México

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Lauren Jauregui - Lexa Woods

Camila Cabello - Clarke Griffin

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Acapulco - 1878

Batendo para remover a areia dos pés, Lexa não perde tempo entrando no casebre. Levanta o candelabro que carrega na mão esquerda, quando na direita ela apoia no coldre, pronta para puxar a pistola e atirar em quem quer que tivesse ousado invadir sua casa. Seus olhos passearam pelo lugar encontrando uma figura peculiar. Uma mulher um pouco mais alta do que ela, de costas a si, com roupas de quem havia ido a guerra, e ela não se referia aos furos que eram visíveis a quilômetros em sua roupa e sim pelo traje civil.

— O que você quer aqui. – Ela diz com medo de que hajam mais pessoas ali, tendo pensado aquilo meio tarde.

A mulher se vira, só agora tendo notado a presença da menor.

— Oi? – Ela diz meio confusa, levando uma das mãos ao ombro que sangrava. — Me desculpe.

— O que aconteceu? – Lexa deixou de lado sua preocupação consigo, passando a cuidar dela, levando-a até a cadeira e observando seus ferimentos, ela estava de joelhos.

— Eu vim para casa. – A mulher misteriosa diz baixo, como em sussurros. — Você viu minha mulher?

— Sua mulher? – Lexa levantou observando o estado dela e notando uma ferida em sua cabeça. — Não sei quem ela é, mas posso te ajudar, vem. – Chamou conduzindo-a até sua cama.

Deitou a desconhecida e passou então a tratar suas feridas. Notou que ela tinha uma fotografia em seu bolso e analisou por alguns minutos. A mulher tinha traços delicados, um rosto angelical e se não fossem algumas cicatrizes espalhadas, Lexa podia jurar que ela era algum tipo de princesa.

Algumas horas depois descansando, ela acordou. Os olhos claros brilhando na direção de Lexa a deixando-a desconsertada. A pouca luz do ambiente, fazia com que a mulher parecesse intimidadora.

— Você deve estar faminta. – Lexa diz levantando-se e caminhando até seu fogão simples, jogando madeira para acender uma chama e levar até o caldeirão que usaria para cozinhar uma sopa.

— Eu não sei quem você é. – A mais velha entrega. — Eu, passei tanto tempo assim longe? – Ela questiona vagamente.

Quando Lexa verifica que a sopa está pronta, ela deposita em uma vasilha e volta para perto da cama. A desconhecida continua deitada, uma rápida olhada e Lexa podia jurar que ela estava morta de tão branca.

— Eu vou te alimentar e então conte-me como chegou aqui. – Lexa pede enquanto vagarosamente levava a sopa até os lábios carnudos. Enquanto alimentava a mulher, seus pensamentos vagavam preocupados em como elas conseguiriam abaixar aquela febre. — Diga. – Pede após terminar de alimentar a mulher e se levantar em busca de água e panos para tentar abaixar a febre.

Por sorte ela morava próximo a um pequeno lago, que lhe servia para lavar suas roupas e pescar. E ter toda aquela água a disposição. Encheu um jarro e voltou apressada, encontrando a mulher tremendo de frio.

— Deite-se. – Pede calmamente encarando os olhos verdes.

— Eu andei por muito tempo, até encontrar você. – Aquilo parecia íntimo de uma maneira que Lexa não entendeu.

— Invasão de propriedade pode te trazer muitos problemas. – Lexa diz baixinho.

— Qual seu nome?

— Clarke Griffin, a seu dispor. – A maior tentou brincar em vão, tossindo em seguida.

— Não se esforce. – Pede Lexa preocupada. — Onde estava que conseguiu tantos ferimentos? Eu vi um corte feio no ombro e você foi acertada na cabeça.

Killing the QueenWhere stories live. Discover now