Du Bist Alles Was Ich Bin

13 - O Acidente

Estava atrasada para uma reunião. Havia discutido com Alexander por ter trazido um amigo para passar a noite com ele sem ela saber de nada e pelo que constava aquela casa ainda era dela.

Saiu atrasada e stressada de casa, precisava de chegar a tempo da reunião com a sua chefe e com outros designers. Tinha recebido várias mensagens de Bill, mas esta não conseguia telefonar-lhe pois estava a conduzir.

O telefone desta vibrou e com o sinal no vermelho acabou por atender a chamada de Alexander. – Estou com pressa Alexander, fala rápido. – Esta falou. O sinal abriu e ela arrancou pouco depois fez a rotunda e saiu na segunda saída, entrando dentro do cruzamento.

-Desculpa pelo que fiz, a serio. Eu sei que não o devia ter feito. Desculpas-me? – As palavras do rapaz fizeram a rapariga rir, era claro que o havia perdoado, mas graças à discussão estava mais que atrasada para a primeira reunião que iria ter após 7 meses a trabalhar dentro da empresa. – Estás a onde? Assim aviso o Bill.

-Estou a entrar na rua, vou estacionar atrás do carro dele. Ele está lá fora já o vi, até logo. – Bethany finalmente desliga o telemóvel, avança o suficiente para que de repente tudo ficasse um caos. Um pequeno carro entra na faixa errada e acaba por bater no carro de Bethany pela frente. O Audi Q7 de Bethany é projetado para trás e ela perde o controlo do carro logo no início do embate.

Ouve gritos, e tenta sair do carro. Ela estava demasiado abalada, não conseguia controlar as dores que sentia já em todo o corpo. É arrastada finalmente para fora do carro e esta vê os olhos cor de avelã de Bill, preocupados e lacrimejantes. Fecha pausadamente os seus olhos e pouco depois apenas vê escuridão.

~*~

Bill estava totalmente preocupado com Bethany. Ele trabalhava com ela há 7 meses e a rapariga nunca havia chegado atrasada, mesmo depois de ela se ter mudado e agora encontrava-se mais de 10 minutos atrasada! Tinha deixado mensagens, chamadas de voz, tinhafeito chamadas, mas nada funcionou pois esta nunca atendeu a nenhuma.

Finalmente viu a mensagem de Alexander que dizia rapidamente que estava finalmente a ir para lá e que estava a ir estacionar o seu carro. Descansou um pouco pois olhou então para a frente e viu o seu rosto stressado, mas sorridente dela. E foi nesse preciso momento que ele viu tudo…

O carro a chocar de frente com o dela, este a ser projetado para trás e a rapariga a não conseguir soltar-se. Bill corre até ela e tira-a do carro e vê rapidamente a mancha de sangue que estava por detrás da sua cabeça, assustado telefonou rapidamente para o 911.

5 Minutos, foi o que demoraram e Bill estava mais desesperado ainda. A rapariga encontrava-se agora inconsciente. Bill deixou os paramédicos trabalharem sem conseguir relaxar. Teria de avisar as famílias, Alexander. Como é que vai reagir a Al quando souber?

Entrou quase num modo histérico. Entraram dentro do hospital rapidamente e Bill não a pôde acompanhar, teve de esperar na sala de espera e fora essa a sua oportunidade. Telefonou rapidamente às duas famílias, a Alexander que estava e finalmente a Alene.

-Bill não me sinto muito bem, diz-me que está tudo bem com a Bethany. – As palavras de agonia da rapariga não controlaram o rapaz, e ele voltou a voltou a chorar. Contou tudo o que havia acontecido a chorar desesperado. - Eu e ele já vamos aí ter. Tom o Bill precisa de ti! – O telefone foi desligado compreendendo que a conversa seguinte não era consigo, mas sim com quem lhe iria apoiar naquele momento. Não passou muito tempo até que finalmente as famílias de ambos chegassem. Bill estava sentando no chão lavado em lágrimas perto de onde a tinha levado. Alexander apareceu agitado e lavado em lágrimas igualmente ficando a falar com a mãe de Bethany.

5 Minutos depois apareceu Tom e Alene. Esta encontrava-se abraçada a Tom a chorar. Alene viu Bill e abraçou-o rapidamente, mas logo foi rodeada com os braços da mãe e acabaram assim, Tom sentou-se ao lado de Bill e reconfortou-o durante todo o tempo. Era de noite quando todos se levantaram aparecendo a médica responsável por Bethany.

-Como é que ela está doutora? – Alexander pergunto. A voz estava tremida mas mostrava autoridade. A médica suspirou rapidamente e Bill abraçou rapidamente o gémeo que continuava a reconforta-lo. – Responda-nos por favor.

- A senhora Corbin, tem uma perna partida e teve de levar 5 pontos na cabeça.A cirurgia demorou mais do que prevíamos devido a um efeito colateral. Mas ela já está estável. Peço é que a deixem descansar. - Bill chorou de novo, agora de alívio. Tinha sentido tudo naquelas últimas horas.Tom abraçou-o de novo, Alene ripostou com a médica, não querendo ficar sem ela. Acabando a mais velha por ceder ao seu pedido.

Visitaram-lhe rapidamente, Bill, Tom e Alene não contiveram as lágrimas; especialmente Alene que apenas chorava. Estava devastada por tudo o que tinha acontecido à sua irmã. Era o medo de quase a ter perdido.

Bill fora embora quando era de madrugada. Foi trocar de roupa e iria trabalhar, iria fazer aquela reunião como ele e Bethany tinham programado fazer. Iria faze-lo tal e qual como haviam combinado.

Foi nesse momento que ele percebeu que Bethany era mais espacial para ele do que Bill pensava anteriormente.

~*~

Quando Bethany acordou já era de manhã. O quarto onde estava era totalmente branco e havia vários barulhos de máquinas que perturbavam a sua cabeça. Sentiu rapidamente uma mão em cima da sua, olhou rapidamente para ela. Alene estava ao seu lado, a dormir e a chorar durante o seu sono leve.

Ao mexer-se devido ao incómodo da sua perna, Bethany acordou a gémea mais nova. Limpou apressadamente as lágrimas e olhou para ela. Alene voltou chorar agora de alívio por ver que a Bethany estava bem. – Estava tão preocupada contigo, quando o Bill…

A mais velha deixou de ouvir o que a irmã disse assim que Alene pronunciou o nome dele, uma leve sensação no seu corpo reagiu ao nome do rapaz e as máquinas e o batimento cardíaco acelerou. Alene chamou rapidamente os médicos com tal mudança e a mulher apareceu. Fizeram exames graduais e Bethany comentou que lhe doía excessivamente a cabeça devido ao ruído das máquinas. – O batimento foi logo quando acordou?

-Não, quando a vi. Falei do nome do meu amigo que a encontrou. E ficou assim. – O nome ecoou dentro do cérebro da rapariga e voltou de novo a acelerar o coração, a médica estabilizou de novo. – Apenas isso.

-Não se preocupes, ela está bem então. – Desapareceu de novo no quarto e Alene contactou todos para contar as novidades. Sentia-se horrível a mais velha, as costas doíam-lhe e sentia-se pior que mal, mas sempre que ouvia o nome dele, parecia que voltava à vida com força.

Ao final da tarde com Alene sempre ao pé dela, acabou por aparecer finalmente Bill, desesperado e cheio de olheiras. A máquina acelerou de novo, mas este nem pareceu ouvir, sorriu para ela e beijou a bochecha de Bethany. Este apenas fora buscar um novo café e Bethany pode compreender que a mais nova iria meter conversa.

-Desde quando é que te apaixonas-te pelo mais novo? – Alene perguntou, Bethany corou rapidamente fazendo a mais nova rir. Respondeu baixinho. – Há 1 mês? Oh Gott! Quero 3 sobrinhos ok?

Riram-se as duas e finalmente o rapaz apareceu, sorria naturalmente e Bethany suspirou. Sentiu de novo desconforto na sua perna e na sua cabeça, e quando menos esperou as dores voltaram. A enfermeira apareceu nesse momento. – Mesmo na hora, toma. Qualquer coisa chama-me.

Deu-lhe rapidamente o remédio em seringa e foi-se embora, Alene havia ido a casa tomar um duche deixando-a apenas com Bill. Sentia-se apenas a corar quando olhava para ele. Bethany ficou apenas a olhar para a janela não querendo encarar a maneira intensa que os olhos dele focavam os dela.