A nerd e a Popular (em revisão)

Emprego.

– Por que você ainda não perdoou ele?- Ela reclamou, pegando-o no colo. – Bichano já se arrependeu, não é filho?- Perguntou com uma voz fina.

– Ele não se arrependeu nada, criaturinha do inferno!- Dei a língua para o acusado. – Meu único amor agora é o pequeno Klaus, ele sim me ama.- Falei, fazendo carinho na cabeça do outro. Hermione revirou os olhos, rindo de toda a situação.

– Enfim, achou algo novo?- Questionou, o biquinho triste que eu fiz bastando como resposta. – Ainda acho que o emprego do sexy shop é perfeito para você!- Ela disse, as mãos para cima como se fosse a dona da razão. Peguei o travesseiro atrás de mim, batendo-o na sua cabeça.- Ai! O que foi, você adora coisas provocantes!

– Sim, isso não significa que eu esteja pronta para ver uma pessoa comprar algo no sexy shop e pensar “ Uau o que ela vai fazer com esse chicote?!”- Respondi, a crise de risos tomando conta de mim.

Eu precisava encarar a difícil realidade: Eu não sabia fazer absolutamente nada.

Talvez a culpa fosse do dinheiro. Quando você vem de uma família rica que não precisa cozinhar, limpar, ser educado ou qualquer outra coisa para viver era complicado ter um emprego. Nos formávamos e trabalhávamos, obviamente, porém só depois de estudar e fazer a melhor faculdade, que nos levaria a um emprego de cargo alto.

– Acho que eu vou ter que sobreviver com a grama que eu consegui das roupas, por enquanto.- Pensei alto. A venda tinha me rendido uns bons trocados, o suficiente para ajudar os Weasleys por dois meses. – A propósito, eu comprei algo para você.- Contei, puxando da minha mochila uma jaqueta jeans e estendendo para ela.- Eu achei no brechó e customizei para ficar mais a sua cara.- Expliquei

A jaqueta era maior que o usual, com uma cor clara e alguns rasgos. Quando a vi, pensei no quanto Hermione adoraria ela, então logo comprei. Mas curiosamente, eu sentia que faltava algo, uma coisa... Granger. Sendo assim, com alguns materiais que eu tinha em casa, fiz uma pintura nela, e desenhei a logo do Queen, banda favorita da Hermione, nas costas dela.

Ao julgar pela cara da minha amiga, podia dizer que ela havia gostado.

– Pansy, que incrível!- Ela gritou, pegando a peça na mão. – Você fez isso?- Perguntou e eu assenti. – É maravilhosa e eu amei...- De repente, a voz de Hermione sumiu, e ela me encarou de um jeito preocupante. – Acho que acabei de arrumar o emprego perfeito para você.

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Harry Potter.

As quintas feiras sem aula a tarde me davam a possibilidade de aproveitar mais o dia com Amália. Quando eu cheguei em casa, cansado e esperando encontrar minha cama, não pensei que ela me pediria tão arduamente para ir passar o dia no Hyde Park. Mesmo assim, como um, bom irmão, acatei aos pedidos.

Estávamos a pelo menos duas horas lá, já tínhamos brincado, corrido, feito origamis e ela até correu atrás de um pato que passava por lá. Me impressionava o fato dela não estar cansada, muito pelo contrario, parecia ainda mais inquieta.

– Amália, venha aqui beber água!- Chamei, enquanto retirava uma garrafinha da mochila. Quando parou na minha frente, ela estava suada e levemente corada. – De onde você tirou tanta energia?- Perguntei, cansado. Ela deu de ombros, enchendo a boca de água. – Cuidado para não se engasgar!

– Quando eu tiver meu cachorrinho, talvez minha energia diminua, porque eu vou perder muuuito tempo cuidando dele!- Ela afirmou, convicta.

– Por que você quer tanto um cachorrinho?- Perguntei, porque eu não entendia bem de onde vinha tamanha vontade.

– Por que eles são legais, e te dão tanto amor quanto você da para eles.- Explicou, como se fosse simples. – Além do mais, eles tem um super focinho! Se um dia eu me perder de vocês, ou então vocês sumirem, ele vai juntar nossa família novamente.- Contou.