– Granger? Você aqui?- Blaise Zabini perguntou confuso. Somos da mesma turma na faculdade, e ele é uma pessoa incrível, adoro nossas conversas.

–  Se você ousar me chamar de Santa Granger, eu juro Zabini, te dou um soco. - Ameaçei. Talvez o álcool estivesse me deixando mais brava que o normal. – Eu posso viver okay? Eu sou jovem! E posso ter irresponsabilidade. - Bati o pé firme. Pansy ria com vontade, Gina dançando a seu lado, empolgada como sempre.

– Que bom que escolheu ser jovem Hermione, mas que tal- Começou. - Ser menos irresponsável, pode se arrepender amanhã de manhã. - Sugeriu. O chamei para ouvir mais de perto, um semblante serio em meu rosto.

–  Que. Se. Foda. Mas um assunto para esses bocós falarem de mim!- Gritei bem alto, mesmo sabendo que ninguém escutaria. Estavam todos preocupados demais com seu mundinho particular.- Se eu quiser, posso tirar a blusa bem aqui agora sabe? Eu sou LIVRE.- Gritei ainda mais alto.

– Não, você não pode não.- Pansy se intrometeu.- Sua camisa continua no seu corpo, ninguém aqui vai te ver seminua.- Falou irritada. Ri marota.

– Com ciúmes Pansy?- Brinquei, a vendo me encarar séria.- Eu também te amo! E relaxe, você sabe que eu não consigo tirar a blusa não, eu tenho sensações ruins.- Sussurrei a ultima parte, me referindo a nosso pequeno segredinho.

-– Bem Parkinson, que bom que te achei.- Blaise falou, mudando o foco de Pansy para si.- Conheci uma menina do curso de veterinária , preciso que descubra o nome dela, e período.

–  Como se você precisasse disso para ir pra cama com alguém.- Brincou, vendo ele ficar sério.- O que?

– Pare de bobagens e me dê o nome, é importante. - Insistiu, vacilando um pouco.  Alguém como ele não vacila.

Eu conhecia esse cara. Era do time de mulherengos da escola, que a cada dia recebemos a noticia que foi pego com alguma garota em algum banheiro. Geralmente são uns babacas, que deixam os boatos correrem e as meninas serem chamadas dos piores nomes, porém Blaise era do tipo que não deixava isso acontecer. Ele intimidava a todos, ao ponto de ninguém se quer sentir vontade de saber o nome da coitada. Era um mulherengo, mas não um babaca.

– Características?- Pediu Pansy. Ela conhecia todos da universidade, cada alma presente, alunos e funcionários, tudo.

– Loira, cabelos compridos e ondulados, meio embolados nas pontas. Extremamente branca e com olhos azuis. A vi andando descalça pela festa. - Explicou.

– Lovegood, Luna Lovegood- Soltou com desinteresse, como se fosse obvio. - Algumas pessoas a chamam de Di Lua. Entrou nesse período, junto de Ginny. Ela é legal, eu e Hermione conversamos com ela na hora do intervalo - Comentou, virando-se para Gina, que lhe dava outra bebida. Ouvi o moreno comentar um obrigado, e sair apressado.

Luna Lovegood era o mais perfeito anjo puro e inocente do mundo. Nunca a vi levantar o tom de voz, brigar com alguém ou fazer um comentário estúpido e maldoso. Nossas conversas quase sempre envolvem causas animais que ela participa.

–  É impressionante como você fala tudo tão facilmente.- Comentei no seu ouvido, ela me encarando enquanto engolia uma bebida forte. - Se não me conhecesse, como me apresentaria?- Perguntei curiosa, vendo minha amiga beber mais um shot.

–  Granger, Hermione. Segundo período de História, nerd, sempre metida em projetos de Runas antigas... Muito bonita, corpo fantástico e uma boquinha irresistível.- Explicou, sorrindo para mim, aquele sorriso arrebatador de Pansy Parkinson

–  Então se eu não fosse sua amiga, acharia minha boca irresistível?- Perguntei sacana, já acostumada com aquilo. Pansy me encarou séria, como se eu tivesse a ofendido.

A nerd e a Popular (em revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora