You Must Be Kidding

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Madison

Após comermos, Mads me convidou para um passeio no jardim, convite que não hesitei em aceitar. As roseiras estavam lindas iluminadas pela luz pálida da lua e o caminho de pedregulhos parecia ter saído direto das páginas de um conto de fadas.

Percorremos aquele labirinto primaveril em silêncio por algum tempo, apenas apreciando a companhia um do outro. A cada passo que dávamos, nossas mãos, que estavam a milímetros de distância, se esbarravam, ativando meu sistema nervoso e enviando ondas de alerta ao meu corpo todo.

Mads retirou um maço de cigarros do bolso de sua calça, puxou um e o colocou entre os lábios. Depois de guardar o maço, alcançou seu isqueiro no outro bolso e acendeu o tabaco, tragando a fumaça para dentro de seus pulmões e soltando-a por entre os lábios entreabertos. A fumaça que subia por seu rosto, opaca e cinzenta, contrastava com o brilho que seus olhos emitiam.

Parei de caminhar de repente e ele fez o mesmo, parando logo em seguida.

- Posso? - apontei para o cigarro que ele fumava.

Mikkelsen me encarou por alguns segundos, como que para ter certeza do que eu estava pedindo, até que enfim assentiu.

- Claro. - o homem levou os dedos a altura de sua boca e pinçou o tabaco.

Peguei-o entre meu indicador e dedo médio, levei-o aos lábios e fumei.

-Não sabia que você fumava.

Ele confessou, ainda parado e com as mãos nos bolsos. Sua observação não era acusatória, até porque ele mesmo sustentava aquele vício.

Traguei novamente, mas dessa vez mais forte levando uma grande quantidade de fumaça para dentro do meu sistema respiratório, e em seguida, olhando fundo em seus olhos castanhos, soltei-a de maneira provocativa próximo de seu rosto.

- Só quando eu estou excitada. - respondi, devolvendo-lhe o fumo.

Primeiro Mads riu, segurando o cigarro com os dentes enquanto um suspiro pesado saiu por suas narinas, em seguida jogou o tabaco no chão, apagou-o com os sapatos e me tomou nos braços. Com os dedos emaranhados em meus cabelos, ele juntou nossos lábios de maneira voraz e vulgar.

De imediato minhas mãos espalmaram em seu peito, reagindo instintivamente àquele gesto repentino, contudo, assim que sua língua foi forçada para dentro da minha boca, meus dedos se sentiram livres para percorrer o abdomem de Mikkelsen, explorando seu corpo por cima de suas roupas.

Seus lábios saíram dos meus e avançaram em meu pescoço, beijando e mordendo minha pele, eriçando os pelos do meu corpo com sua respiração próxima ao meu ouvido.

Por um momento eu havia me esquecido de que estávamos em um lugar totalmente público, então quando me dei conta, minhas mãos já se encontravam em suas calças, sentindo sua ereção pulsar em minhas palmas. Eu havia esquecido, mas Mads não. Instantaneamente ele recobrou a postura segurou em meu pulso, impedindo meus movimentos.

- Não faça isso. - ele suspirou de olhos fechados. - Por favor. Não comece algo que não vamos poder terminar.

- Desculpa. - ri e fiz uma careta.

Eu estava louca para agarra-lo ali mesmo e ser comida em qualquer arbusto, mas certeza que naquele jardim tinha cameras, e também, o que o meu professor pensaria de mim?

Recomeçamos a andar, conversando sobre trivialidades, como o que gostávamos de fazer, que músicas ouvíamos, entre outras coisas. Descobri que Mads era um apreciador do Jazz e música clássica, o que para mim fazia completo sentido. Ele me falou um pouco sobre Beethoven, Mozart e Bach, e eu ouvi tudo com atenção e fascínio. Em contrapartida, falei sobre a minha paixão por rock e música índie, e até expliquei a diferença entre o dark wave e o new wave.

Brooklyn BabyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora