Fifteen.

769 56 9
                                    

Naquela mesma tarde eu me via descendo as escadas do meu quarto com minha mãe me chamando da sala.

Parei no topo da escada, quando vi Ruel alí parado me encarando dos pés a cabeça.

─Querida, seu amiguinho veio fazer trabalho com você! ─minha mãe diz me mostrando um enorme sorriso no rosto.

Termino de descer as escadas parando de frente para os dois.

─Ah! Você veio. ─digo sem ânimo.

─Espero não ter me atrasado. ─Ruel responde, dando de ombros.

─Fique a vontade, Ruel. ─minha mãe diz, dando as boas vindas ao garoto. ─Enquanto eu vou preparar um lanche pra vocês.

─Foi um prazer, senhora! ─Ruel sorrir para minha mãe. ─e dona Karen devolvia o mesmo sorriso se dirigindo até a cozinha.

─Vamos pro meu quarto. ─Lá é bem  melhor para fazermos esse trabalho. ─o guio até às escadas rumo ao meu quarto sendo seguida por ele.

Paramos em frente a enorme porta de madeira.

Abro a mesma, passando na frente. E dando espaço para que ele possa entrar logo depois de mim.

Ruel observa todo o meu quarto. Sempre atento aos pequenos detalhes.

─Quarto maneiro. ─responde ainda observando o lugar em volta.

─Valeu. ─agradeço mostrando um pequeno sorriso.

Me sento na minha poltrona de estofado vermelha em frente ao meu computador.

Enquanto ele joga sua mochila em cima da minha cama se sentando na beira da mesma.

Pego meu caderninho de anotações de dentro da gaveta,anotando tudo que estava na tela do computador. Enquanto o garoto só observava o que eu fazia sem dizer nada.

─Você pode ir ditando, enquanto eu escrevo? ─Por quê, não da pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo. ─Ruel assente, se sentando no meu lugar, enquanto eu me sento na beira da cama anotando tudo o que ele dizia.

─Então... ─O país está sendo investigado.

─Pelo fator de ser responsável, por ser um dos lugares mais frequentados de todo o mundo...

─Sendo assim, sua população é de 5.669 habitantes pelo senso de 2001.

─Sua maior vista estar destacada para a torre da igreja.

─Ótimo. ─digo, batendo a caneta no caderno dando um ponto final no pequeno texto.

─Anotou tudo? ─peguntou se virando para mim.

─Sim. ─afirmo.

─Você pode ir fazendo a capa, agora? Enquanto eu me afundo mais nas pesquisas?

─Claro. ─ele sorri, abrindo sua mochila.

─Mas pelo o amor de Deus, não vai fazer com desenhos de carrinhos em pista de corrida. ─me viro para encara-ló.

─Ué, quem faz esse tipo de coisa na capa de um trabalho? ─ele pergunta rindo e eu solto um riso anasalado.

─Já fiz trabalhos com garotos que fizeram isso. ─afirmo.

─É o que aconteceu? ─sua feição passa para curiosa.

─Perdemos ponto por isso. ─A capa não podia conter desenhos nem nada. ─É o idiota do menino fez.

─Nossa...

─Desde então, nunca mais confiei em fazer trabalhos com garotos. E principalmente em deixar ele levar a capa pra fazer em casa e levar no outro dia na hora de entregar o trabalho. ─Se for pra ele fazer, que seja aqui na minha frente.

Nudes | RuelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora