6 - O Ataque

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Bethany ainda andava chorosa, mesmo já tendo alguns dias desde que Jordan tinha terminado com ela. Entrou dentro do atelier pela terceira vez na semana. Aquela 4ª Feira não estava agitada, encontravam-se os dois a fazer os seus trabalhos, sem falarem um com o outro deste Sábado. Encontrava-se uma grande tensão dentro daquele local de trabalho.

Ela hoje envergava o preto. O seu vestido era completamente preto, os seus altos igualmente, havia escolhido a sua mala preta e os brincos pretos.

Não queria ser mórbida mas estava naqueles dias perfeitos para puder dizer que preto era a sua cor favorita. Bethany gostava de cores alegres apenas Alene gostava de cores mais obscuras, em tons de preto, azul e cinza. Hoje ela vestia-se com as cores que a irmã mais gostava.

-Ele não te merece, sabes? – A atenção da rapariga foi totalmente dada para Bill que se encontrava ainda a fazer o seu trabalho sem olhar para ela nos olhos.

Bethany suspirou e fechou calmamente os olhos, ao abrir e reparou em Bill sentado ao seu lado encostado à sua secretária. Assentiu com a cabeça e voltou a olhar para ele com os olhos húmidos. Durante aqueles dias, chorar era o que fazia mais. Não se conseguia conter, era demasiado para ela. Afinal não era fácil compreender que tinha terminado a sua relação de 2 anos e depois vir a descobrir pela pessoa que amava que ele estava a traí-la.

-Nunca pensei que isto pudesse acontecer após 2 anos. E ainda por cima com a Alene sempre a avisar-me. – A rapariga suspirou. Nunca dera ouvidos a irmã mais nova e agora sentia-se um caco por ter sido enganada depois daqueles anos felizes.

Bill não disse mais nada, voltou de novo a sentar-se na sua cadeira e a fazer o seu trabalho enquanto as horas não passavam. Eles durante aquelas horas entravam e saíam do atelier para fazer algumas pausas ou simplesmente continuar a trabalhar.

Assim que acabaram os trabalhos ambos foram andando para diferentes caminhos. Tinham saído mais tarde do que o normal e Bethany ainda iria buscar comida para reabastecer. O seu organismo estava cheio de açúcar. A comida cheia de açúcar estava a dar lugar ao buraco que estava no seu coração.

Apanhara fila até ao supermercado e já era demasiado tarde quando finalmente estava despachada das compras. As horas do seu telemóvel diziam que eram dez e meia da noite. Assim que voltou a colocar o objeto na mala ela acabou por ser puxada para um canto escuro. Agarraram-lhe pelo pescoço cortando-lhe a respiração; nem um fio de ar conseguia passar para a traqueia. Ela queria urgentemente ar.

-Tu não vais gritar, tu vais mas é calar-te. Vamos resolver as coisas aqui. E tu vais gostar. – O que o homem disse deixou-a assutada. Bethany debateu-se, mas compreendeu que este não a iria deixar em paz. Rasgou-lhe o vestido que trazia e aquele nojento encontrava-se pronto a explorar o seu corpo. Contra a sua vontade.

Quando este se fora embora e deixou-a no chão imunda e usada. Bethany sentia-se suja.

A medo, pegou no seu telemóvel e ligou à única pessoa que não falava e que a poderia ajudar. Ela não queria telefonar à irmã, possivelmente ela iria apenas estar em casa pro volta da uma da manhã. – Os teus pais estão preocupados contigo. – A rapariga compreendeu que este tinha-se preocupado em ver quem é que estava a telefonar para ele. Sentiu um arrepio e começou a chorar sem conseguir parar. Bethany ouviu o rapaz a inspirar fundo. – O que se passa?

Não conseguiu controlar e chorou ainda mais ao compreender o tom de voz de Bill tinha mudado radicalmente e que estava agora preocupado com ela.

 Esta contou tudo enquanto o choro não parava.

A sua mente estava um caus! O seu coração havia desaparecido há 5 dias e com o que o sucedido pior havia ficado. Encolhida no beco, Bethany conseguiu ver uma sombra pensando que o homem nojento havia voltado, querendo que ela fosse o seu brinquedo de novo. Ela estava com medo.

Após algum tempo, viu a silhueta de Bill e deixou-se relaxar um pouco, o rapaz olhou para ela e abraçou-a. E então, Bethany chorou de novo. Desta vez porque entendeu que já estava a salvo.

Este voltou a abraçá-la para a acalmar. Bill retirou o seu casaco e Bethany vestiu-o para esconder como tinha ficado o seu vestido preto. Bill levantou-lhe com cuidado e levou-a ao hospital para ser examinada, ele estava a ajudá-la. Bethany sentia-se cada vez pior.

A envergonhada não falou. Ao acabar o exame e os médicos disseram que iria ficar tudo bem, ela não tinha nenhum trauma físico. – Mas eu aconselho que procure o psicólogo, menina. As melhoras. – O médico desapareceu e quando saíram da sala Bethany viu a polícia em pé à espera deles para reportagem tudo o que tinha acontecido.

A rapariga apertou a mão do loiro durante todo o depoimento, contando o que havia acontecido naquela noite e as características do homem, para conseguirem apanhar quem a tinha violado.

-Vamos fazer os possíveis, Miss Corbin. As melhoras. – O Polícia saiu em frente e os dois foram para o carro. Foram finalmente para casa.

Dentro do veículo, Bethany ficou encolhida no seu assento e tentou não pensar no que tinha acontecido, olhou para o relógio do carro, passava pouco da uma da manhã.

Bill não disse nada, não lhe fizera questões ao que ela apenas agradeceu por isso.

Quando este estacionou o carro, pegou-a ao colo deixando-a encostar-se a si. Sentia-se demasiado frágil para conseguir andar. Abriu a porta e constatou que todos dormiam incluindo Tom e Alene que trabalhavam naquele dia até tarde. Bill subiu as escadas da mansão e entrou no quarto dela.

Tirou o casaco e o vestido rasgado deixando-a apenas com as roupas intimas. Bethany levantou-se e foi andando com a ajuda de Bill para a casa de banho. Ele encheu a banheira com água morna e deixou-a lá. Achou indelicado ficar depois do que ela tinha passado. Ao acabar o banho Bill limpou a casa de banho e quando entrou no quarto viu Bethany já com o pijama vestido. Bill deitou-a na cama e esta fechou os olhos rapidamente.

-Tenta dormir ok? – Esta assentiu. Assim que este virou as costas Bethany agarrou-o pelo pulso, este virou-se para elavendo o seu lábio a tremer de medo. Ela não conseguia dormir sozinha, Bethany apenas conseguia pensar na cara do homem que a tinha atacado – Não te preocupes, eu não me vou embora.

As palavras que este disse foram o suficiente para que sentisse o peso do rapaz na cama deitado em cima das cobertas abraçando a rapariga fragilizada. Assim que Bethany ouviu a respiração regular de Bill, ela conseguiu por fim adormecer.

Du Bist Alles Was Ich BinOù les histoires vivent. Découvrez maintenant