deixa acontecer naturalmente

Start from the beginning
                                    

Não sei se Yeonjun é um ótimo provocador ou se eu que sou muito fácil.

Ah, acho que deve ter gente curiosa para saber se ele foi testar minha cama nova comigo. Bem, infelizmente, não.

Como era a última noite do Hyuka, ele e Beomgyu quiseram fazer uma espécie de festa do pijama, onde os dois encheram meu saco para falar o que aconteceu no galpão já que, de acordo com eles, pela forma como saímos de lá era impossível que tenha sido só uns beijinhos. Eles acham mesmo que eu ia fazer esse tipo de indecência nunca lugar daqueles?

Ok, eu faria. Mas não na primeira vez! Eu ia preferir algo um pouco mais romanticozinho, pelo menos com ele. No fundo, no fundo, sou um romântico incorrigível.

E esse foi o resumo dos últimos três dias.

Agora já é noite, o que significa que logo será o quarto dia, e onde eu estou? Isso mesmo, indo até a hidro.

Parece que faz anos desde a última vez que eu estive lá e um certo alguém me viu peladão, para ser bem sincero eu nem mesmo lembro quanto tempo faz porque eu já perdi a noção há muito tempo. Pedi — quase implorei na verdade — para que meu tio deixasse eu ir até lá pouco depois da janta, que é quando os afazeres são concluídos e o funcionários liberados. No início ele não quis deixar, ficou relembrando a minha burrice de entrar pelado, mas eu dei uma choradinha e expliquei que estaria de short dessa vez, demorou um pouco, mas ele acabou deixando.

E é claro que eu não ia deixar de chamar meu patinador favorito — é o único patinador que eu conheço, mas ainda é meu favorito.

Acho que já está na hora de superar aquele dia e criar uma memória melhor na hidro. Trocar uns beijinhos também.

Vou despreocupadamente até a área onde fica a hidro e a piscina, tenho uma toalha no ombro e uso meu short com vários peixinhos — adotei o tema aquático da noite — e um moletom cinza que estava esquecido em cima da minha cama. Está meio frio, então eu devo ser bem corajoso de me enfiar numa banheira de água quente num tempo desse, correndo o risco de levar um choque término e conseguir um resfriado. Ou sou muito corajoso ou só tenho muito fogo na bunda.

Quando chego em meu objetivo ela já está ligada, borbulhando feito um panelão de sopa, apenas esperando o frango que sou para ficar pronta. Olho para todos os lados, me certificando de que não tem mais ninguém além de mim, tirando apenas o moletom quando concluo que estou mesmo sozinho.

Está frio para cacete e eu começo a pensar que não foi uma ideia muito boa, mas não é hora de amarelar. Chuto meu chinelo e deixou o moletom e a toalha sobre uma espreguiçadeira, correndo até a hidro e entrando de uma só vez. Não molho os cabelos, porque aí eu seria ainda mais burro.

E então eu esperei. E esperei. Esperei.

Legal, vou ser esquecido.

— Você não tá pelado, né? — no minuto em que escuto sua voz é como se o frio que sentia em meu rosto fosse apenas uma ilusão. Esquento mais que a água onde estou mergulhado.

— Não, meu tio arrancaria meu couro. — não o olho em nenhum momento, estou de costas para ele. — E também queria evitar que algum tarado visse minha bunda de novo.

— Então você não tá pelado? — nego com a cabeça. — Poxa, vou embora então.

Mesmo sabendo que ele está só zoando com a minha cara meu coração se acelera em desespero. Desculpa se sou muito emocionado.

Ele entra lentamente na hidromassagem, lá do outro lado, e mesmo que a iluminação não seja lá essas coisas eu consigo ver com perfeição seu sorriso, aquele tipo de sorriso que me dá ódio e me deixa arrepiado. Continuo imóvel, com as costas apoiadas em uma das paredes da hidro, me sentindo estranhamente ansioso quando ele começa a engatinhar na minha direção, não é muito fundo, então não tem como nadar.

Hot tub, nice buttWhere stories live. Discover now