12 - Alexander

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No quinto dia de Janeiro e Bethany havia ido buscar a sua última caixa. Bill sentia-se triste por compreender que era o seu último dia realmente na mansão. Compreendeu que já não iria para casa com ela porque daquela vez ela já tinha uma nova casa só para si.

Já havia passado algum tempo, muito tempo havia passado desde que ela tinha saído de casa. Já se encontravam em Março. Já se conheciam há 6 meses.

Haviam começado a trabalhar de novo no projeto e Bill via que Bethany, já tinha alguma maturidade naquele departamento e além disso ela já não era tão tímida.

Encontrava-se a meio de um trabalho, estavam ambos mais confiantes nos dotes de cada um era por certo, ambos confiavam imenso um no outro. – Bill eu acho que poderíamos colocar aqui uma abertura

Bill voltou de novo ao trabalho vendo que a rapariga falava atentamente consigo. Vendo de novo o esboço, realmente fica muito melhor com uma abertura. Apagou o traçado e colocou rapidamente a abertura mudando a posição da modelo para se puder compreender melhor.

-Acho que já temos muitos modelos assim. E retira uma alça, dá mais sensualidade. – Os conselhos de Bill foram ouvidos e a rapariga desenhou um novo modelo como este havia dito, havia ficado deveras fantástico. Bill acabou por ter uma ideia mas que iria dar mais que trabalho, do que os outros trabalhos. – Que me dizes que fazer um vestido que dê para fazer vários vestidos? Tipo, teres um vestido, mas com o tecido ainda puderes fazeres mais vestidos com aquele básico.

Os olhos da rapariga brilharam com a ideia e Bill sorriu. Ambos levantaram-se com as propostas e foram rapidamente apresenta-las à chefe se poderiam colocar naquela coleção. As calças que haviam feito eram simples com várias tachas pela linha abaixo com um pequeno fecho no final destas.

As blusas era a especialidade de Bethany e Bill adorava a maneira como estava a ficar e com algumas ideias do mesmo ficavam fabulosas. Trabalharam até tarde e no final. Ambos guardaram tudo e Bill esperou que ela terminasse de se arranjar. Quando viu, Bethany colocava com cuidado o seu casaco vermelho combinando com os seus saltos. O telemóvel da rapariga tocou freneticamente. – Tens de ter calma, estava a trabalhar. O que é que se passa? (…) Eu disse-te para me ligares depois das oito. (…) Como assim? (…) Já te vou apanhar, vais conhece-lo finalmente. (…) Até já.– Bill arqueou a sobrancelha perante o telefonema. A rapariga pegou na mão dele e apagaram as luzes do atelier. – Vais conhecer o meu melhor amigo, o Alexander.

Bill sorriu. Estava ansiosa para o conhecer. Tinha ouvido falar desde o final do ano. Ambos estavam cada vez mais ligados e uma das coisas que fez sorrir Bill foi que ela tinha confiado o suficiente em Bill para contar coisas sobre o seu melhor amigo.

Entraram dentro do carro indo em direção ao aeroporto. Bill conseguia visualizar o nervosismo que a rapariga sentia, era comparativamente normal sabendo que não via o seu amigo há seis meses e falavam poucas vezes devido ao trabalho de ambos. Estacionou o carro e saíram deste, visualmente a porta de embarque onde ele iria sair. Esperou pouco tempo e depois Bill pôde ver a amiga a correr para os braços de um homem. Era alto, utilizava fato sem gravata, era loiro e olhos azuis. O amigo de Bethany era um homem que fazia todas as mulheres suspirarem por mais.

Bill chegou-se perto de ambos e viu Bethany ainda agarrada ao melhor amigo. – Alexander é o Bill, o rapaz que te falei. Bill é o Alexander o meu melhor amigo. – Ambos apertaram as mãos e Bill pode compreender que o sorriso do rapaz acabava por ser um pouco duro. Bill mesmo assim não deixou de colocar uma cara sorridente, tinha esperanças de ser bom amigo dele. – Vens a minha casa, ou levo-te à tua?

Du Bist Alles Was Ich BinOnde histórias criam vida. Descubra agora