Cuba

1.4K 164 60
                                    

Camila Cabello / Carlita

Lauren Jauregui /  Lua

( - )

Havana - 1492

( - )

Point of view / Narrador

A ilha recém descoberta por Cristóvão Colombo era perfeita. Terras férteis e verdejantes ocupavam boa parte do território antes dominados por locais. Foi a riqueza provinda do ouro que fez o conde Tiago de Abravanel vir com sua esposa Carlita de Portugal. Estabelecer sua riqueza na pequena colônia ao sul do país. A condessa estava sentada em seu cômodo preferido da casa, a sala de músicas quando seu marido apareceu para contar-lhe a novidade.

— Você está por aqui. – Ele disse sorridente. — Venha até a sala tenho uma surpresa para ti. – Pede carinhoso e se retira.

Curiosa como ela era, deixou o violino que ela passava muitas horas do dia e seguiu até a sala. Carlita vivia o auge de sua maturidade. Com trinta e cinco anos, não tinhas filhos por ser estéril. Mas seu marido demonstrava tanto amor e apresso por sua pessoa que não a deixou por isso, pelo contrário a protegia da sociedade cruel.

Ela caminhou até a sala, encontrando seu marido conversando com um capataz. Quando a viu, abriu seu melhor sorriso.

— Meu amor, quero te entregar um presente. – Disse e se aproximou da cozinha voltando com uma mulher, branca, cabelos extremamente lisos e olhos verdes. — Essa é a índia que eu comprei para fazer companhia a você. – Diz apontando a mulher que o olhava meio sem entender. — Ela não fala direito nossa língua, mas sei que com o tempo você poderá ensiná-la. Ele aproxima-se da esposa e a beija. — Você anda presa dentro do quarto ou na sala de música, não a vejo sorrir e nem conversar mais, não a quero triste pelos cantos. – Ele conclui.

Observou a mulher que parecia acuada, mas a olhava de maneira que podia despi-la ali mesmo. Seu marido se despediu para cuidar dos afazeres da grande fazenda e ela ficou ali com a mulher a sua frente. Meio preocupada porque não fazia ideia do que dizer ou como começar a interagir com ela. Carlita então decidiu se aproximar da mulher, ela vestia peças de roupas indígenas, um cocar na cabeça, penas no pescoço e a primeira coisa que a duquesa pensou, foi em vesti-la com peças melhores.

— Bom... – Começou confusa. — Você pode vir comigo para se trocar? – Perguntou e a mulher não parecia entender.

— Vem. – Carlita fez um gesto com a mão. — Comigo. – Apontou para si e a mulher repetiu os gestos apreciando.

— Migo. – A índia repetiu e a voz rouca chamou atenção da duquesa.

Cansada de tentar entender, pegou na mão da mulher e subiu com ela até seu quarto. Parou para abrir a porta e a índia olhou em volta fazendo caretas. Cheirou o travesseiro de Carlita enquanto ela procurava um vestido que cobrisse as partes da mulher. Mesmo o calor que fazia em Havana, não conseguia encarar a jovem que mostrava os peitos com naturalidade.

— Eu acho que esse vai servir. – Disse se virando e observando a mulher tentar morder um sabonete, tirando das mãos dela e apontando o vestido. — Vou te mostrar onde fica a banheira para você se lavar e em seguida vesti-lo.

A índia olhou a peça de roupa, levantando-a até onde seus olhos e puxou um pouco a alça tendo as mãos afoitas de Carlita a impedindo.

— Não! – a duquesa olhou repreendendo-a. — É para te proteger. – Disse baixo vendo que ela apenas sorria. — O meu marido não tem o que inventar mesmo. – Disse pensando que teria que despi-la para poder vestir a peça limpa.

Killing the QueenWhere stories live. Discover now