4 - Doente

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Já se encontrava preparado para ir trabalhar mas… Bill sentia-se mal. Estava enjoado e com dores no corpo, mas precisava urgentemente de ir trabalhar! Não podia deixar Bethany com o trabalho todo, ela estava lá apenas há duas semanas.

Saiu do seu quarto tentando ser o mais discreto possível nas dores que sentia e pôde finalmente sentar-se na mesa e beber calmamente o seu leite com o irmão e com as duas gémeas.

A mais velha continuava sem falar com ninguém, apenas com a gémea e com o tal ao telemóvel.

-Bill o que se passa? – O gémeo perguntou e Bill abanou a cabeça; continuou calado para não se denunciar com a voz rouca. Fechou os olhos assim que sentiu então uma mão na sua testa; estremeceu ao ver que aquela mão estava fria e abriu de novo os olhos viu os do irmão super preocupados. – Bethany hoje ele não vai trabalhar ok?

Bill abanou a cabeça perante o mando de Tom. Levantou-se e pegou nas suas coisas e em pouco tempo entrou dentro do carro e foi diretamente para o seu local de trabalho. Sentia-se agora mais enjoado mas não deixou de fazer o seu trabalho, desenhou o que lhe vinha na cabeça e tudo o que fazia saía perfeitamente.

Pouco tempo depois, Bethany apareceu apressada dentro do atelier completamente furiosa, o mais velho via as chamas nos olhos dela. Havia acontecido algo para a deixar naquele estado e não havia sido nenhum dos parentes próximos, tinha a sensação que tinha sido ele.

-Tu não compreendes que o teu irmão está preocupado contigo? – A rapariga respondia com azedume e irritação, Bill compreendeu então que a mais nova estava mesmo chateada com ele por ter ido trabalhar com febre, com dores e enjoado. Abanou a cabeça e Bill encolheu de novo os ombros. Sabia que o irmão se preocupava, mas ele sabia cuidar de si.

A rapariga preparava as suas coisas na secretária mas estava deveras furiosa com uma coisa que não lhe dizia respeito, Bill suspirou e olhou para ela de lado. – Estás preocupada porquê? Não tem nada haver contigo e tu nem te preocupes connosco.

A rapariga levantou-se rapidamente e estendeu a sua mão até embater na cara dele. Bill sentiu dor, mas não se moveu. Continuou a fazer o seu trabalho como se nada tivesse acontecido. A rapariga pegou num cigarro e foi para ao pé da janela de novo suspirando irritada com tudo o que acontecia.

-Será que não compreendes?! Eu sou gémea sei o que sente um gémeo. E tu és estúpido por não compreenderes que o que o teu irmão sente o que estás a sentir e que apenas quer o teu bem-estar! – A rapariga disse, elevando a sua voz cada vez mais. Estava a ficar cada vez mais irritada, Bill conseguia compreender isso pela maneira como esta falava e se movimentava. Suspirou.

Apagou o cigarro e sentou-se de novo na secretária, continuando a trabalhar. Não falaram durante o tempo inteiro, a rapariga havia ido comer fora na hora de almoço e Bill passara esse tempo na casa de banho, tirando o conteúdo que havia ingerido ao pequeno-almoço e a bílis.

Quando voltou, Bill já estava sentado na sua secretária a trabalhar de novo. O rapaz, assim que ela chegou, teve de ir de novo à casa de banho retirar as suas tripas. Estava sempre enjoado. Ele estava a ficar pior.

Assim que saiu da casa de banho e viu Bethany com o casaco vestido e com as coisas dele na mão.

-Estás a fazer o quê? Ainda por cima com as minhas coisas? – Bill falou parando rapidamente, sentindo-se novamente enjoado e a sua garganta doeu. A rapariga pegou nele e saiu com ele do estúdio.

Informou o acontecido à patroa que tinha acabado de sair do seu gabinete e foi embora com Bill. Deixou o carro de Bill no parque de estacionamento da companhia e entraram no carro dela; Bill deitou-se no banco de trás do carro dela.

E assim ficou… sentia-se mal, realmente mal, mas Bethany havia-o ajudado a ir para casa, a sentir-se confortável no seu quarto e a ajudá-lo sempre que ele pedia ajuda.

 Estavam os 2 sozinhos em casa e notava-se perfeitamente por ainda não ter ouvido a música do Tom e de Alene. Possivelmente Bethany tivesse alguma compaixão dentro do seu coração de pedra.

Tom entrou em casa a correr e abriu a porta do quarto do irmão de repente. Bill olhou para ele e sorriu. Logo depois o mais velho suspirou e sentou-se ao seu lado. – Eu avisei-te. Tu devias ter ficado em casa. – Tom resmungou.

Falaram durante aquele tempo, Bill apenas pedira desculpa pela maneira como havia feito as coisas logo pela manhã, afinal eram gémeos e Bill sabia que Tom tinha ficado com aquele desconforto durante todo o dia por ele estar doente.

Du Bist Alles Was Ich BinWhere stories live. Discover now