PECCATO

01|INDIETRO

Apelando para que meus demônios me libertem agora,
eu preciso de algo, me dê algo maravilhoso

— Michael Kiwanuka.

A mulher de aparência jovem entrou na casa dos Cullen e foi recebida pelo abraço apertado de Edward Cullen, que foi seguido por Rosalie e então Emmett. Eleonora não teve outra opção que não fosse largar as malas e os abraçar apertado.

— Me desculpe não ter vindo no seu casamento, Ed. Você sabe... — suspirou a mais nova ao se afastar — Eu não gosto de deixar eles perto de vocês. Mas agora eu não tenho mais que me preocupar com isso.

Emmett, Edward e Rosalie deram espaço para a irmã, mas ela logo os puxou novamente para um abraço.

— Oh, céus! Como senti saudades de vocês! Sinto muito em informar que vocês terão que me aguentar para sempre agora, eu não vou mais embora.

— O que quer dizer? — perguntou Rosalie.

A garota de cabelos negros como a noite sentiu suas forças se esgotarem ao pensar na resposta que iria dar a seus irmãos. Ela se sentou no enorme sofá da sala e suspirou.

— Caius terminou comigo.

Aquela notícia fez seus três irmãos presentes no recinto se sentarem ao seu lado e a abraçarem apertado.

— Trinta e dois anos vivendo juntos... Eu o conheci quando tinha trinta e sete anos, passamos vinte e um anos nos vendo de mês em mês até eu aceitar ir para Volterra... Cinquenta e três anos de história e ele terminou comigo.

  — Por que ele fez isso? — questionou Emmett.

  — Eu não... Eu não sei — suspirou Eleonora.

A dor na voz da mulher era perceptível, Edward se sentia incomodado em saber que o coração de sua irmãzinha estava partido daquela forma.

— Onde estão Alice e Jazz? E mamãe e papai?

Edward suspirou.

— Esme e Carlisle estão viajando, foram atrás de testemunhas e Alice e Jasper foram embora.

— Espera... Testemunhas? O que foi que aconteceu? Por que Alice e Jazz foram embora?

  — Você não sabe? — questionou Rosalie, franzindo as sobrancelhas.

  — Não.

Rosalie cruzou os braços, olhando para Edward.

— Conta pra ela, Edward. Conta pra sua irmãzinha o porquê precisamos de testemunhas. Conta pra ela o porquê Alice e Jasper foram embora — falou a loira, com certa raiva na voz.

— O que você fez? — questionou Eleonora.

Naquele momento a porta se abriu, o cheiro de cachorro molhado invadiu as narinas de Eleonora que prendeu a respiração. Então ela a viu. Viu as bochechas rosadas, os cabelos castanhos, a pele alva. Ela ouviu também seu coração, que pulsava rápido enquanto segurava a mão da mãe e a mão de um homem alto e musculoso.

Nora analisou a menina de cima a baixo e então olhou para Edward.

— Me diga que ela não é o que estou pensando que é.

— Não, Nora. Ela não é uma criança imortal.

Nora ainda olhava para o irmão sem entender o que estava havendo, mas aquilo era tudo o que ela precisava saber, seria gentil e questionaria depois. Então se levantou e parou a frente de Bella, sorrindo gentilmente.