhos com força por um momento, me virei devagar para Ana - É que... temos que ir.

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   Ela não ficou chateada como eu tinha ficado, ela disse que seria interessante uma lua de mel no palácio de Winther. Fiquei menos preocupado com ela, pois não ficou triste. Agora minha real preocupação é o meu pai. Quando chegasse no palácio para deixar Ana iria para o hospital ver meu pai. Ana vendo minha preocupação pegou minha mão e me deu um doce olhar, me sentir melhor com isso. 

   Estávamos no jatinho e em poucas horas já estarei na Inglaterra.

   Chegando no palácio, vi que meu amigo Robert estava em casa junto com seu pai o Duque, fiquei feliz em vê-los.

   - Oh meus amigos! - disse em saudação - fico contente em tê-los aqui.

   - Se acostume viremos com mais frequência, bom... ficamos muito distantes por um período por causa de nossos muitos deveres mas as coisas agora andam bem - Falou Joseph o duque.

   - Por favor fiquem conosco por alguns dias, precisamos colocar nossas conversas em dia - falei.

   - Mas venha cá meu camarada! - falou Robert alegre vindo me abraçar fortemente.

   - Joseph não tive a honra de apresentar minha esposa formalmente a você - segurava as mãos de Ana desde que chegamos - Está é a Princesa Diana de Winther.

   Ana os comprimentou com uma aperto de mão na qual eles lhes deram um beijo no dorso da mão.

   - Linda não é pai? - Robert elogiou - conheci ela naquela inauguração do edifício real na Argentina.

   - Muito linda você minha Alteza Real.

   - Obrigada - agradeceu Ana.

   - E onde está a Duquesa? - perguntei sentido a falta de Anabelle.

   - Está no hospital fazendo companhia para sua mãe - Disse Joseph.

   - Alteza - chamou um dos empregados - levarei as malas para o quarto do casal.

   - Sim - falei - Joseph e Robert, infelizmente não poderei dar a atenção que merecem por agora, terei que ir ao hospital ver meu pai.

   - Sim, tudo bem, estávamos aqui na hora do acontecimento - o Duque falou.

   - O que exatamente você viu? Não me contaram os detalhes.

   - Ele estava conosco, sua mãe e Anabelle. Estávamos andando pelo jardim, mas ele já estava com um semblante meio cansado, e do nada ele caiu no chão desmaiado. Talvez seja uma queda de pressão, mas ele ainda não acordou o que é estranho porque uma queda de pressão não deixa alguém desacordado por muitas horas.

   - Irei ao hospital agora - falei.

   - Se não se importa também queria ir vê-lo - disse Joseph.

   - Tudo bem. Ana... - me virei a ela - fique aqui, não demorarei a voltar.

   - Eu também quero ir.

   - Não precisa, já, já eu volto, prometo - disse acariciando seu rosto - Robert você pode fazer companhia a ela?

   - Claro! Será uma honra mostrar os jardins para a Princesa.

   Saí com Joseph, o motorista nos  levavam ao hospital.

   - Mas me diga como foi a lua de mel? - Joseph puxou assunto.

   - Foi muito boa, Ana amou Shancelles, ela nunca tinha ido lá.

   - Shancelles? Então foi lá que passaram? Um ótimo lugar, já tive o prazer de ir lá numa viagem a negócios a alguns anos. Lá tem muitas praias bonitas.

   - Sim. Lá é realmente muito belo. E quando veio para Londres? - perguntei.

   - Ontem, nos hospedamos no Hotel Imperial, então viemos visitar seus pais pela manhã. Mas agora que nos convidou a ficar uns dias no palácio iremos sair do hotel.

   - Será melhor ficarem no palácio, vocês são ótimos amigos.

   - Obrigado Aspen!

   - E o que mais meu pai aprontou na minha ausência?

   - Contratou outros soldados e empregados para o palácio.

   - Mais? Achava que tínhamos o bastante.

   - Você sabe como é, o palácio de Winther é tão grande que sempre precisa de um ou outro empregado.

   Ficamos calados por um tempo, estava ansioso para ver como estava o meu pai.

  - Não fique tão preocupado, seu pai é como ferro, nada o derruba - falou ele vendo minha preocupação apesar de eu tentar disfarçar.

   Nós da nobreza somos treinados desde pequenos a controlar nossas emoções, só pessoas como nós que conseguem perceber a realidade que se passa.

   - Assim eu espero.

Vida Real (concluído)Where stories live. Discover now