Não perdeu tempo, correndo até o corpo que parecia tão necessitado de ajuda agora, e com ele, chorou de forma copiosa, o escutando fazer o mesmo. Abraçou sua preciosidade forte, mostrando que o protegeria como ele fez, que não estava sozinho, que não precisava passar por isso sozinho.
— Eu te amo. — Declarou, lhe beijando os cabelos. — Eu te amo demais, e por isso eu não posso deixar que algo aconteça novamente.
— Jimin...
— Eu sei que não concorda, mas precisamos. Han faz o impossível para não deixar ninguém saber, ela pode nos ajudar. Ele precisa ser expulso, Yoon.
E Yoongi sabe disso. Sabe que o que viveu nas mãos daquele monstro era o suficiente para que sofresse pena de morte. Mas ele ainda tem medo, pois se Lee Taemin foi capaz de estuprar e o infectar, ele é capaz de tudo.
— E-eu tenho medo. — Olhou-o, sentindo seu corpo tremer. — Eu tenho tanto medo, Jimin...
Park pôde sentir um buraco se abrir ao escutá-lo chorar, seu peito apertava cada vez mais, pois não sabia o que fazer.
— Shi... Não precisamos falar disso agora. — Decidiu. — Eu te prometo que terá justiça, tudo bem? Agora vamos, vou buscar seus remédios, e o senhor vai dormir, ok?
Yoongi assentiu, os reflexos da noite má dormida começavam a aparecer.
— Agora, me dê um sorriso? — Pediu o loiro, sentindo falta.
E Min não negou, sorrindo de forma pequena, alegrando seu amigo.
Jimin levou-o até a beliche, o deixando em sua cama. Desceu rapidamente até a cozinha, buscando os remédios, e após observar Yoon os tomar devidamente, fez cafuné em seu sol até que ele dormisse, e quando finalmente constatou que se encontrava em sono profundo, desabou.
Porque pode fingir ser forte para ele, mas quando sozinho ele podia transbordar. Às vezes, ser o ponto de apoio de alguém era um trabalho árduo. Abandonou o quarto apertado, se escondendo na escuridão do corredor. Apenas a lua iluminava seu rosto triste, escorou-se na janela, e ali, ele conversou com a lua.
A esperança ingênua pulsando em seu peito, pois no fundo Park era apenas um adolescente sozinho sem ideia do que fazer depois que atingisse a maioridade e fosse obrigado a sair do orfanato. Com os olhos brilhando em direção a lua, ele pediu por piedade ao criador de tudo que ele vê, pediu para que o perdoasse pois pecou beijando o diabo, cedeu a luxúria... não deveria, porém entre todos, foi seu melhor pecado.
E não poderia dizer que não o faria novamente. Com que coragem olharia para o globo brilhante e prometeria que nunca mais teria seus lábios juntos ao de Jungkook? Ah, não, não.
O silêncio o abraçou e Jimin sentiu-se quentinho. Numa epifania, ele lembrou da música calma que Yoon cantava quando seu sono viajava para quilômetros longe, olhando a imensidão azul, ele não achou de todo mal cantar. Porém antes mesmo de começar, seus olhos arderam e a típica dor de garganta voltara.
Apoiado numa janela de madeira com os olhos lutando para não deixar suas lágrimas escaparem, Park deixou que a música demonstrassem o que palavras ditas no dia a dia nunca conseguiriam.
— Talking to the moon... — Cantarolou, a voz quebrada feito nunca. — Try to get to you.
— In hopes, you're the other side, talking to me too... — Outra voz o acompanhou, e ele não precisou virar, pois reconhecia.
Jungkook.
— Or I'm fool, who sits alone. — Virou o rosto, encontrando as orbes vermelhas. — Talking to the moon?
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DEMON †
FanfictionATENÇÃO: ESSA HISTÓRIA É JIKOOK❗ Após a terrível morte de seu filho, um empresário e sua esposa decidem abrigar, por caridade, uma freira e dezenas de crianças desamparadas de um orfanato. Ainda que traumatizado, o empresário não esperava que Jimin...
11|conversando com a lua
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