CAPITULO 34

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LUCCA VITALE

Mais um dia nesse lugar, e eu descobria cada dia mais um pouco sobre mim. Nada do que eu era antes. Aquilo, não me representava.

Todos os dias eu me lembro do mal que fiz a Maya, eu me lembro de seus olhos verdes me implorando pela vida, pela vida dela, a que eu tentei tirar.

Eu não espero que ela me perdoe, eu não consigo me perdoar... Mas eu espero que ela consiga viver, que ela consiga viver em paz. Eu me odeio a cada instante, me odiava mais. Até vê-la. Tão singela.

Eu conseguia ver a tristeza no fundo do seu olhar, mas a sua vinda me trouxe uma esperança, eu podia sentir o carinho, eu podia sentir a conexão. Algo que no tempo em que passei ao lado dela, nunca havia notado. Era algo incomum. Eu me sentia perdidamente apaixonado por ela, e não era algo desesperador. Era calmo. Eu não tinha mais a necessidade de destruir qualquer pessoa que entrasse no caminho dela. Eu...

– Lucca! – meus pensamentos são interrompidos quando ouço meu pai me chamar – Estou falando com você, moleque!

– O que? – digo, e me faço de desentendido.

Ele não iria me estressar.

– Maya acha que venceu essa batalha, ela está muito enganada! – ele diz, e encara um ponto fixo na parede.

Arqueio uma sobrancelha.

– O que o senhor quer dizer com isso? – pergunto.

– Tenho planejado um futuro para ela, ela tentou no afundar Luca!

– Ela não fez nada, pai!

– Ela te colocou em um manicômio, Lucca! – ele diz e dá um tapa na mesa.

– E eu tentei matá-la, duas vezes! – digo, alterando o tom de voz.

– Algum motivo teve... Bem que ela merecia!

Nesse exato momento eu me aproximo de meu pai, e o empurro contra a parede.

– Ela não merecia, ela nunca mereceu essa vida! – grito e aponto o dedo no seu rosto – Se você veio aqui para perturbar o meu juízo, não volte mais!

Empurro com certa força a mesa que estava ao meu lado e a mesma se choca com força contra a parede. Vejo enfermeiros entrando no quarto, um ódio e uma fúria me consumia. Eu senti vontade de socar a cara do meu pai, até a cabeça dele explodir. Os enfermeiros tentavam me conter enquanto eu gritava sobre como ele estava tentando me enlouquecer.

– Não se preocupe, filho. Ela pagará por isso!

Os enfermeiros não foram capazes de me conter, eu peguei meu pai pelo colarinho fazendo com que ele encarrasse profundamente os meus olhos. Ele não sentia medo. Mas isso não me perturbava.

– Se você ousar fazer algo com ela, eu...– puxo o ar com força, tentando recobrar meu juízo, e a sã consciência – Você... Eu sujarei a minha mão com sangue pela última vez, e eu juro pela minha fodida vida, pai! Quem devia estar aqui era você, você é doente e você adoece a nossa família.

Ele sorriu.

Sombrio como sempre.

– Eu não te criei para viver assim!

Soco com força a parede ao lado da sua cabeça, senti meus dedos cortarem e o gesso se afundar.

O médico entrou na sala, acompanhado de mais três enfermeiros. Mas nada foi necessário, eu me afastei do meu pai.

PROMETIDA AO MAFIOSOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora